Google+ setembro 2008 | A Pirâmide de Kukúlkan

O último reduto onde os Asseclas do CONCLAVE encontram-se...

The Eyes of The Castor & Pólux - parte 25

– Que raio de dúvida?
– A prostituta nunca disse que ele tinha um 
broche com o nº 77. Ela falou que o cara 
estava sempre de óculos escuros, todavia 
afirmou que “não se deixava encantar por 
um par olhos claros…”?! E outra coisa por 
que o assassino levaria a carteira, mas 
deixaria a puta viva para testemunhar? 
– questiona o sagaz suiço.
– Tem razão. Uma outra coisa também 
me ocorreu…
– E o que seria…?
– Por que, diabos, o assassino deixaria 
passar algo tão óbvio como um recibo de 
pagamento de salário com o endereço do 
funcionário que o viu, se ele foi lá, 
justamente, para apagar seus rastros? 
E mais estranho ainda: por que deixaria 
uma testemunha viva e apagaria a outra? 
Matou o dono da loja e não matou o 
balconista. Por que?
– Tem razão esse caso inteiro tem peças 
que não encaixam…
– Vai nessa Alexander, deixe comigo 
o “gasparzinho” que desse eu dou conta.
– Você que sabe.
– Deixarei sinais para que você possa te 
orientar até onde estarei indo.
Alexander volta o trajeto todo e saindo na 
via de inspeção toma o rumo do apartamento 
da vagabunda. Chegando lá encontra algo 
surpreendente: a prostituta assassinada 
(pescoço cortado) e com algo em sua mão.
Alexander, tomando os devidos cuidados, 
abre a mão dela e vê do que se trata: 
um broche do Dept. 77.
– Não, isso não encaixa. É óbvio demais. 
Alguém quer encriminar o Dept. 77. 
Mas quem e por que? E onde isso se 
relaciona… espera aí, ela disse que o 
suspeito tinha um sotaque estranho e 
John me falou que o empregado da loja 
relatou-lhe a mesma coisa, que era 
idêntico ao do proprietário da loja… Céus!!!

Enquanto isso John estava atolado 
em m… até o pescoço!!! Após grande 
sacrifício e muita tensão (coisas como 
trilhas de sangue boiando no meio do esgoto 
não torna a vida de ninguém menos estressante…
chega ao local indicado no mapa. 
Uma parede cega o recepciona. 
É o fim da linha. 
E do túnel, muito embora vários dutos 
ao longo do teto prossigam parede adentro. 
Na parede um símbolo arcano 
(muito provavelmente de proteção). 
John está cansado de sutilezas. 
Gruda alguns explosivos na parede e… 

– Ás vezes é impossível ser discreto 
e eficiente ao mesmo tempo. “Toca ficha!” 
– murmura enquanto engatilha sua arma.

