Google+ julho 2015 | A Pirâmide de Kukúlkan

O último reduto onde os Asseclas do CONCLAVE encontram-se...

PIRATAS!!! - Cap. 400 (último)

Após alguns anos
ao lado do capitão Sangre,
MacGregor sentiu o clamor
de sua terra natal
e retornou as Highlands,
lá se uniu a um bando
de fanáticos celtas irlandeses
e forjaram o primeiro grupo
guerrilheiro da História
(antepassados ancestrais do IRA!)
a dar combate à escória inglesa!
Sua claymore bebeu
muito sangue britânico
antes de finalmente sossegar.
A espada foi considerada sagrada
pelos magos celtas e oculta
em local ignorado, talvez um lago...
Reza a lenda:
sempre que um guerreiro,
imbuído de verdadeiro
furor justiceiro,
empunhá-la, será imediatamente
possuído pelo espírito
de Chuk-Chuk tornando-se
praticamente invencível!
Seu espírito somente
abandonará o corpo após
haverem cessado todas as
hostilidades ou intenções hostis
ao seu hospedeiro.

Os boatos acerca da lâmina
são vários:
teria o poder de provocar
dano agravado e pestilento
como o veneno de
serpente-marinha
em ingleses;
emanaria uma força capaz
de esconjurar feiticeiras,
expulsar o Mal e
tornar aquele que a empunha
imune a Magia Negra!
E muito mais se ouviu dizer!
Todavia, muito embora
estudiosos e nobres;
aventureiros e plebeus,
além da própria Inquisição
a tenham procurado
incansavelmente,
ela jamais foi encontrada.

Quanto ao timoneiro Pierre:
um jovem esclarecido
de muitos talentos
cuja sorte houvesse sido diversa,
teria tido outro destino
que não a pirataria,
com toda a certeza!
A descoberta do
laboratório de Alquimia
de Salazar mudou-lhe o fado:
em uma noite particularmente
gélida em que seu amigo Plunkett
assumira o leme para que pudesse
aquecer os ossos diante do forno
que havia no laboratório,
foi visitado por
ninguém menos que JACK!
Sacrebleu!  - murmurou
o francês lívido de espanto
e com as pernas moles de medo!
Vindo de dentro de um
vórtice esmeralda que
surgiu do nada no centro da sala,
o Sumo-Sacerdote do Conclave
perscrutou com o olhar em derredor
e atinou que Sangre
tinha razão em alertá-lo.
O francês paralisado de medo mal
crê em seus próprios olhos:
aquela figura sinistra
em trajes que lembravam
um padre envolto em
energias espectrais
não podia ser coisa boa!
JACK por sua vez tinha
a atenção capturada por
aquela preciosa raridade:
uma oficina alquímica embarcada
e perfeitamente operacional!
Quanto ao rapaz,
já sabia que se tratava de alguém
muito ingênuo para
compreender na totalidade
o que a boa fortuna
lançou lhe às mãos.
E sagaz por demais
para ser facilmente manipulado.
De modo que JACK optou
por uma abordagem diferenciada:
Sangre não deve haver
falado de mim.
Ele é muito discreto...
Olhos arregalados
e mãos suando denunciam:
o marujo estava apavorado!
Tanto que balbucia qualquer coisa.
— Já vi o chamarem...
de muitas coisas...
mas nunca disso...
O desconhecido sorri
e enquanto o fulgor
desaparece atrás dele,
fala mansamente:
— Deve ser verdade.
Eu sou Jack.
Tu és o timoneiro Pierre,
correto?
Lutando para restabelecer
a compostura, o marujo
assente com a cabeça
afirmativamente:
— Sim senhor...
—Hummm, respeito.
Gosto disso.
Escute com atenção,
jovem piloto.
Esta sala tem segredos
e tesouros inimagináveis.
Quis o Destino que
recaíssem em tua guarda.
Pois bem, por motivos
que não te interessam
ou importam,
ficará responsável
por tudo isto e será
o desbravador dos mistérios
que aqui se ocultam.
As palavras daquele
estranho homem soam
tão bizarras quanto ele
e Pierre acha melhor
não se comprometer:
— Mas não entendo tanto
assim de Alquimia,
Senhor Jack.
Olhando fundo nos olhos
de seu interlocutor,
o mago deixa-lhe claro
que não opções sobre a mesa...
— Não te faças de bobo, francês,
sei bem que o contramestre
desta nau é versado
nesta ciência arcana.
Ele te auxiliará.
Quando descobrir
algo de valor
informe teu capitão
e ele me dirá
o que devo saber.
Jack estende a mão
e o timoneiro vê sobre sua palma
um cristal verde.
A pedra levita, cintila
e aos poucos se transforma
em um vórtex,
oblongo no formato
e que vai do chão ao teto.
Jack vira-se e começa
a caminhar na direção do portal,
mas Pierre o detém
com uma última pergunta:
—Nos veremos novamente?
– sem voltar-se,
o regente do Conclave
apenas diz:
—Se descobrirdes algo
de real valia...
Adentrando a passagem
entre o “aqui e lá”
o Sumo-Sacerdote desaparece
como se nunca houvesse estado
naquele aposento.
No momento seguinte Pierre
corre ao tombadilho
e de lá ao timão,
onde engolindo
metade das palavras
tenta explicar a Plunkett
o que acontecera.
Inicialmente o contramestre
não compreende lhufas,
mas à medida que Pierre
se acalma um pouco
e se faz entender,
o velho irlandês
a princípio incrédulo,
apreende a seriedade
do ocorrido.
E indaga preocupado:
—E o que faremos?
Ao que Pierre dá de ombros:
— Que escolha nós temos?
O que ele mandou, é claro!
De mais a mais,
eram nossas intenções
mesmo antes disso tudo
acontecer...
—É, mas o que pretende
esse sujeito?
Com um arrepio a
percorrer lhe a coluna
como um mau pressentimento,
Pierre confidencia
sua impressão:
—Amigo, creio que isso
nem o próprio Diabo saiba!

