Google+ agosto 2008 | A Pirâmide de Kukúlkan

O último reduto onde os Asseclas do CONCLAVE encontram-se...

Uma questão de...

Tudo é uma questão de manter
A mente quieta,
A coluna ereta,
E o coração tranqüilo.

(Walter Franco)

Perigo e consciência

Não tenhas medo.
Sou sempre a favor do perigo.
E isto é perigoso, porque estás a beira da Consciência.

(Osho Bhagwan Shree Rajneesh)

POE - Criatura viva...

Todas essas criaturas – todas as que chamais animadas, assim como aquelas a que negas vida, sem razão melhor do que a de não as verdes em ação – todas essas criaturas tem em grau maior ou menor, a capacidade para o prazer e a dor; mas a soma geral de suas sensações é, precisamente, aquele total de felicidade, que pertence de direito ao ser divino, quando concentrado em si mesmo.
O que aqui adianto é verdade; isto, portanto, não pode morrer; ou se por acaso viesse a ser esmagado, a ponto de morrer, “de novo ressuscitaria na vida eterna”


(Edgar Allan Poe)

POE - O esforço humano...

Não tenho fé na perfectibilidade humana. Acho que o esforço humano não surtirá qualquer efeito apreciável para a Humanidade.
O Homem agora só é mais ativo – não mais feliz, nem mais sábio do que era 6000 anos atrás.


(Edgar Allan Poe)

POE - A Vida...

A Vida real do homem é feliz principalmente porque ele está continuamente esperando que ela em breve seja assim.


(Edgar Allan Poe)

Ausente...


Não me sintas morto.
Não me vejas morto.
Não me queiras ausente.
Nos meus, o sou.
Em meus amigos, fico.
Em minha obra, me eternizo.
Pois os solitários têm em si
a busca das magníficas luzes.

Conclusão


Qualquer que seja minha sorte
Na saudade ela consiste:
Minha vida agora é morte
E a esperança agora é triste

Definindo


O fato de seguirdes os passos de Buda, Cristo ou Krishna, não torna-te um Cristo, um Buda ou um Krishna.
Encontre teu próprio caminho.
(Osho Bhagwan Shree Rajneesh)
É inútil desperdiçar a vida em um caminho, se esse caminho não tem coração.
(Don Juan – Carlos Castañeda)
Um coração imáculo, inocente, não se consegue intimidar facilmente.
(William Shakespeare)

Canção


Outrora eu vi o mar.
Ele juntara-se ao horizonte como uma campina florida de tulipas brancas que eram velas.
Um grande vento desfolhara essas tulipas e suas pétalas dançaram rápidas, túmidas como os teus seios...

Outrora eu vi o mar.
Ele estava fogoso como o teu amor e tragava os pescadores de sonhos.
No mar do teu amor eu embarquei, e se novamente pude voltar ao porto, é porque eu não amei...

Sublimações


Quando o Homem sublima as coisas, nascem os deuses pagãos;
quando sublima o semelhante, nasce o mártir;
quando sublima a si próprio, nasce o tirano;
quando sublima a Razão, nasce a Ciência;
quando sublima a fé, nasce a Religião;
quando sublima a ignorância, nascem o medo e a superstição;
quando sublima o Desconhecido, nasce a Magia;
e quando transcende a tudo e a todas as sublimações, torna-se DEUS!

Charles Baudelaire (1821-1867)