The Eyes of The Castor & Pólux - parte 24

– Bruxo, não. Alto lá. Mago sim, bruxo não!!!
– indigna-se Vincent
– Grande diferença... 
– murmura com rabugice o detective.
– Bem, onde estava? Oh, sim: acreditamos 
que o agente renegado tem poderes 
suficientes para derrotar o fantasma e levar 
consigo as estatuetas, mas não poder 
bastante para nos derrotar em combate 
aberto, o que se faria necessário se as 
estatuetas estivessem conosco. Sem elas 
o Ritual não se completa e as mortes 
cessarão.  Se vier atrás delas, nós mesmos 
daremos cabo dele. Enquanto isso vocês 
poderão fazer seu trabalho de investigação 
mundana e reter atrás das grades 
essa criatura abjeta.
– Parece um bom plano. Mas a questão 
permanece: devemos confiar em vocês? 
– insiste John.
– Isso vocês é quem devem decidir. 
– declara Diana.
Os detectives optam por ajudar a Golden Dawn.
– Eis o mapa dos subterrâneos indicando 
como chegar ao local onde estão as 
estatuetas. Tomem cuidado, não sabemos 
o que pode haver lá embaixo.  
– recomenda Diana. 
John pega o mapa e resmunga:
– Quem tem de tomar cuidado é o infeliz 
que fizer a bobagem de se atravessar em 
nosso caminho.
No momento seguinte os detectives estão 
em frente ao Hyde Park.
– Não consigo me acostumar com esses 
malditos teleportes, viram-me o estômago. 
– murmura Alexander.
No Hyde Park os detectives encontram a 
entrada (uma tampa de ferro cobrindo uma 
via de inspeção cloacal), um local mau-cheiroso 
e de aspecto extremamente desagradável. 
John desce rumo ao coração negro e 
fedorento das trevas acompanhado por 
Alexander.
Lá embaixo encontram o corpo do sujeito 
que os guiou a primeira vez pelos esgotos. 
A garganta cortada como as outras vítimas.
– Idiota; quem mandou correr no escuro! 
– resmunga John enquanto joga o corpo 
de volta ao esgoto logo após indentificá-lo.
Alexander encontra um broche do Dept. 77.
– Olha só o que eu encontrei aqui. Parece 
que estamos na pista certa. 
– diz mostrando o objeto a John que responde 
com um ar desconfiado e cético.
– Certa demais pro meu gosto. Faz horas 
que estou com uma sensação horrorosa 
de que algo está tremendamente errado 
nessa estória toda e não sei o que é. 
Isso me incomoda. E muito.
– A mim também! Venho tendo umas 
dores-de-cabeça muito esquisitas desde o 
início desse caso. Tive uma ideia, vamos 
separar-nos: prossiga em direção ao local 
indicado no mapa, 
que eu vou tirar uma dúvida.

The Eyes of The Castor & Pólux - parte 23

Os detectives vão um Pub & Restaurante 
nas proximidades e pedem algo para forrar 
o estômago enquanto pensam no caso. 
São drogados. Passam por um terrível 
processo alucinatório. Em meio às 
alucinações John fere Alexander com 
um tiro no pé. Ao retornarem a consciência 
Alexander é levado para um hospital 
enquanto John volta ao Hyde Park. 
No hospital Alexander fica inconsciente.
No carro (roubado) rumo ao Hyde Park 
o celular toca. A voz do outro lado é lacônica 
– O momento aproxima- se, John, prepare-se.
e desliga sem identificar-se. John se irrita e 
joga o raio do celular pela janela. Chegando 
ao parque, xereteia a procura de algo que 
auxilie-o a esclarecer tão intrincado caso, 
mas algo o irrita: um telefone público que toca 
sem cessar perto de onde ele está. John atende:
– O momento chegou. 
– antes que pudesse reagir sua consciência 
submerge em um breu impenetrável.
Despertam na mesma sala branca e circular 
em que estiveram antes. Alexander está 
com seu pé dormente, mas 
sem ferimento aparente… 
– Estranho. – murmura.
– Como lhe disse antes John, o momento 
chegou. Afinal descobrimos onde estão 
as estatuetas. Infelizmente não temos 
como impedir o assassino de pôr as mãos 
nelas. – fala Diana.
– Como assim “não tem como impedir”? E 
seus tão preconizados poderes? 
– indigna-se John.
– As estatuetas estão em um lugar que nos 
impede de agir, é difícil explicar isso a um 
incréu, mas nossos “poderes”, como dizes, 
“pifam” lá dentro. Pra piorar elas estão sob 
guarda de um fantasma…
– Ah, tu tá me gozando! Só falta agora me 
dizer que essa coisa tem poderes mágicos.
– Tem.
–…
–John, deixe-a explicar essa situação de 
uma vez e depois decidimos o que fazer, 
certo? – intervém Alexander.
– Tudo bem, mas essa estória toda é 
bizarra demais pra minha cabeça…
– Entendam: é uma área maligna, onde 
nossa Magia não tem força, mas vocês 
ao contrário são… imunes. Alexander 
por ter aquilo que chamamos de 
Resistência a Magia e você, John, por sua 
incredulidade e Força de Vontade. São os 
mais habilitados a irem lá e removerem 
aqueles objetos de onde estão. 
– esclarece Vincent.
– Ah é? Então só me esclareça uma coisinha, 
meu tão bem intencionado bruxo: por que 
não deixamos essas coisas onde estão ao 
invés de trazê-las a vocês? – reage John.