Ah, mas não é possível
falar da tripulação de Sangre
sem comentar o mais folclórico
e pilhérico de todos eles:
Estevãn “Onça” Bertolluci!
Com o perdão da má palavra,
como dizem os portugueses:
Mas páh, o gajo é um pândego!!!!
Onça tentou
passar a perna em
Sangre, fazendo-se de grande
matador de ingleses.
Quebrou a cara quando
a verdade veio à tona,
desmascarado, teve de encarar
a Prova da Coragem:
enfrentar com as mãos nuas
um imenso gorila!
Descobriu-se assim
aquele que poderia
ser definido como
seu maior dom:
uma sorte infernal!
Por incrível que pareça
seus mais mirabolantes
planos cretinos sempre
deram com os burros n’água
e mesmo assim ele sempre
dava um jeito de livrar
a própria pele posando
de herói no final!
Que ninguém pergunte como,
mas ele sempre conseguia isso!
Nunca houve um pirata
como Onça e nem jamais haverá
(e muitos de seus companheiros
agradecem aos Céus por isso)!
Tendo navegado e pirateado
por todos os sete mares
ao lado do mortal Capitão Sangre
e levado a paciência deste
até os extremos da sanidade;
muito açoite, chibata, chicote,
ferro em brasa e pendurado
de cabeça pra baixo
no alto do mastro da mezena
ele mereceu.
Mas pau que nasce torto…
Ele consecutivamente abiscoitava
um jeito de escapar do castigo
por suas cavalgaduras,
digo, falcatruas.
A sorte do miserável chegava
a ser constrangedora!
Eles ainda navegaram juntos
por alguns anos,
até o Onça decidir fazer
carreira solo”.
Dizem que se meteu
em enrascadas e aventuras
a que nem o próprio Sangre
se arriscaria.
Mas isso são meros boatos.
A verdade é que ninguém
parece saber que fim levou o Onça.
Talvez esteja por aí,
até hoje, percorrendo
os oceanos afora
em busca de sua próxima presa,
a lhe cair indefesa entre as garras.
Quem sabe?
Como dizia o próprio Onça:
— É verdade, está lá fora!
É amarela e têm pintas,
eu juro!!!