Poeta francês. Famoso por suas Flores do mal, precursor, influenciou toda a poesia simbolista mundial e lançou as bases da poesia moderna.
Baudelaire marcou com sua presença as últimas décadas do século XIX, influenciando a poesia internacional de tendência simbolista. De sua maneira de ser originaram-se na França os poetas "malditos". De sua obra derivaram os procedimentos anticonvencionais de Rimbaud e Lautréamont, a musicalidade de Verlaine, o intelectualismo de Mallarmé, a ironia coloquial de Corbière e Laforgue.
Embora muito criticada e mal compreendida por seus contemporâneos, apesar de elogiada por Victor Hugo, Teóphile Gautier, Gustave Flaubert, Arthur Rimbaud, Paul Verlaine e Théodore de Banville, a poesia de Baudelaire está marcada pela contradição. Revela, de um lado, o herdeiro do romantismo negro de Edgar Allan Poe e Gérard de Nerval, e de outro o poeta crítico que se opôs aos excessos sentimentais e retóricos do romantismo francês.
Uma nova estratégia da linguagem - Baudelaire foi um dos maiores poetas franceses de todos os tempos. Alguns o consideram um antecessor do parnasianismo, ou um romântico exacerbado. Pioneiro da linguagem moderna impôs à realidade uma submissão lírica. Quase toda a crítica moderna concorda que Baudelaire inventou uma nova estratégia da linguagem. Erich Auerbach observou que sua poesia foi a primeira a incorporar a matéria da realidade grotesca à linguagem sublimada do romantismo. Nesse sentido Baudelaire criou a poesia moderna, concedendo a toda realidade o direito de ser submetida ao tratamento poético.
A atividade de Baudelaire se dividiu entre a poesia, a crítica literária e de arte e a tradução. Seu maior título é Les Fleurs du mal, cujos poemas mais antigos datam de 1841. Além da celeuma judicial, o livro despertou hostilidades na imprensa e foi julgado por muitos como um subproduto degenerado do romantismo.
Tanto Les Fleurs du mal como os Petits poèmes en prose (1868; Pequenos poemas em prosa), depois intitulados Le Spleen de Paris (1869) e publicados em revistas desde 1861, introduziram elementos novos na linguagem poética, fundindo o grotesco ao sublime e explorando as secretas analogias do universo. Para fixar a nova forma do poema em prosa, Baudelaire usou como modelo uma obra de Aloïsius Bertrand, Gaspard de la nuit (1842; Gaspar da noite), se bem tenha ampliado em muito suas possibilidades.
Crítica de arte e traduções - Sua obra teórica também influenciou profundamente as artes plásticas do século XIX. Baudelaire destacou-se desde cedo como crítico de arte sempre buscando um princípio inspirador e coerente nas obras artísticas. O Salon de 1845 (Salão de 1845) e o Salon de 1846 (Salão de 1846) datam do início de sua carreira ("Salão" era o nome pelo qual se conhecia a mais importante mostra anual da pintura e da escultura francesas). Seus escritos posteriores foram reunidos em dois volumes póstumos, com os títulos de L'Art romantique (1868; A arte romântica) e Curiosités esthétiques (1868; Curiosidades estéticas). Revelam a preocupação de Baudelaire de procurar uma razão determinante para a obra de arte e fundamentam assim um ideário estético coerente, embora fragmentário, e aberto às novas concepções.
Extensão da atividade crítica e criadora de Baudelaire foram suas traduções (de 1852 a 1865) dos textos do poeta e contista norte-americano Edgar Allan Poe (por quem se entusiasmara já no final da década de 1840). Dos ensaios críticos de Poe, sobretudo "The Poetic Principle" (1876; "O Princípio Poético"), Baudelaire tirou as diretrizes básicas de suas poéticas voltadas contra os excessos retóricos: a exclusão da poesia dos elementos de cunho narrativo; e a relação entre a intensidade e a brevidade das composições.