The Eyes of The Castor & Pólux - parte 22

– Céus! Quem é esse maníaco capaz de algo 
tão macabro?
– Não sabemos.
– Ops! Peraí!!! Alto lá! Como assim 
“não sabemos?” Ele não é um ex-agente 
do DEPT. 77? Deveriam saber até a cor das 
cuecas do avô dele. – exclama John, surpreso. 
Vincent toma a palavra e responde-lhe:
– Ele era um agente da filial islândesa, 
sabemos apenas que alguém de lá, um agente 
(de dentro!!!) de alto nível, enlouqueceu, 
assassinou TODOS os de-mais agentes e 
explodiu a base de operações do DEPT. 77 
naquele país, apagando dessa forma todos 
os registros locais acerca dos funcionários. 
No dia seguinte um vírus infectou o CPD, 
na matriz do DEPT. 77 e comprometendo a 
confiabilidade de todos os registros. 
Quem quer que seja é inteligente, sagaz, 
grande estrategista, implacável, cruel e 
100% desconhecido. Pode ser qualquer um. 
Poderia ser eu, ela ou qualquer um de vocês. 
Também não temos absoluta certeza se 
não seriam mais de um. Temos a suspeita 
que o tal agente possa estar possuído…
– Quê? Mais essa agora? O que falta? 
Ele é um ET canibal que veio de algum ONVI?
Vincent sorri enigmaticamente e olha para Diana 
que não consegue disfarçar o arco de seus lábios…
– Não. Não é o caso. – atenua Vincent. – Outra 
coisa: suspeitamos que o carregamento de 
explosivos que foi roubado nas Docklands 
seja obra dele também.
– Oh my God!!! O que esse maluco pretende 
com essa merda? 
– exclama John, já temendo pelo pior.
– Nossa teoria é que pretende explodir o 
templo dos tais cultistas…
– Até aí tudo bem. – suspira o detective
–… e metade de Londres junto! 
– completa Vincent.
– Por que eu fui me enfiar nesse caso?! 
Tenho até medo de perguntar: o que 
VOCÊS pretendem? 
– poucas vezes John viu-se tão aflito.
– Queremos detê-lo e gostaríamos que 
ficassem de fora desta estória toda, 
há forças envolvidas aqui muito 
superiores as vossas capacidades. 
É para vosso próprio bem. Se quiserem 
podemos apagar tudo isso de vossas mentes…
– Esquece, cara! Ninguém vai botar 
esse dedo seboso (que sei lá por onde andou!!!
na minha mente. Estou nessa e vou até o fim! 
Quer vocês queiram, quer não!!! – desafia John.
– Eu idem! – completa Alexander.
– Certo, certo! Dentro de poucas horas alguns 
agentes do 77 nos trarão a localização mais 
provável do último ritual. Até lá descansem 
e comam algo, vocês estão um bagaço!!! 
Entraremos em contacto. – conclui Vincent. 
Diana perscruta fundo nos olhos de Alexander 
e pisca maliciosamente para ele.
No momento seguinte a sala, as cadeiras, 
poltronas, Vincent e Diana; somem como se 
nunca houvessem existido. Os dois detectives 
estão de pé em plena rua, no centro de Londres, 
em frente ao Big Ben, que ressona às 
12 badaladas do meio-dia.
Detalhe: agora com todas as suas armas de volta 
(as mesmas que haviam sumido durante o breve 
período em que estiveram na “sala branca”).

