PIRATAS!!! - Cap. 371

― Em sua cabina, nós o pusemos lá...

A passos rápidos

Narval afasta-se

em direção ao deque inferior.

Aislyin fala ao ouvido de Morgan.

― Este é um bom momento

para ser mais mulher

que pirata Catheryn...

A loura estranha a forma

que sua amante referiu-se a ela.

― Tu nunca me chamaste assim.

E Aislyin responde-lhe

em tom de enfado,

mas de forma que

só ela ouça:

― Esqueça. Teu homem

precisa de ti. Vá até ele.

Apesar da hesitação inicial

ela segue o conselho

e corre atrás de Narval.

Na cabina o combalido oficial,

ajoelhado ao lado do leito

onde repousa o corpo inerte

de seu irmão, segura-lhe

a mão fria e murmura:

― Seu tolo! Tinha que

bancar o herói até o fim?

Silente, a mulher

adentra o camarote,

o enlaça carinhosamente

e com uma doçura

inesperada declara:

― Ele era como tu, Narval:

um homem de verdade.

Sempre. Colocando a

vida dos outros

antes da própria.

Ele agiu como tu agirias...

Com o braço esquerdo, Narval

corresponde o amplexo da amada

e tenta mostrar-se forte

apesar de a voz embargada

não permitir-lhe

ser convincente:

― Eu sei Morgan.

Mas quisera ter estado aqui,

poder ter feito algo!

Duas vezes ele encarou a morte

sem ninguém ao seu lado

e em ambas ele não cedeu...

A beldade loura cinge-o

de contra seu corpo.

O silêncio reina no recinto.

Ao término do dia,

com o sol se pondo,

as exéquias navais são realizadas.

Um último rito de respeito

e consideração àquele

que morreu como viveu:

honrando seu país,

seus comandados

e combatendo a vilania

até o derradeiro

suspiro.

 

Narval desce as escadarias...

...rumo ao deque inferior
onde jaz o corpo de seu irmão.

Enquanto isso Aislyin convence...

...Morgan a ir ao encontro...

...de Narval que encontra-se arrasado
pelo falecimento de Ardor.

Ver o irmão naquele estado acabou
com as últimas forças do endurecido pirata.

Ao final do dia as exéquias...

...são realizadas...

...concedendo ao finado Ardor de La Cruz
as devidas homenagens.