Ainda um outro Baudelaire é o revelado em suas obras especulativas e confessionais. O sifilítico e usuário de drogas, surge em Les Paradis artificiels, opium et haschisch (1860; Os paraísos artificiais, ópio e haxixe), especulações sobre as plantas alucinógenas, parcialmente inspiradas nas Confessions of an English Opium-Eater (1822; Confissões de um comedor de ópio) do escritor inglês Thomas De Quincey; e de Journaux intimes (1909; Diários íntimos) - que contém "Fusées" (notas escritas por volta de 1851) e "Mon coeur mis a nu" ("Meu coração desnudo"), obra de cunho intimista e confessional, cuja primeira edição completa foi publicada em 1909. Tais escritos são o testamento espiritual do poeta, confissões íntimas e reflexões sobre assuntos diversos.
Em seus diários (publicados postumamente), revela-se profético e radical contestador da civilização moderna. Quer pelo interesse inerente a sua grande poesia, quer pelos vislumbres que essas confissões propiciam, Baudelaire se destaca entre os poetas franceses mais estudados por ensaístas e críticos. Jean-Paul Sartre situou-o como protótipo de uma escolha existencial que teria repercussões no século XX, enquanto a crítica centrada nas relações históricas, como a de Walter Benjamin, dedicou-se a examinar sua consciência secreta de uma relação impossível com o mundo social.
©Encyclopaedia Britannica do Brasil Publicações Ltda.
CHARLES PIERRE BAUDELAIRE nascido em Paris, no dia nove de abril de 1821, aos seis anos fica órfão de pai e, pouco mais de um ano depois, a mãe casa-se novamente com um major: este acontecimento causará em Baudelaire um trauma cujas conseqüências repercutirão em toda sua vida (ele viria a odiar o segundo marido da mãe, tanto que mais tarde, esse sentimento inspiraria sua atitude rebelde em face das convenções sociais e dos temas frívolos na poesia). Em 1832, o padrasto é promovido a tenente-coronel e transferido para Lyon, matricula Baudelaire no Colégio Real daquela cidade, mas em 1836 retorna a Paris onde seu padrasto fora chamado para um cargo junto ao Estado Maior. Estudou no Colégio Real de Lyon e Colégio Louis-Le-Grand (de onde fora expulso por não querer mostrar um bilhete que lhe foi passado por um colega), apesar disso, consegue passar no baccalauréat em 1839, mesmo ano em que o padrasto é nomeado general. Nessa mesma época datam os primeiros ensaios poéticos e a colaboração anônima no jornal satírico Corsaire Satan.
Em 1840, conflitos familiares levam o jovem poeta a morar sozinho na pensão Lévêque Bailly, onde conhece os poetas Gustave lê Vavasseur e Enerts Prarond, e inicia um relacionamento com Sarah, uma judia cujo nome de guerra como prostituta era Louchette. O padrasto odiado, preocupado com a vida libertina de Baudelaire, consegue convencê-lo a viajar para o Oriente: à Índia, o que força a interromper seus estudos, mas nunca chegou ao destino. Assim cumprindo o périplo da África, primeiramente na ilha Maurício, em seguida na Ilha da Reunião, mas volta para França em fevereiro de 1842. Na volta, participou da Revolução de 1848.
Atingindo a maioridade recebe a herança do pai falecido, mas a superestimando passa a viver num apartamento na Ilha de Saint Louise e a freqüentar a elite aristocrática.
Inicia um relacionamento com a mulata Jeanne Duval (que ele conhecera em Paris e por quem se apaixonou e a qual dedicou o ciclo de poemas "Vênus Negra"), figurante no teatro da Porte Saint Antoine; mas tendo como ocupação maior a prostituição. Fez amizades com Nerval, Balzac, Gautier e Banville; freqüenta o "Club dês Hashishins", um grupo de fumantes de haxixe que se reunia no Hotel Pimodan, onde passa a morar.
Inicia uma vida depravada que vai dilapidando de forma selvagem o patrimônio (dissipando seus bens nos meios boêmios de Paris, Por dois anos vive entre drogas e álcool e mulheres...).
Em 1844, endividado, foi submetido a conselho judiciário pela família. Sua mãe entra na justiça, acusando-o de pródigo, pede que seja declarado incapaz pelo tribunal. Então, sua fortuna torna-se controlada por um notário; um curador, o tabelião Désiré Ancelle, um tutor nomeado para controlar seus gastos.
