Google+ PIRATAS!!! - Cap. 392 | A Pirâmide de Kukúlkan

O último reduto onde os Asseclas do CONCLAVE encontram-se...

PIRATAS!!! - Cap. 392

Em terra um estupefato
capitão Sangre exclama:
― E não é que o desgraçado
conseguiu mesmo?
Por todos os diabos
dos 600 Círculos do Inferno!
Ele conseguiu! HÁHÁ HUÁ HUÁ,
HÁHÁ HUÁ HUÁ, HÁHÁ!!!!
Gargalhou o velho pirata
com uma alegria que
há muito desconhecia!
Algum tempo depois
ele está ao pé da praia aguardando
a chegada de seus marujos.
― Adiantaram o banho anual?
Sangre não era dado a gracejos,
aquilo com certeza era um bom sinal.
Encharcado da cabeça aos pés,
Ramirez esboça um
sorriso amarelo e responde
apontando as carcaças
semi-devoradas de piratas
que não tiveram a
mesma sorte que ele:
― É vero, capitão. E
 alguns de nós enchemos
as barrigas dos peixes.
Sangre sacode a cabeça,
aproxima-se, põe a mão
sobre o ombro do ex-imediato
e diz em tom consolador.
― Lamentável. Eram bons marujos.
Mas é nosso destino, rapaz,
morrer pelo aço, pela pólvora
ou pelo mar.
― Ou pela Magia... – completa o bucaneiro.
O capitão soergue a sobrancelha
e anui.
― Sim, alguns pela Magia...
Ore a teu deus para que
esse nunca venha a ser teu fado.
O amplexo do mar
ou as mandíbulas dos tubaronnes
são mortes mais dignas
e menos dolorosas...
Enquanto seu superior se afasta
em direção ao escaler mais próximo
Ramirez reflete sobre aquelas
misteriosas palavras.
― Como assim menos dolorosas?
O que poderia ser pior que ter
o corpo mastigado
e devorado ainda vivo?
Neste momento acercam-se dele
os amigos Cervantes, MacGregor
e o Onça.
― Parece que escapamos
novamente às garras da Morte!
– comemora o escocês.
― É... Mas vi o sorriso cruel dela
bem de pertinho quando
um daqueles monstros marinhos
devorou o Lagosta...
― Que monstro marinho?
– inquire Ramirez intrigado.
Tubaronnes! Esse cagão se borra
de medo dos peixes!
– debocha Chuk-Chuk.
― HAHAHAHAHAHAA!!!!!!!
– ri da desgraça alheia
o ex-imediato de Sangre.
― E tu, Onça? Deves ter corrido
sobre as águas para escapar
daquelas mandíbulas famintas!
– perquire Cervantes ao companheiro.
― Acreditam que depois
de me fazer costurar todo
o velame do navio, Sangre
me fez a arrastar a embarcação?
O velho sabe ser cruel quando quer...
Revolta-se Estevãn, porém, Ramirez
(velho conhecedor das
falcatruas do amigo)
não hesita em desmenti-lo.
― Que arrastar o navio o quê,
ô malandro! Naquele bote
havia mais sete remando e
até onde pude ver,
tu era o que mais fazia
corpo-mole!
Estevãn reage fazendo
ares de ofendido.
― Posso ser mole como
uma alforreca quando
encaro trabalho pesado,
mas se a coisa aperta
sou mais firme que uma ostra...
― E de idêntico raciocínio...
– completa Ramirez sarcasticamente.
― É, estou curioso...
Como se livrou quando
os botes foram suspensos
em pleno ar?
O escocês questiona-o intrigado.
― Bem, enquanto todos
em minha volta caiam
como maças maduras;
agarrei-me as bordas do escaler
e não desgrudei por mais que
ele quisesse me jogar longe!
― Imagino... – sorri irônico
o ex-imediato.
Estevãn faz cara de pouco caso
e continua sua fantástica narrativa
(como no geral são todas
as estórias do Onça...).
― Quando o bote soltou-se,
admito que assisti 
minha vida inteira
passar perante meus olhos!
E o mais esquisito 
é que só vi tavernas
e botijas de rum...
― Não acho isso nem
um pouco estranho...
– glosa jocoso Ramirez
mal contendo uma risada.
― Não o interrompa!
Quero saber como ele se safou!
– interpela o Aranha-Do-Mar.
Sentindo muito importante
com aquela súbita defesa,
o Onça prossegue empolgado e
a cada frase dita por ele,
Ramirez fazia um motejo:
― Apesar disso sabia que
de alguma forma escaparia vivo...
― “Vaso ruim...”
― Agarrei-me com firmeza
e joguei o corpo para trás...
― “Entrei em pânico e me desesperei...”
― Quando o bote bateu na água...
― “Me mijei todo...”
― Graças à solidez com que
me aferrei ao escaler...
― “Paralisado de medo...”
― Não caí do barco e pude
ajudar outros a salvarem-se.
― “Pois alguém tinha que remar
e não seria eu!”
Mesmo esforçando-se
para manter a atenção
ao que Estevãn dizia,
Cervantes não consegue
segurar o riso diante da
interpretação jocosa que
Ramirez fazia de cada
trejeito do Onça.


Em terra, Sangre observa o pouso d'El Bravio de Los Mares...


...ao largo da Ilha do Desespero.


Apesar do bom humor de seu capitão,
Ramirez não tem muito o que comemorar...


...ante a visão dos companheiros mortos e meio comidos pelos...


...famintos tubarões!


Aos poucos os piratas reúnem-se em terra
e os ânimos melhoram ao perceberem que
agora não tardava a partida!


Menos o estado de espírito de Chuk-Chuk MacGregor
que perdeu um conterrâneo e amigo na goela dos peixes!



Sidinei Lander da Silva Pereira: Mestre de RPG, aprendiz de escritor, leitor voraz, quadrinista fanático, cinéfilo compulsivo, agnóstico independente, livre-pensador, fã incondicional de O Senhor dos Anéis (livro e filme), música para mim é Clássica, Jazz, Blues, Rock'n Roll e Metal! E tenho dois gatos... Quer saber mais sobre mim? Veja meu perfil no Google Plus!

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