Google+ PIRATAS!!! - Cap. 395 | A Pirâmide de Kukúlkan

O último reduto onde os Asseclas do CONCLAVE encontram-se...

PIRATAS!!! - Cap. 395

― E para que ninguém
ouse dizer que Sangre
não e justo, já que ajudastes
a reparar as velas que
tu mesmo destruíste,
devolver-te-ei a liberdade
se sobreviver...
Sem conseguir tirar os olhos da fera,
Onça tenta desesperadamente
se recompor, pois sabe que
a habilidade com as palavras
já lhe salvou a pele
mais de uma vez. fa
Argumentar era tudo
que lhe restava:
― Capitão, quem sabe
o senhor não estaria disposto
a reconsiderar a prancha?
Ou a história dos dedões?
Por que precisam ser tripas britânicas,
afinal que importa a que rei
elas se curvavam em vida?
Sangre apenas faz
o sinal de negativo
com o dedo indicador
enquanto emite
o som alegórico:
― Tsc, tsc, tsc....
Um marujo mais debochado
grita dentre a “plateia”:
― Fala aí Onça, quais são
suas últimas palavras?
Sangre saca a pistola
e com um tiro certeiro
destroça o cadeado da jaula
libertando o animal.
― Sooocooorrooooooo!!!!!!!!
Berra em desespero o infeliz pirata,
tratando de ficar o mais
fora do alcance possível do primata.
Os demais bucaneiros
mantém uma distância segura,
subindo escadas-de-Jacob,
encarapitando-se
nos mastros e vergas ou
refugiando-se dentro de barris!
Porém, sem despregar
o olho do evento! Onça sabe
que esta pode ser sua
única oportunidade
de voltar às boas com o capitão,
fugir não irá livrá-lo de sua ira.
Mas no momento ele tinha
problemas maiores,
muito maiores...
A besta avança aos trancos
na direção dele,
as grandes presas amareladas
gotejam uma baba malcheirosa
e sua respiração é tão possante
que mesmo a mais de
cinco jardas de dele
Estevãn sente aquele
bafo quente e resfolegante.
― Se a esta distância
já fede desse jeito...
– pensa Estevãn
de olhos arregalados.
Busca em volta algo
que possa usar para se defender,
mas de mãos atadas
nada parecia favorecê-lo.
É quando repara na
lasca de metal que
o tiro dado por sangre
desprendera da porta da jaula.
Encalacrada na
amurada de estibordo
a farpa mal chegava
ao tamanho de um dedo,
mas parecia afiada...
Espertamente Onça
anda lateralmente,
bem devagar de modo
a não atiçar a criatura
que ainda o olhava
com certa curiosidade.
Acercando-se do balaústre
esfrega as cordas no metal
e com rápidos movimentos
consegue cortá-las
no fio da lasca metálica.
Mãos livres;
remove a farpa da madeira
e a empunha como
a um pequeno punhal.  
Em derredor
os demais flibusteiros
riem às gargalhadas da cena:
aquele homenzinho franzino
querendo ameaçar
um gigante das selvas
com pouco mais que
uma faca de cozinha!
Estevãn suava feito um porco
a caminho do matadouro!
O símio aparentava impaciência
e aproximou-se
de modo oscilante.
Seus grunhidos
gelavam o sangue
do encurralado patife!
Mas se a vida no mar
ensinou algo àquele pirata
foi que nada no convés
deve ficar solto.
Em especial a munição.
Vendo que a sua direita
havia uma pilha de balas de canhão,
sequer pensa uma segunda vez:
um gesto breve e preciso
secciona a rede que
as mantinha unidas.
Em instantes o balanço do mar
as espalha caoticamente
em todas as direções.
O gorila sobressalta-se
com aquele movimento inesperado
e demonstrando uma agilidade
inconcebível para uma
criatura daquele tamanho
agarra-se a verga acima dele
e fica lá pendurada por
seu longo braço!
O corsário não deixa
passar a olada:
perscruta a amura
e vê a bigota que lhe interessa.
Não havia tempo para
desamarrar o cabo,
então se põe a cortá-lo
com a lâmina improvisada.
Sua bem-aventurada sorte
o favorece mais uma vez e
consegue decepar a corda.
Imediatamente a vela arria
com violência por sobre o primata
pegando-o de surpresa.


Com um tiro de pistola, Sangre....


...liberta de sua jaula...


...o imenso gorila!


Grande, furioso e faminto, por sinal!


Mas graças a uma farpa de metal
gerada pelo disparo na jaula...


...Onça consegue livrar-se das
cordas que o prendiam...


...e agora (mais do que nunca)
Estevãn lutará por sua vida...


...executando um plano doido
que surgiu em sua cabeça...


...um plano que inclui balas de canhão,...


...bigotas...






...e uma das velas!



Sidinei Lander da Silva Pereira: Mestre de RPG, aprendiz de escritor, leitor voraz, quadrinista fanático, cinéfilo compulsivo, agnóstico independente, livre-pensador, fã incondicional de O Senhor dos Anéis (livro e filme), música para mim é Clássica, Jazz, Blues, Rock'n Roll e Metal! E tenho dois gatos... Quer saber mais sobre mim? Veja meu perfil no Google Plus!

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