Google+ junho 2015 | A Pirâmide de Kukúlkan

O último reduto onde os Asseclas do CONCLAVE encontram-se...

PIRATAS!!! - Cap. 380

Sem fazer a menor cerimônia
o pirata toma a
Caixa de Pandora
como quem pega
um garrafão de rum
e examinando-a
com descaso diz desconfiado:
― Menor do que pensei.
É bom ser mesmo o jarro original
ou do contrário...
Visivelmente contrariado
com aquela suspeita
o ser divino insurge-se:
― Basta de ameaças, humano!
Não me tomes por um de tua raça.
Deuses tem apenas uma palavra!
― Nenhuma! É eu sei...
Mas dar-vos-ei um crédito,
afinal até onde vai
meu conhecimento,
tendes mais caráter
que vossos irmãos...
Responde debochadamente
o bucaneiro.
Poseidon fica sem saber
o que contrapor
àquela afirmação
e Sangre prossegue:
― Trato é trato.
Liberto-vos, deus dos mares.
Mas fique bem avisado:
não se meta novamente
em meu caminho,
posso não ser tão
benevolente no futuro...
A mão cadavérica remove
a Adaga de Nyarlatothep
da areia e os filamentos metálicos
que envolviam os pés
e pernas do avatar divino
somem misticamente.
No mesmo instante
o corpo do regente dos oceanos
torna-se transparente como água
e pouco antes de se dissolver
e ser absorvido pela areia
a voz cavernosa do deus
profere sua enigmática despedida:
― Ainda voltaremos nos ver,
Sangre...
O pirata agacha-se
e recebe a Adaga
da mão cadavérica,
que sobe por seu braço,
escalando-o até o ombro direito.
Ergue-se e dando as costas
à praia retorna ao acampamento
enquanto murmura:
― Para o vosso próprio bem
torça para que tal
jamais aconteça, Poseidon.
Na areia apenas
as pegadas do pirata
e um pequeno graveto esculpido
são as derradeiras testemunhas
daquele singular conflito
entre um homem e um deus.


O Jarro de Pandora
enfim nas mãos de Sangre!


Entretanto, a desconfiança do pirata
deixa o deus fulo de raiva...


...mas o bucaneiro cumpre a palavra
e remove a Adaga de Nyarlatothep  


...libertando o Senhor dos Mares
da armadilha que o capturara.


Em segundos o avatar transforma-se em água,
diluindo-se diante de Sangre...


...que em seguida recolhe a adaga
e a "mão amiga".


Entretanto, apesar de as últimas palavras de Poseidon
não vaticinarem nada de bom, Sangre o ignora...


...e dando as costas a praia...


... parte rumo ao acampamento!



PIRATAS!!! - Cap. 379

Também havia
a questão da reputação: 
ser refém de um mortal
iria legitimar quaisquer 
atos de desrespeito, 
traições ou coisas piores!
E mesmo o jarro estava vazio,
o que poderia fazer com ele?
Resignado, volta-se para o mar
e erguendo o tridente
brada em grego antigo.
As águas se agitam
e algo vem das profundezas
velozmente em direção à praia.
A poucas jardas da margem
uma sereia emerge
e inclina a cabeça
perante seu senhor.
― Ligéia, filha de Aqueloo.
― Eis-me aqui, Mestre Poseidon.
A criatura dardeja
um olhar de desconfiança
ao mortal atrás da divindade,
mas mantém-se em silêncio.
O deus dos mares a encara
com austeridade
e ordena-lhe:
― Vá até a morada de Epimetheus
e traga-me o Jarro de Pandora.
― Sim, meu senhor.
No momento seguinte
ela submerge nas águas
e desaparece.
Sangre assiste a cena
e inquire curioso:
― Quando ela voltará?
Vendo a ansiedade do pirata,
o deus grego redargui mordaz:
― Tenhais paciência, humano,
são mundos de distância...
O flibusteiro balança a cabeça,
abaixa-se, recolhe do chão
um graveto, saca o punhal
da cintura e começa a entalhar
enquanto fala
de modo casual:
― Da próxima vez
trarei o baralho,
um carteado vai bem
a ensejos assim...
Perto de duas horas depois
a nereida retorna
e traz consigo um vetusto
jarro grego ricamente adornado
com símbolos arcanos helênicos
e cenas da vida dos deuses.
Com a cabeça abaixada
ela ergue os braços
segurando o objeto.
As mãos de Poseidon
alcançam e seguram
o jarro com cuidado.
A um aceno e a sereia
é dispensada, desaparecendo
na imensidão marinha.
O deus grego vira-se
para Sangre e entrega-lhe
o que exigira.
― Eis aqui o valor
de vossa extorsão,
mortal.


Aquela situação poderia comprometer Poseidon
até mesmo diante de seus pares no Monte Olimpo...


...uma das razões que o leva a invocar
a presença da sereia Ligéia...


...a quem ele ordena que vá
até a morada de Epimetheus...


...e traga sem demora o Jarro de Pandora!