E por fim o Capitão Sangre:
até onde se sabe
ele continuou navegando
por muitos anos
e praticando a pirataria
- preferencialmente contra ingleses,
mas não poupava espanhóis ou
qualquer outra nação.
Sua malograda missão
sob bandeira espanhola
a fim de concretizar
um ardil do Conclave,
tornou-o um bucaneiro proscrito
(todavia ainda sob as ordens
da organização a qual
servia fielmente).
Anos depois, um novo plano
concebido por JACK
levou-o ao extremo Oriente
em uma jornada de vingança
que derivou em
avassalador triunfo! *
Permaneceu por décadas
a serviço do Conclave
(dizem que era um dos
poucos amigos de JACK,)
e sua última missão na Terra
(neste caso, no mar)
teria sido no fatídico
Triangle Del Diable.
Foi visto a última vez tomando
o rumo da dita cuja região.
Desapareceu do mundo.
Qual era a missão?
O que aconteceu depois?
Não há registros.
O Diário de Bordo de sua nau
jamais foi recuperado.
Ninguém ousa indagar  JACK 
e muito menos ao seu Mestre.
Entretanto, murmúrios ecoantes 
nos corredores labirínticos
da pirâmide maia falam
de um objetivo desconhecido
que envolveria
uma vetusta relíquia
dos antigos deuses gregos...
Mas são apenas especulações.

Há quem diga que ele
continua navegando
os mares astrais,
que continua lá, 
em algum lugar, 
com as velas enfunadas
por um forte vento de popa 
navegando no limbo
entre os mundos.
Um pirata.
Um corsário…
Sob a Jolly Roger do Conclave.
Por toda La Eternidad,

Sangre!





FIN(?)*




* Para saberdes com certeza, 
somente quando tiverdes 
o livro em mãos, ò leitor...



Chuk-Chuk MacGregor retorna às...


...Highlands para lutar por sua gente...


...e sua claymore bebe muito sangue inglês...


...até o dia de sua morte...


...entretanto, sua poderosa espada manteve seu legado.


Em uma noite escura é glacial,
Pierre aquecia-se no laboratório alquímico
do finado Salazar...


...quando repentinamente JACK surge
do nada através de um portal!


Após uma longa e coerciva conversa,
o Sumo-Sacerdote do CONCLAVE
recorreu a Esmeralda Sagrada...


...que gerou um vórtex de energia arcana
através do qual partiu!


Logo depois o francês correu até o timão
onde estava Plunkett e dividiu com ele
o fardo daquele sinistro encontro...


O irlandês a princípio descrê
de toda aquela história mas vendo
a seriedade de Pierre presente algo terrível!


Quanto ao infame Onça...


...ele ainda ficou um bom tempo com Sangre,
mas resolveu lançar-se à pirataria
em navio próprio...


...acompanhado de alguns fiéis companheiros.


Em  pouco tempo já estava barbarizando
pelos Sete Mares!




Sangre retornou às terras maias...


...e em seguida tomou o rumo do Oriente
em um novo encargo...


...a serviço do CONCLAVE (novamente).


Depois desta última missão (bem sucedida),
o capitão pirata partiu


...em sua derradeira jornada...


...na mais perigosa região de todos
os mares conhecidos (ou não):...


...El Triangle del Diablo!


Desde então nada mais se soube dele ou de seu navio,
O Diário de Bordo jamais foi recuperado...


Todavia, muitos ainda especulam
o que teria acontecido...


...na Pirâmide Maia, alguns Asseclas
sussurram suspeitas que envolveriam...


...um antigo artefato grego que o pirata
havia trazido de uma ilha perdida
no Mar das Caraíbas...


...porém, ninguém ousa questionar JACK...


...ou seu Mestre e Deus do Conclave: KUKÚLKAN!!!!










Resta apenas a suspeita de que o grande capitão
encontrou uma rota desconhecida a qualquer mapa
já concebido pela mão do Homem.
Uma rota que o levou mais longe que pensamento
e muito além dos sonhos...


...por toda a Eternidade.