O Onça desconversa:
― Onde conseguiu essa
bela adaga, Ramirez?
Pelo que disseram saíram de lá
desarmados, capados e
melados...
O ex-imediato arrepia-se por um instante
e com o medo no olhar narra:
― É... Saímos sem nada
além
deste pedaço de corda.
Aponta o rolo em seu ombro.
― Mas como bem contou
Cervantes,
tivemos nossa cota de desventuras
até encontrá-los.
Não tem uma hora
e meia
eu quase conheci o Criador
por conta de uma fossa de
lama negra borbulhante!
O Aranha-Do-Mar anui.
― Pelos ossos de meu
pai, é verdade!
Estávamos correndo de
um serpentário dos infernos
quando ele
afundou até a cintura
naquela coisa pegajosa
cheia de vermes e sanguessugas!
Se não estivesse na minha
frente
teria sido eu a mergulhar
naquela nojeira!
Ramirez continua
sua aflitiva narrativa:
― Já sentia o toque frio
da Morte
na minha alma quando consegui
firmar a mão em uma raiz...
― Ele pensava que era uma
raiz...
Interpõe Cervantes.
Os dois se olham.
Saragoça Del Compostella
engole em
seco e continua:
― Não era... Tratava-se
de
outra maldita serpente!!! A peçonhenta
enrolou-se em meu braço direito e
já ia
enfiar aquelas presas venenosas nele
quando o Aranha atravessou a cabeça dela
com esta adaga!
Cervantes estufa o peito
dando uma de herói
ao que o Onça intrigado
insiste:
― Mas de onde tu tiraste
esta lâmina, afinal?
― Estava cravada em uma
caveira esverdeada
que havia sobre umas
pedras estranhas...
Os olhos de Estevãn se arregalam.
Já temendo pelo que ouvirá
interroga o companheiro:
― Caveira verde? E como assim “estranhas”???
― Havia inscrições
incompreensíveis nelas,
sei lá, parecia algum tipo de aviso...
Um filete de suor gelado
escorre da fronte do Onça.
Ele já vira algo
assim antes...
― Madre de Dios!!!![]() |
A adaga que atraiu a atenção do Onça. |
![]() |
Cervantes e Ramirez nada além de um rolo de corda conseguiram levar consigo durante a duga! |
![]() |
Azarados como eram sairam das garras de Aislyin para entrar em um ninho de cobras! |
![]() |
E as serpentes os viram como um suculento almoço!!! |
![]() |
Na fuga Ramirez cai em uma fossa de lama negra... |
![]() |
...cheia de vermes e sanguessugas... |
![]() |
...que por muito pouco não o comeram vivo!!! |
![]() |
Mas o lodo borbulhante ainda guardava mais uma surpresa desagradável: |
![]() |
Uma famélica serpente!!! |
![]() |
Se não fosse o Aranha-Do-Mar, o ex-imediato de Sangre teria aquela lama como sua sepultura! |
![]() |
Mas a sorte (ou o Destino) quis que Cervantes encontrasse a aquela adaga cravada no crânio esmeraldino... |
![]() |
sobre as bizarras pedras rúnicas! |
0 comentários:
Postar um comentário
Atreva-se, diga-me o que está pensando!
Se veio até aqui, não recue!
Se és contra, a favor ou muito pelo contrário(?!),
tanto faz...
Afinal, esta é uma tribuna livre.
E uma certeza podes ter como absoluta:
RESPOSTA TU TERÁS!!!!!!