PIRATAS!!! - Cap. 378

Pasmo diante do que ouvia
o Senhor dos Mares
contrapõe incrédulo:
― Perdestes por completo
vossas faculdades, homem?
Vós estais me cobrando
reparações? A mim?
Um DEUS?
Sem hesitar, o bucaneiro
dá um passo à frente
e num gesto rápido
sua mão direita agarra
a divindade pelos gorgomilos!
Poseidon arregala os olhos,
tão grande é sua surpresa
quando sente
a garganta constrita!
― Deus? Vós não sois sequer
a sombra de um deus!
Sei bem o que vossa laia seja
e como vós o Conclave
já destruiu a muitos.
Para vossa divina sorte
estou disposto a ser complacente
e devolver-vos a liberdade
se atenderdes a uma
pequena exigência...
Sangre afrouxa o garrão.
O Lorde dos Oceanos
leva a mão ao pescoço,
como que querendo atestar
o que se sucedera
e indaga ainda arfando:
― Que seria?
― Coisa pouca...
A Caixa de Pandora.
Poseidon descrê
no que ouve.
― Só podes estar louco!
O que faria com semelhante coisa?
― Isso não é da vossa divina conta!
― De mais a mais não
a tenho comigo.
― Isso pouco me importa.
Não sois um deus?
Dês um jeito!
― Como esperas que faça isso
se me aprisionastes a esta casca?
― Não me creias um estulto,
rei dos mares. Vosso avatar
pode de fato ser meu prisioneiro,
mas aqueles que vos servem não.
Poseidon pondera suas alternativas.
Ele poderia esperar até
a morte física daquele mortal
e a própria adaga
ser corroída pelos elementos.
Afinal, sendo um deus
a eternidade estava do seu lado.
Porém, se deixasse o reino
por tempo demasiado,
aproveitadores poderiam
usar tal oportunidade
para usurpá-lo...

Poseidon reage às exigências... 


...de Sangre, mas este o tem nas mãos...


...e seu preço é a lendária
Caixa (Jarro) de Pandora!


O deus dos mares sabe que sua hesitação
pode custar-lhe muito caro!




PIRATAS!!! - Cap. 377

Quando Poseidon observa
o solo abaixo dele nota que
da Adaga partiam pequenos
tentáculos verde-metalizados
que suavemente envolveram-lhe
os pés, canelas e subiram
por suas pernas até os joelhos.
Ao tentar mover-se percebeu
que estava imobilizado e
(horror!) preso àquela
casca material que
construíra para si.
Revoltado, vocifera ao pirata:
― Vós não se atreveríeis a usar
estes ossos velhos e carcomidos
para atentar contra a minha
Divina Existência!!!
Parecendo compreender
perfeitamente as palavras
que lhe faziam referência,
a mão cadavérica fez
o gesto universal
com o dedo médio!
Ela então “pula” na areia
e agarra-se a base da lâmina.
Diante dos olhos
arregalados do deus,
Sangre inquire com
a cara mais sarcástica
do mundo:
― Acho que agora vós
estais mais acessíveis a
negociações, não é mesmo
Vossa Divineza?
O deus evidentemente
não aceitou bem a situação...
― Mortal insolente;
como ousas? Por tal blasfêmia
as Queres te farão morrer 
mil mortes
e tua alma será banquete
das mais infernais criaturas
das fossas flamejantes
do Tártaro!
Cofiando a barba,
Sangre examina
seu adversário de alto abaixo
e dando uma cuspida no chão
responde com desprezo
e em tom de cobrança:
― Blá, blá, blá... Entre na fila,
Poseidon! Já tenho
seres mais cascudos que
vosso velho jaez helênico
no meu encalço e
não vou perder
o sono com isso!
Agora presteis atenção
porque não falo duas vezes:
tua divina intromissão
me custou além do navio,
também a missão que
o rei de Espanha outorgou-me.
Vós me deveis deus!


Poseidon mostra sua arrogância...


...e Klaus deixa claro sua "opinião"
acerca do deus!


A Potestade dos Oceanos ameaça
Sangre com o poder das Queres...


...e um destino ardente
nas profundezas do Tártaro!











PIRATAS!!! - Cap. 376

Não é preciso ser um gênio
para chegar à mesma
conclusão que Sangre:
― Por isso afundastes minha nau?
Sabíeis que eu vinha para cá
e acabaria pondo as mãos
em vossa preciosa relíquia?
– esbraveja furioso a ponto
de querer esganar o deus grego
com as próprias mãos!
― Não humano presunçoso!
Nem em mil anos imaginaria
que um reles marinheiro
poria as mãos na Adaga profana.
Mas se ela caísse nas mãos
daquele que serve ao
Semideus-Do-Demi-Plano-Extinto...
― Jack?
― Sim, ele mesmo.
Vós sois tão somente
um peão neste tabuleiro,
mortal.
E o que estamos a jogar
é muito mais perigoso
do que possais conceber
em vossa pequena
e limitada mente!
Sangre odeia se sentir usado.
Vai contra tudo aquilo
que ele é e acredita.
Por um breve instante
contempla a face do deus
sem saber o que pensar.
Então nota o olhar de cobiça
que Poseidon dardeja
à arma branca cravada
no chão.
E como querendo
mudar de assunto expõe:
― Dizem que
a Adaga de Nyarlatothep
pode matar um deus...
― É fato. Mas apenas
se for empunhada
por uma criatura sobrenatural.
E por mais poder que tenhais,
Sangre, vós ainda sois
um mero mortal.
Completa o ser divino com
um irritante sorriso
de superioridade.
Ao que o pirata
abaixa a cabeça
e a gesticula aquiescendo:
― Isso lá é verdade...
Mas meu pequeno companheiro
aqui não...
Neste momento
uma mão cadavérica
sobe das costas de Sangre
até seu ombro direito.
Pela primeira vez
em muitos séculos
um deus é surpreendido
por um mortal!
― Nem pensais em fugir,
“deus dos mares”,
olhai a areia em que estais
pisando...


Poseidon revela o que levou-o
a perseguir Sangre e seu navio...


...a terrível possibilidade de que Jack...


...o sumo-sacerdote do grande KUKÚLKAN... 


...deitasse as garras sobre
a Adaga de Nyarlatothep


E quando o pirata revela
a presença de seu esquelético aliado,
o deus dos mares sente que foi vítima
de uma bem urdida armadilha...


...mortal!