Baudelaire permaneceu sempre em conflito com esse tutor.
Em 1845 publica Saison, publica também em varias revistas os primeiros poemas que iniciarão *LÊS FLEURS DU MAL. No mesmo ano tenta um suicídio frustrado que o faz momentaneamente se aproximar da família. Já em 1846 publica o Salon de 1846 no qual crítica sem piedade Vernet e exalta Delacroix; em 1847, uma revista publica La Fanfarlo (seu único romance. Trata-se, mais propriamente, de uma novela autobiográfica). Inicia uma relação turbulenta com a atriz de teatro Marie Daubrun, ficando ao lado dela até quando, velha e doente, não mais conseguirá levantar da cama. Começa então uma paixão por Apollonia Sabatier, chamada de "La Presidente", animadora de um dos mais famosos salões artísticos da época. Em 1857 publica uma série de 18 poesias. Mas 1857 é o ano mais importante da produção literária de Baudelaire, no dia 25 de junho são publicadas Lês Fleurs du Mal que é logo violentamente atacado por Lê Figaro, o livro é recolhido poucos dias depois sob acusação de obscenidade, blasfêmia e ultraje à moral e aos bons costumes; é condenado a um multa de 300 francos (reduzidos depois para 50) e o editor a uma multa de 100 francos e, mais grave, a Justiça obrigou-o a suprimir seis poemas da publicação, condição sem a qual a obra não poderia voltar a circular. Baudelaire aceitou a sentença e escreveu seis novos poemas “mais belos que os suprimidos”, segundo ele.
A obra só voltaria a ser publicada na integra em edições póstumas. Somente a partir de 1911 apareceram edições completas da obra. Tanto "As Flores do Mal" como "Pequenos Poemas em Prosa" (póstumos, 1869) introduziram elementos novos na linguagem poética, fundindo opostos existenciais como o sublime e o grotesco.
Sua admiração por Apollonia que havia correspondido seus cortejos começa a esfriar, rebaixada da condição de musa para amante, não poderá ser mais para ele uma "Madonna". O falecimento do padrasto favorece uma certa reaproximação com a mãe visitando-a vez ou outra e escrevendo-lhe cartas carinhosas e desesperadas.
A saúde de Baudelaire fica precária em conseqüência de uma sífilis contraída na juventude, que o leva recorrer ao éter e ao ópio.
Em 1860 sai a segunda edição de Lês Fleurs du Mal. Baudelaire se candidata a cadeira da Academia antes ocupada por Lacordaire, fato que provoca uma forte manifestação negativa pela imprensa parisiense e, no ano seguinte, seguindo conselho de Saint Beuve, retira sua candidatura. Há divergência, entre os estudiosos, sobre a principal razão pela qual Baudelaire tentou ingressar na Academia. Uns dizem que foi para se reabilitar aos olhos da mãe (que dessa forma lhe daria mais dinheiro), e outros dizem que ele queria se reabilitar com o público em geral, que via suas obras com maus olhos em função das duras críticas que ele recebia da burguesia. Desapontado pela incompreensão dos seus compatriotas, deixa Paris e viaja para Bélgica, mas não obtém o sucesso almejado. Retorna para a França onde sua situação financeira despenca e o leva a refugiar-se na Bélgica, os sinais da doença tornam-se mais evidentes com náuseas e vertigens. Em 1866 sai na Bélgica mais uma obra sua, mas no dia 15 de março daquele ano o poeta cai no chão da igreja de Saint Loup, vítima de um ataque de paralisia com sintomas de afasia. Num desespero materno sua mãe rompe todos os obstáculos e chega ao encontro do filho no dia dois de julho, removendo-o para Paris. Seus últimos anos foram obscurecidos por doenças de origem nervosa. Embora lúcido, perde completamente a fala e a paralisia progride velozmente até que no dia 31 de agosto de 1867, em Paris, após uma existência repleta de tribulações e uma longa agonia morre nos braços da mãe Charles Pierre Baudelaire aos 46 anos. Causa do óbito: paralisia geral.
Atualmente seu corpo encontra-se sepultado no Cemitério do Montparnasse, Paris.

