Google+ janeiro 2015 | A Pirâmide de Kukúlkan

O último reduto onde os Asseclas do CONCLAVE encontram-se...

PIRATAS!!! - Cap. 230

Enquanto conversavam, 
entraram no bote 
e começaram a remar rio abaixo. 
A princípio parecia um tranquilo 
passeio ao luar, porém, 
logo a velocidade da água 
começou a aumentar, 
o córrego desaguou em 
um rio mais largo porém
 espremido entre paredões de pedra, 
em minutos estavam em 
uma corredeira avassaladora, 
lutando com desespero 
para não serem jogados 
contra as paredes ou algum rochedo!
― Que inferno! Onde viemos parar? 
Estava tudo tão tranquilo! 
Um passeio de bote à luz da lua... 
E agora isso!
Esbravejava o escocês enquanto 
tentava como podia 
afastar a chalupa das pedras 
usando um dos remos! 
O ex-imediato o auxiliava 
do jeito que dava com o outro remo; 
o contou o que sabia:
― Sangre me falou... 
dessas corredeiras.... 
os nativos chamam de... 
Passagem dos Caixões!!! 
Ninguém... vem... por aqui...
Chuk-Chuk tem medo de perguntar, 
mas o faz:
― Até onde elas vão?
Nesse momento Ramirez 
observa à frente e aponta:
― Até lá!
Todos voltam o olhar na mesma direção 
e o que veem enche seus corações de pavor!
― A cachoeira Queda de Satã! 
– berra Ramirez tentando sobrepor 
sua voz ao estrondo da queda d’água.
― Temos que sair daqui, 
eu sou muito novo pra morrer!!! 
– choraminga o Onça!
― Seja homem uma vez na vida, Estevãn! 
Ao menos diante da morte 
tenha um mínimo de dignidade!
MacGregor esbraveja com ele, 
com ganas de jogá-lo 
para fora do barco! 
Nisso o Aranha-do-Mar exclama:
― Vejam, ali! Aquele tronco!
― Está muito alto! 
– retruca o escocês.
― Não se você me erguer, Chuk-Chuk!
― E se a madeira estiver podre? 
– aventa Estevãn.
― Aí eu atiro você nele! – se indigna Chuk-Chuk!
 O Onça decide ficar quieto...


O passeio idílico dura pouco...


...o riacho desemboca em um rio maior...


...e muito mais perigoso...












...porém, os piratas espanhóis
avistam uma alternativa...






...a última chance antes de
despencarem na cachoeira
"A Queda de Satã"!!!

PIRATAS!!! - Cap. 229

O Onça desconversa:
― Onde conseguiu essa 
bela adaga, Ramirez? 
Pelo que disseram saíram de lá 
desarmados, capados e melados...
O ex-imediato arrepia-se por um instante 
e com o medo no olhar narra:
― É... Saímos sem nada além 
deste pedaço de corda.
Aponta o rolo em seu ombro.
― Mas como bem contou Cervantes, 
tivemos nossa cota de desventuras 
até encontrá-los. 
Não tem uma hora e meia 
eu quase conheci o Criador 
por conta de uma fossa de 
lama negra borbulhante!
O Aranha-Do-Mar anui.
― Pelos ossos de meu pai, é verdade! 
Estávamos correndo de 
um serpentário dos infernos 
quando ele afundou até a cintura 
naquela coisa pegajosa 
cheia de vermes e sanguessugas! 
Se não estivesse na minha frente 
teria sido eu a mergulhar 
naquela nojeira!
Ramirez continua 
sua aflitiva narrativa:
― Já sentia o toque frio da Morte 
na minha alma quando consegui 
firmar a mão em uma raiz...
― Ele pensava que era uma raiz...
Interpõe Cervantes. 
Os dois se olham. 
Saragoça Del Compostella 
engole em seco e continua:
― Não era... Tratava-se de 
outra maldita serpente!!! A peçonhenta 
enrolou-se em meu braço direito e 
já ia enfiar aquelas presas venenosas nele 
quando o Aranha atravessou a cabeça dela 
com esta adaga!
Cervantes estufa o peito 
dando uma de herói 
ao que o Onça intrigado insiste:
― Mas de onde tu tiraste 
esta lâmina, afinal?
― Estava cravada em uma 
caveira esverdeada 
que havia sobre umas 
pedras estranhas...
Os olhos de Estevãn se arregalam. 
Já temendo pelo que ouvirá
 interroga o companheiro:
― Caveira verde?  E como assim “estranhas”???
­― Havia inscrições incompreensíveis nelas, 
sei lá, parecia algum tipo de aviso...
Um filete de suor gelado 
escorre da fronte do Onça. 
Ele já vira algo assim antes...
Madre de Dios!!!


A adaga que atraiu a atenção do Onça.


Cervantes e Ramirez nada além de um rolo de corda
conseguiram levar consigo durante a duga!


Azarados como eram sairam das garras de Aislyin
para entrar em um ninho de cobras!


E as serpentes os viram
como um suculento almoço!!!


Na fuga Ramirez cai em uma fossa de lama negra...


...cheia de vermes e sanguessugas...


...que por muito pouco não o comeram vivo!!!


