Google+ junho 2009 | A Pirâmide de Kukúlkan

O último reduto onde os Asseclas do CONCLAVE encontram-se...

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Imagens piratas... - 114











 


PIRATAS!!! - Cap. 114

Mais tarde ele o sacrificaria e bebendo 
seu sangue faria suas as energias 
que emanavam daquele 
homem singular de aparência rude.
O tempo passou e paulatinamente 
aquele homem sinistro que fora 
rebaixado à categoria de escravo 
do líder tribal engendrou 
um maquiavélico plano que iria 
pôr de cabeça para baixo 
a vida naquelas tendas! 
Após observar atentamente 
por alguns meses o comportamento e 
os valores daquele povo, 
Sangre decidiu seu plano de ação.
E uma manhã, após os festejos 
por uma caçada bem-sucedida 
defrontou-se com o jactancioso 
chefe deles, desobedecendo-o 
frontalmente e quando este fez 
o gesto para puni-lo Sangre 
segurou sua mão e cuspiu nela. 
Os presentes imediatamente 
elevaram a voz em uma palavra gutural, 
porém plena de um significado há muito 
já conhecida por Sangre: TZURIK!
E segundo os costumes, 
NINGUÉM JAMAIS PODERIA 
ESQUIVAR-SE A UM DESAFIO
PRINCIPALMENTE O CHEFE!!!
Era de se esperar que um rebelde 
como Sangre não permaneceria 
muito tempo sob o jugo alheio, 
seu espírito indômito 
e sua sagaz inteligência inevitavelmente 
o fariam virar o jogo.
A luta não era muito justa, 
apesar de ser “mano a mano”, 
com o uso de primevas armas 
não familiares a um europeu: 
um tipo de borduna e um 
machado de obsidiana! 
E o local da contenda também 
não era dos mais favoráveis 
a um não nativo: um velho e grosso 
tronco de árvore morta atravessada 
sobre um cenote onde bem 
lá embaixo ainda vislumbram-se 
os pálidos crânios de 
desafiadores malsucedidos...
Nada bom; entretanto Sangre 
estava estranhamente calmo e 
encarava seu adversário nos olhos 
com destemor.

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Imagens piratas... - 113












PIRATAS!!! - Cap. 113



Este relato consta no Diário de Bordo 
do galeão espanhol  Demônio Maia
apesar disso por algum motivo desconhecido 
quem o escreveu fez questão de não mencionar 
datas ou localizações exatas, 
deixando estranhas lacunas que apenas 
tornam este texto mais tenebroso 
do que ele já é. 
Recomenda-se aos leitores mais sensíveis 
que pulem esta parte.

Como o Capitão Sangre tornou-se 
um assecla do Conclave?

O navio Demônio dos Mares
atracou ao largo de uma baía 
em algum ponto perdido da 
Península do Yúcatan para reparos 
após uma titânica batalha com a 
esquadra da Rainha Elizabeth.
Os marujos estavam cansados, 
feridos e famintos. 
Não é de se espantar que tenham 
sido apanhados de surpresa 
no meio da noite e sido rendidos 
pela tribo que habitava aquelas cercanias. 
De todos o que mais deu trabalho 
sem dúvida foi seu capitão: 
um homem grande, forte, decidido 
e que não se entregava não importando 
quantos fossem seus adversários. 
Caiu somente após ser alvejado 
por vários dardos de zarabatanas. 
Os nativos ficaram abismados 
com a resistência daquele 
homem estranho e de aspecto altivo. 
Normalmente um dardo mataria 
um homem em segundos, mas ele não! 
Mesmo alvejado DEZENAS de vezes 
continuou lutando como um animal enfurecido 
e matou incontáveis inimigos 
até desabar inconsciente, porém, vivo. 
Os sobreviventes e seu capitão 
foram levados à aldeia. 
Uma tribo de ascendência maia que adorava 
uma antiga e obscura divindade 
chamada por eles de KUKÚLKAN
O líder tribal fez questão de tê-lo 
como escravo pessoal, 
era uma maneira a mais de 
demonstrar seu poder, humilhando 
um valoroso adversário.

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Imagens piratas... - 112


















PIRATAS!!! - Cap. 112

Prometera a sua rainha cumprir
a missão que lhe fora outorgada
e assim ele o faria,
custasse o que custasse!
Tranca-se em sua cabina,
põe-se a examinar e reexaminar,
mapas, rotas, ilhas...
Onde Sangre iria para os reparos
que não correria riscos
de um novo ataque?
— Pense homem, pense!
Em que buraco do inferno
aquele demônio miserável
pode haver se enfiado?
Esbravejava consigo mesmo!
A manhã chega e ele ainda
não tinha uma resposta,
o dia passa e ele não sai
de sua cabina, noite adentro
ele continuou matutando,
refletindo, calculando.
Era madrugada quando
seu imediato Moreia veio
trazer-lhe uma tigela
de sopa quente.
— Por favor, senhor,
tem de se alimentar,
coma alguma coisa!
Drake vira-se, o olhar louco,
vidrado, de um homem
a beira do colapso total!
— Comer? Comer?
Que me importa comer,
beber ou viver, homem?
Que me importa tudo se
Sangre deixou-me sem nada!
E agarrando o reles imediato
pelos gorgomilos atira-o ao chão
e torna a sopa íntima da parede!
Arfando como um touro bravo
ele olha para seu subalterno
prostrado aos seus pés e então,
voltando os olhos na direção
da parede contempla
os nacos de peixes e vegetais
da sopa escorrerem
vagarosamente ao longo
da parede como algas
agarradas aos costados
de um navio.
— Como algas...
Sussurra Drake, então algo desperta
em sua mente perturbada:
— Sargaços! O Mar de Sargaços!
O desgraçado dará a volta,
contornando o Mar de Sargaços
pelo sul! É claro!
Em alguma daquelas ilhotas
perdidas ele deve ter
um esconderijo.
Moreia, trace rota rumo ao
Mar dos Sargaços e traga-me
três tigelas dessa gororoba
remelenta que nosso cozinheiro
tem a petulância de chamar de sopa!
Estou morto de fome!
E assim dizendo estendeu
a mão ao imediato,
ajudando-o a erguer-se.
Moreia, surpreso com a
súbita mudança de humor
de seu capitão,
aceita a mão estendida.
Em pé novamente,
comenta sorrindo:
— Se quando trouxe uma,
estava tão ruim que o senhor
jogou a tigela e a mim longe,
imagino que se eu trouxer três,
caminharemos na prancha,
 as tigelas e eu!
Uma gargalhada como
há muito tempo não se ouvia
ecoou pelo alquebrado
Golden Hind.

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