Sua morte se dá quando mal começava a ser percebida sua influência duradoura sobre a evolução da poesia. Seu talento e intelecto só seriam totalmente reconhecidos depois. No século 20, tornou-se um ícone, influenciando direta e indiretamente toda a moderna poesia ocidental.
CRONOLOGIA
· 1821 - (9 de abril) Nasce em Paris Charles-Pierre Baudelaire, filho de François Baudelaire e Caroline Archimbaut-Dufays.
· 1827 - Morre François Baudelaire.
· 1828 - A sua mãe casa em segundas núpcias com o militar Jacques Aupick.
· 1832 - O Coronel Jacques Aupick é transferido para Lyon levando consigo a esposa e o seu filho Charles Baudelaire.
· 1833 – Em outubro Baudelarie é matriculado como aluno interno no Collège royal de Lyon.
· 1836 - O Coronel Jacques Aupick é nomeado para o Estado Maior do Exército em Paris. Aupick interna o enteado no Colégio de Louis-le-Grand. Recomeça assim os estudos em Paris.
· 1837 - Baudelaire obtém o segundo lugar no exame geral de fim de ano, além de conquistar o segundo prêmio num concurso de versos latinos.
· 1838 - Viagem aos Pirenéus com a mãe e o padastro. É após esta viagem que ele escreve o poema Incompatibilité.
· 1839 - 18 de abril: Expulsão do Colégio Louis-le-Grand por uma ninharia (negou-se a mostrar um bilhete que lhe passara um colega); Baudelaire conclui o curso colegial. Seu padastro é promovido a General da Brigada.
· - 12 de agosto: Baudelaire diploma-se;
- 2 de novembro: Primeira inscrição na Escola de Direito, que jamais freqüentará. Contrai a primeira de suas incontáveis afecções venéreas.
· 1840 - Baudelaire vive na pensão Lévêque et Bailly e faz amizade com dois jovens poetas, Gustave Le Vavasseur e Ernest Prarond.
· 1841 - Pressionado pela família e pelo padastro, que não admitiam sua independência e determinação, Baudelaire é obrigado a embarcar num navio em Bordeaux com destino a Calcutá. Meses depois o General Aupick, seu padastro, recebe uma carta do comandante do navio dando conta de que o jovem Baudelaire decidiu abandonar a viagem na Ilha de Réunion, não indo mais a Calcutá.
· 1842 - Retorna a França. Ligação com Jeanne Duval, uma jovem mulata que ele conhece no teatro Porte Saint-Antoine. Conhece Félix Tournachon, fotografo conhecido como Nadar, de quem fica muito amigo. Baudelaire atinge a maioridade e recebe a herança deixada por seu pai no valor de 75 mil francos. Passa a morar na Ilha de Saint-Louis em Paris.
· 1843 - Estréia numa colectânea literária chamada Vers. Muda-se para o Hotel Pimodan, conhece muitas pessoas ligadas às artes, como poetas, pintores e marchands. É nesse hotel que Baudelaire reencontra o poeta Theóphile Gautier, sua futura paixão Apolonie Sabatier, e Fernand Boissard, pintor morto prematuramente. É aí que instala o famoso Club des Haschischins, que inspirará Baudelaire para escrever a primeira parte dos Paraísos Artificiais.
· 1856 - 30 de dezembro: Contrato entre Baudelaire e a editora Poulet-Malassis e De Broise, à qual o poeta vende os direitos de As Flores do Mal.
· 1857 - 25 de junho: Lançamento de As Flores do Mal. A coletânea inclui 52 poemas inéditos.
- 7 de julho: A direção da Segurança Pública, Órgão do Ministério do Interior, alerta os Tribunais sobre o delito de ultraje à moral pública cometido pelo autor de As Flores do Mal. Dez dias depois, o Tribunal dá a conhecer sua resolução: é instaurada ação judicial contra Baudelaire e seus editores, e ordena a apreensão dos exemplares. No dia 11 de mesmo mês, o poeta escreve para a Poulet-Malassis rogando-lhe esconder “toda a edição”.
- 20 de agosto: Após ouvir a acusação de Ernest Pinard (o mesmo que conduziu o libelo acusatório contra Madame Bovary) e a defesa de Chaix d'Est-Ange, a 6.ª Vara Correcional condena Baudelaire à multa de 300 francos, seus editores à multa de 100 francos cada um e ordena o expurgo de seis poemas (Lesbos, Mulheres Malditas (Delfina e Hipólita), O Lestes, À; que esta sempre alegre, As jóias, As metamorfoses do vampiro, os chamados "Poemas condenados", incluídos na Marginália (1866) e depois definitivamente incorporados ao texto de As flores do Mal, como se vê a partir da primeira edição póstuma, de 1868).
· 1860 - 13 de janeiro: Primeira crise cerebral.
- 15 de novembro: O Ministro da Instrução Pública concede a Baudelaire uma indenização literária de 200 francos para As Flores do Mal. Estranha Política.
· 1861 - Março: Baudelaire se diz à beira do suicídio. O que ainda o impede de consumá-lo é o orgulho de não deixar seus negócios em desordem e o desejo de publicar suas obras de crítica.
· 1863 - 13 de janeiro: Baudelaire cede a Hetzel, por 1.200 francos, os direitos exclusivos de publicação dos Pequenos Poemas em Prosa e de As Flores do Mal¸ que já estavam vendidos a Poulet-Malassis.
· 1866 - 15 de março: Baudelaire passa uma nova temporada em Namur, na casa dos Rops. Durante umas visita a Igreja de Saint-Loup, o poeta escorrega e cai sobre as lajes. Os distúrbios cerebrais se declaram de forma irreversível. Removem-no para Bruxelas.
- 4 de julho: Baudelaire é internado na Casa de Saúde do Dr. Duval, à Rua Dôme, próximo à Étoile. O tratamento hidroterápico proporciona-lhe algumas melhoras. Em seu quarto, ornamentado com uma tela de Manet e uma cópia do retrato da duquesa de Alba, de Goya, ele recebe numerosos amigos.
- 31 de agosto: Morte de Baudelaire, que expira nos braços de sua mãe. Segundo o anúncio fúnebre, o poeta recebeu os últimos sacramentos.
1896 - Le tombeau de Charles Baudelaire, com colaboração de 39 escritores, entre os quais Mallarmé.
Les Fleurs Du Mal
Les Fleur Du Mal (em português, As Flores do Mal) é um livro escrito pelo poeta francês Charles Baudelaire, consideradas o marco da poesia moderna e simbolista.
As Flores do Mal reúnem de modo exemplar uma série de motivações da obra do poeta:
a queda;
a expulsão do paraíso;
o amor;
o erotismo;
a decadência;
a morte;
o tempo;
o exílio e
o tédio.