Mas o lodo borbulhante ainda guardava
mais uma surpresa desagradável:


Uma famélica serpente!!!






Se não fosse o Aranha-Do-Mar,
o ex-imediato de Sangre teria aquela lama
como sua sepultura!


Mas a sorte (ou o Destino) quis que Cervantes
encontrasse a aquela adaga
cravada no crânio esmeraldino...


sobre as bizarras pedras rúnicas!

PIRATAS!!! - Cap. 228

Enquanto caminham 
MacGregor aproxima-se 
de Estevãn e comenta:
― Para alguém que 
poucos minutos atrás 
estava se borrando de medo, 
você está muito tranquilo, 
Onça, o que houve?
― O rum! Lembro que Sangre 
comentou certa vez que deixava 
um estoque de seu melhor rum 
naquela aldeia para sempre 
ter algo decente a beber nesta ilha.
― E você quer roubar o rum 
do capitão Sangre, é isso? 
Cara, você é muito mais 
maluco do que pensava!
Curioso o escocês resolve 
tirar a limpo a atuação 
“heroica” do Onça...
― Mas me fale, Ramirez, 
o Onça aqui nos disse que 
matou sozinho 
todos os piratas ingleses 
e que partiu em resgate de vocês 
quando se desgarrou, foi isso?
A resposta não podia 
ser mais reveladora:
― Não vimos o Onça 
desde que chegamos a esta ilha 
até o momento em que 
topamos com vocês aqui.
Apressando-se para 
não ser desmascarado, 
Estevãn tenta remendar:
― Eles estavam inconscientes, 
Chuk-Chuk! Amarrados a uma árvore.
Cervantes concorda.
― Isso é verdade. Acordamos presos 
a uma árvore, próximos a uma caverna, 
nossas cordas estranhamente 
haviam amolecido...
Olada que Onça 
prontamente aproveita...
― Fui eu!
Demonstrando que não perdeu 
seu sarcasmo apesar 
de tudo o que passou Ramirez 
devolve o comentário 
no mesmo dobrão!
― Sei... Tu e a Invencível Armada! 
Não é mesmo Onça?
O Aranha-do-Mar 
põe panos quentes:
― O que aconteceu com certeza 
ninguém sabe, mas algo houve, 
pois enquanto despertávamos, 
todos os cães britânicos pareciam 
estar recém voltando 
ao mundo dos vivos...


O rum tem propriedades
revigorantes para o Onça...


Rmirez e Cervantes estavam cativos do ingleses...


...mas algo que desconhecem
afrouxou suas cordas...


...e dali para a floresta e a liberdade
foram só alguns passos!


Uma pena que tudo que puderam levar consigo
foi apenas aquele rolo de corda velha...


...pois o que iriam enfrentar
demandaria muito mais que isso!

PIRATAS!!! - Cap. 227

― Como assim? Compreendo 
que tentar arrancar as partes 
do Aranha tenha sido algo medonho, 
mas “melar” não mata ninguém...
Retruca o Onça que 
não parece muito convencido.
― É... A menos que coloquem mel 
em tuas “jóias” e ti deixem amarrado 
com as calças arriadas 
em cima de um maldito formigueiro... 
Ainda sinto aqueles bichos malditos 
até dentro do meu...
― Poupe-nos dos detalhes! 
Conhecemos de perto 
o horror nesta mata infernal! 
Quase fomos esquartejados 
por um fantasma!!!
Conta Chuk-Chuk de olhos arregalados.
― Como é que é????
A dupla descreve o encontro 
com o espectro e as árvores assassinas.
Madre de DiosNós também 
passamos poucas e boas
Trilhas que mudavam de lugar, 
bifurcações que apareciam 
no caminho onde antes 
havia uma vereda reta, 
buracos que surgiam do nada 
debaixo de nossos pés, 
moitas que se mexiam 
sem vento ou animal algum nelas, 
árvores que pareciam mudar de lugar, 
sussurros no vento, 
barulhos estranhos, 
vozes que chamavam nossos nomes, 
poças de areia movediça 
e cobras, muitas, muitas cobras!!!!
O Aranha-do-Mar 
quase chora de pavor.
― Temos que sair deste lugar amaldiçoado 
e o quanto antes! 
Como chegaram até aqui, lembram-se?
Demonstrando uma calma impressionante, 
o Onça tenta fazer 
com que mantenham o foco. 
Cervantes pensa um pouco e relata:
― Sim, logo depois que escapamos 
da areia movediça nós 
atravessamos um rio e chegamos aqui 
depois de uma meia hora mais ou menos...
― Então o rio não deve estar longe, 
este ribeirão deve levar até ele. 
Vamos usar aquele bote 
e daremos o fora!


Enormes e vorazes formigas...






...árvores que se mexem sozinhas...


...e atacam!!!!


O Bosque dos Fantasmas faz por merecer seu nome!


Quando se escapa das garras vegetais
de plantas ferozes...


...corre-se o risco de nadar na areia movediça...


...e para fugir dela é bom ter cuidado,
nem sempre um galho é um galho!!!






Mas apesar de tudo sempre há uma saída...


...um plácido riacho em meio à mata...


...que com um pouco de sorte os livrará dos perigos...