PIRATAS!!! - Cap. 359

Ramirez respira aliviado

(assim como Chuk-Chuk)

e trata de erguer

o colega inconsciente,

tarefa em que é ajudado

pelo escocês.

Durante o trajeto de volta,

o ar fresco da noite

traz Cervantes de volta

ao mundo dos vivos

e ao deparar-se com

a cara sorridente de MacGregor

exclama:

― Oh não! Morri e

fui para o inferno!

Sabia que deveria ter

confessado meus pecados

antes de embarcar...

Debochando o corsário

redargúi-lhe:

― Não se preocupe baixinho,

ainda não foi desta vez

que fostes cavar carvão

nas fornalhas de Satã!

Enquanto ambos conversavam,

Ramirez aproximou-se de Sangre

e cheio de dedos indagou-lhe:

― Capitão, o senhor

detém tanto poder...

Por que não o usou

contra os ingleses?

Sangre não diminui a marcha

e nem tampouco olhou

para seu interlocutor,

mas um suspiro baixinho

se fez ouvir.

Após um instante de reflexão

respondeu:

― Um homem deve

encarar seus inimigos de frente

e de igual para igual

ou ele não será um homem.

Se meu inimigo ergue

sua espada contra mim,

farei uso de meu sabre.

Mas caso ele venha

a valer-se de poderes obscuros

e criaturas das trevas

para me atingir,

não hesitarei em usar

todo o meu poder arcano

e se preciso for recorrer ao

Semideus-do-Demi-Plano-Extinto,

assim o farei.

A sinceridade do capitão

o surpreende e tais palavras

esclarecem muitas de suas atitudes.

Ramirez decide que aquele

era o momento certo para

esclarecer uma situação

que ocorrera na aldeia

e que ainda o incomodava.

― Senhor, sem querer questioná-lo,

mas o que aconteceu na aldeia?

Atacou-nos sem nos reconhecer

e quase matou a todos

impiedosamente!

Cervantes volta a si, mas ainda confuso...

...e enquanto caminham pela mata até o litoral...

...Ramirez indaga a Sangre por que
no combate com os ingleses....

...ele não valeu-se de seus poderes arcanos?
E a resposta o surpreende!