Pelas palavras de Paul Valéry: “As Flores do Mal não contém poemas nem lendas nem nada que tenha que ver com uma forma narrativa. Não há nelas nenhum discurso filosófico. A política está ausente por completo. As descrições, escassas, são sempre densas de significado. Mas no livro tudo é fascinação, música, sensualidade abstracta e poderosa”. “Neste livro atroz, pus todo o meu pensamento, todo o meu coração, toda a minha religião (travestida), todo o meu ódio”. - escreveu Baudelaire sobre sua obra em uma carta.
As Flores do Mal foi organizada em cinco secções segregadas tematicamente:
· Spleen et Idéal (Tédio e Ideal)
· Fleurs du Mal (Flores do Mal)
· Révolte (Revolta)
· Le Vin (Vinho)
· La Mort (Morte)


LINKS:
(IMAGENS originais de “As Flores do Mal”)

DUELLUM - Charles Baudelaire

DUELLUM
Dois inimigos se enfrentaram; suas armas
O ar tingiram de sangue e de ébrios esplendores.
Estes metais em duelo ecoam como alarmas
Da juventude exposta a impúberes amores.
Foram-se os gládios! Como a nossa juventude,
Querida! Mas as unhas e os dentes afiados
Logo vingam a espada e a adaga falsa e rude.
Ó corações em fúria e pelo amor magoados!
Na ravina apinhada de onças e leopardos
Rolam os heróis, um a outro abraçado,
E sua pele há de fazer florir os cardos.
- Pois este abismo é o inferno por tantos povoado!
Nele rolemos sem remorso, cruel parceira,
A fim de que o ódio nos aqueça a vida inteira!

Porto Alegre - minha cidade (ontem)







Porto Alegre - minha cidade (hoje)

Bagger288 - A Maior Escavadeira do Mundo

A maior escavadeira do mundo (da fábrica alemã ThyssenKrupp AG) Esta é a maior escavadeira rotativa do mundo. Foi construída pela Krupp, e aparece aqui cruzando uma auto-estrada na Alemanha (ao trafegar pelas estradas européias as rodovias têm de serem destruídas quando a Bagger 288 exige passagem por elas), a caminho do seu destino: uma mina de carvão a céu aberto. É mais barato fazer uma coisa como esta se locomover por si mesma do que construí-la ou remontá-la em campo, já que custou US$100 milhões, levou cinco anos para ser planejada e manufaturada, e mais cinco anos para ser montada!
Mede 95 metros de altura.
Tem 215 metros de comprimento (2,5 campos de futebol).
Pesa 45.500 toneladas (isso mesmo: quarenta e cinco mil e quinhentas toneladas!).
Requer somente cinco pessoas para operá-la.
Ela move-se sobre 12 lagartas - 8 na frente e 4 atrás -, cada uma delas medindo 3,6 metros de largura, 2,4 metros de altura e 14 metros de comprimento.
A rotativa tem 70 pés (21,336 metros) de diâmetro e é composta por 20 pás, com capacidade para 15 metros cúbicos cada uma (uma pessoa de 1,80 metro pode ficar em pé dentro dela).
Sua velocidade máxima é de 10 metros por minuto.
Tem capacidade para remover 76.455 metros cúbicos de material por dia.
Já ocorreu um acidente em que um dos "braços" dela "pescou" um trator...
Belo brinquedinho, não?