The Eyes of The Castor & Pólux - parte 21

– Bom, continuando, o caso é o seguinte: 
o assassino que estão a perseguir é um agente 
renegado do Depto. 77. Obviamente que o 
governo não deseja que tal história vaze a 
Imprensa. Seria um escândalo!
– Isso nós já suspeitávamos – resmunga John, 
enquanto procura em seu bolso o broche 
encontrado nos esgotos. Todavia, não mais 
está lá… – mas onde vocês encaixam nisso 
tudo? 
– Diana responde-lhe com suavidade:
– Nós fazemos partes de… associações, 
mais ou menos como… Ongs…
– Sei… – o tom da voz de John entrega tudo…
– Bom, nossas organizações agem em 
harmonia com uma maior que coordena 
trabalhos comunitários…
– “Trabalhos comunitários”, tô sabendo…
– Por favor, quer parar com esses apartes ? 
– indigna-se a linda vestal.
– Deixe-me fazê-los em “partes”! Pleeease!!! 
– suplica o agente da 77. A mulher olha bem 
sério para ele e sussurra-lhe algo que o 
deixa vermelho de constrangi-mento. 
Ele ergue-se e sai por uma porta 
(QUE NÃO ESTAVA LÁ ANTES!!!!!!) na parede 
atrás das poltronas.
Em seguida a porta desaparece (!?).
– Tá difícil! – suspira Diana.
– Eu que o diga! – completa o suiço.
Ela olha de um jeito esquisito para o detective 
da Interpol e continua sua explanação:
– Como eu dizia, os Illum…, quero dizer, 
a ONG Mestra coordena o trabalho de 
outras. Uma das que servem a ela é o 
Dept. 77. Esse agente renegado está 
enlouquecido, acredita piamente que 
realizando o antigo Ritual de Dióscuros 
poderá banir um antigo Mal que 
pretende dominar este mundo…
– E eu pensei que você é que tivesse 
fumado um… – fala John em tom sarcástico 
oscilando a cabeça para os lados em sinal de 
desalento enquanto fita seu parceiro.
– Ahãm!! Onde estava? Oh, sim: o Mal 
antigo. É uma velha crença: existe um 
tipo de demônio adorado por uns cultistas 
loucos e sádicos que o Renegado crê possa 
vir a este mundo. De modo a impedir que 
tal o ocorra pretende realizar o ritual 
de que lhe falei em minha loja. 
– fala mirando  Alexander.
– As tais estatuetas…
– Não sabemos se ele as tem.
– Mas dissestes-me que são essenciais a 
realização do ritual.
– De facto. Mas não em todo ele. Apenas 
no final, quando ele necessitará dos olhos 
de duas crianças gêmeas.

The Eyes of The Castor & Pólux - parte 20

Muitas horas mais tarde.

A dupla de detectives desperta. Estão sentados 
sobre cadeiras bem confortáveis. O local é uma 
sala muito grande e de aspecto circular. Chão de 
ladrilhos triângulares cor de terra, no teto a 
imensa figura de uma pirâmide com a ponta 
desconectada e nela um olho aberto. Em frente 
aos detectives há três poltronas, na verdade 
assemelham-se mais a pequenos “tronos”, neles 
estão sentados (do ponto de vista da dupla
a direita: o tal agente loiro que invadiu a sede 
da Scotland Yard com dezenas de “capangas” 
do Dept. 77; ao centro: um distinto senhor de 
cabelos brancos e olhos cinzentos, trajando um 
terno de valor mais alto que a soma dos salários 
de um ano dos dois detectives; a esquerda: 
uma linda loura de olhos azuis vestindo um 
manto sacerdotal branco.

