A chegada ao porto de La Villa Rica de la Vera Cruz significou alívio para muitos e descanso para todos.
Entretanto, Sangre jamais baixa a guarda.
Tão logo põe os pés em terra firme
é recebido pelo comandante de
fragata
Alejandro Ladrillero
Coronado Del Lagarra
e pelo
Capitão de Porto
Ruan Montego
del Yáñez Pinzón.
Após os devidos cumprimentos e
salamaleques oficiais, Sangre não
perde tempo e inquire:
— Onde está?
Ao que o comandante Lagarra
responde de pronto:
— A bordo do Lealdad, minha
nau.
— Armamentos?
— 120 canhões.
— Bom. Muito bom.
Desafiador,
diria até. Tripulação?
— Uma vez e meia a habitual.
Os
mais bem treinados a serviço
de sua Majestade, o Rei Filipe II.
— Uma vez e meia? Por que não
o
dobro de uma vez?
— Devido ao tamanho da carga,
sobrou
pouco espaço para os víveres,
o que nos obrigou a diminuir
nossas
intenções de contingente a bordo.
— Compreendo. E a escolta?
— Mais quatro galeões: o Alabarda de Dios,
comandado pelo capitão
Aguirre Javier I Oviedo Del La
Coruña ;
El
Bravio de Los Mares,
sob a mão de ferro do coronel-de-fragata
Salazar Zenon Alzamora;
Dominacion,
conduzido pelo general
Ramón Torres Boil & Ferrández e
La
Fúria Española, capitaneado por
Gelmires Rodríguez Guerra
Ibargüen.
— Todos da velha escola, pelo
que vejo.
— Si! Da Real Academia de
Marinha
Espanhola. Vejo que está
familiarizado, Capitão Sangre.
— E como não estaria? Tantos de
vós
já foram postos a pique pelos
sujos corsários ingleses,
que nosso mui estimado soberano
deveria mudar o nome para
Real
Academia Espanhola de Náufragos...