– Onde estamos? Quem são vocês? 
Isto é o Céu? Não! Se for, aquele ali só pode 
ser a serpente do paraíso… 
– ironiza John indicando o loiro.
– Os senhores estão em Londin…, digo, 
Londres. Nós somos… pessoas de boa-fé…
– Certo, “senhor-de-boa-fé”, até onde posso 
me lembrar estávamos enfrentando 
“sei-lá-o-quê” dentro dos esgotos de Londres 
e agora cá (seja lá onde for isso!!) estamos. 
Afinal, o que raios está havendo?
– Eu disse que deveríamos tê-los matado 
antes, mas não!!! Esses malditos escrúpulos 
morais ainda serão a nossa ruína!! 
– esbraveja o loiro.
– Cale-se! Não vê que eles já estão 
suficientemente assustados? 
– intervém a mulher.
– Você me é estranhamente familiar… 
– murmura Alexander mirando a mulher. 
Intuitivamente ele segura a esfera de ônix negra 
em seu bolso. Ela olha para ele com os olhos 
repletos de ternura. Em seguida volta-se para 
o ancião:
– Viu? Não foi o que lhe disse? Adiantou 
alguma coisa fazer aquilo?
– É. Não adiantou nada mesmo. Eles são 
REALMENTE cabeças-duras.
– Vou tomar isso como um elogio! 
– ironiza John.
– Desfaça, por favor! – suplica mulher, a 
princípio em tom imperativo. O velho ergue-se, 
caminha até a cadeira de Alexander e toca-o 
na testa com o dedo mínimo de sua mão 
esquerda. Ao fazer isso todas as 
lembranças que lhe foram tomadas, retornam. 
O velho volta a sua poltrona enquanto 
Alexander faz um “re-reconhecimento”:
– Diana! Vincent Vaugh! Então…
– Alguém pode me explicar o que está 
acontecendo aqui!!! 
– berra o injuriado detective londrino.
– Vocês já foram mantidos no escuro por 
tempo demasiado, é chegado o momento 
de contemplarem a luz da Verdade…
– Finalmente!!! 
– suspira aliviado o detective inglês.
– Mas melhor seria se desistissem 
disso tudo agora…
– Nós já fomos longe demais para 
desistirmos…
– Entendo.
– “Entendo” o cacete!!!  Vou fazer agora 
o que já deveria ter feito no início 
dessa estória toda!!! 
– berra raivoso o agente loiro, sacando sua 
automática e aproximando-se dos detectives com 
ela empunhada e engatilhada. Ele encosta a 
arma na testa de Alexander, que, impassível, 
sequer move um músculo. Olha frio seu 
oponente, dentro dos olhos, encarando-o 
desaforadamente. O ancião grita algo em um 
dialecto que os detectives desconhecem, o 
agente hesita, pára, o suor escorre em sua fronte, 
ele desengatilha a arma e volta a passos 
resignados a sua poltrona, murmurando:
– Depois não digam que não avisei…

The Eyes of The Castor & Pólux - parte 19

Eles aproximam-se da entrada de serviço: uma 
imensa tampa de metal na calçada, cerca de 
50 metros de distância do local do crime, 
fechada com cadeado bem grosso e reforçado. 
O informante tira um pesado molho de chaves 
do bolso de suas surradas calças e examinando 
algumas; escolhe uma. Com ela ele abre o 
cadeado e com grande esforço levanta a tampa. 
Um dos detectives nota vestígios de sangue e 
couro no local. Mas qualquer um poderia ferir-se 
ao abrir aquela enorme chapa de metal e muitos 
funcionários usam roupas com reforços de couro 
em seus trabalhos… Eles descem. Lá embaixo 
um fedor insuportável, ratos do tamanho de 
gatos e ruídos angustiantes tornam a “atmosfera” 
local uma autêntica patente do inferno… O guia 
os conduz; a princípio resoluto, todavia quanto 
mais adentram as trevas (as lanternas pouco 
ajudam…) tanto mais sua decisão titubeia e seus 
passos tornam-se hesitantes. Chegam a uma 
bifurcação. Dúvida cruel: qual direção seguir? 
Um dos detectives vê algo refletir tenuemente 
à luz das lanternas, aproxima-se e encontra um 
pequeno broche: 77.
– Creio que devemos ir por aqui… 
– o comentário seria até passível de uma certa 
comicidade, não fossem as conseqüências da 
escolha. Após mais algumas dezenas de metros 
algo surge na escuridão, inicialmente sem 
forma, parece uma imensa massa negra feita de 
sombras com um horripilante olho verde a 
emanar fúria e ódio. A criatura ciclópica avança 
na direção do trio. Aliás, da dupla, pois a esta 
altura o tal do funcionário público já 
deitou o cabelo…!!”! Os detectives 
rapidamente fazem uso de seus armamentos e 
crivam a coisa de chumbo. Entretanto isso não 
a detém e ela os envolve em um espectral 
manto ébano de inconsciência.