PIRATAS!!! - Cap. 114
Mais tarde ele o sacrificaria e bebendo
seu sangue faria suas as energias
que emanavam daquele
homem singular de aparência rude.
O tempo passou e paulatinamente
aquele homem sinistro que fora
rebaixado à categoria de escravo
do líder tribal engendrou
um maquiavélico plano que iria
pôr de cabeça para baixo
a vida naquelas tendas!
Após observar atentamente
por alguns meses o comportamento e
os valores daquele povo,
Sangre decidiu seu plano de ação.
E uma manhã, após os festejos
por uma caçada bem-sucedida
defrontou-se com o jactancioso
chefe deles, desobedecendo-o
frontalmente e quando este fez
o gesto para puni-lo Sangre
segurou sua mão e cuspiu nela.
Os presentes imediatamente
elevaram a voz em uma palavra gutural,
porém plena de um significado há muito
já conhecida por Sangre: TZURIK!
E segundo os costumes,
NINGUÉM JAMAIS PODERIA
ESQUIVAR-SE A UM DESAFIO,
PRINCIPALMENTE O CHEFE!!!
Era de se esperar que um rebelde
como Sangre não permaneceria
muito tempo sob o jugo alheio,
seu espírito indômito
e sua sagaz inteligência inevitavelmente
o fariam virar o jogo.
A luta não era muito justa,
apesar de ser “mano a mano”,
com o uso de primevas armas
não familiares a um europeu:
um tipo de borduna e um
machado de obsidiana!
E o local da contenda também
não era dos mais favoráveis
a um não nativo: um velho e grosso
tronco de árvore morta atravessada
sobre um cenote onde bem
lá embaixo ainda vislumbram-se
os pálidos crânios de
desafiadores malsucedidos...
Nada bom; entretanto Sangre
estava estranhamente calmo e
encarava seu adversário nos olhos
com destemor.
seu sangue faria suas as energias
que emanavam daquele
homem singular de aparência rude.
O tempo passou e paulatinamente
aquele homem sinistro que fora
rebaixado à categoria de escravo
do líder tribal engendrou
um maquiavélico plano que iria
pôr de cabeça para baixo
a vida naquelas tendas!
Após observar atentamente
por alguns meses o comportamento e
os valores daquele povo,
Sangre decidiu seu plano de ação.
E uma manhã, após os festejos
por uma caçada bem-sucedida
defrontou-se com o jactancioso
chefe deles, desobedecendo-o
frontalmente e quando este fez
o gesto para puni-lo Sangre
segurou sua mão e cuspiu nela.
Os presentes imediatamente
elevaram a voz em uma palavra gutural,
porém plena de um significado há muito
já conhecida por Sangre: TZURIK!
E segundo os costumes,
NINGUÉM JAMAIS PODERIA
ESQUIVAR-SE A UM DESAFIO,
PRINCIPALMENTE O CHEFE!!!
Era de se esperar que um rebelde
como Sangre não permaneceria
muito tempo sob o jugo alheio,
seu espírito indômito
e sua sagaz inteligência inevitavelmente
o fariam virar o jogo.
A luta não era muito justa,
apesar de ser “mano a mano”,
com o uso de primevas armas
não familiares a um europeu:
um tipo de borduna e um
machado de obsidiana!
E o local da contenda também
não era dos mais favoráveis
a um não nativo: um velho e grosso
tronco de árvore morta atravessada
sobre um cenote onde bem
lá embaixo ainda vislumbram-se
os pálidos crânios de
desafiadores malsucedidos...
Nada bom; entretanto Sangre
estava estranhamente calmo e
encarava seu adversário nos olhos
com destemor.
PIRATAS!!! - Cap. 113
Este relato consta no Diário de Bordo
do galeão espanhol Demônio Maia,
apesar disso por algum motivo desconhecido
quem o escreveu fez questão de não mencionar
datas ou localizações exatas,
deixando estranhas lacunas que apenas
tornam este texto mais tenebroso
do que ele já é.
Recomenda-se aos leitores mais sensíveis
que pulem esta parte.
Como o Capitão Sangre tornou-se
um assecla do Conclave?
O navio Demônio dos Mares,
atracou ao largo de uma baía
em algum ponto perdido da
Península do Yúcatan para reparos
após uma titânica batalha com a
esquadra da Rainha Elizabeth.
Os marujos estavam cansados,
feridos e famintos.
Não é de se espantar que tenham
sido apanhados de surpresa
no meio da noite e sido rendidos
pela tribo que habitava aquelas cercanias.
De todos o que mais deu trabalho
sem dúvida foi seu capitão:
um homem grande, forte, decidido
e que não se entregava não importando
quantos fossem seus adversários.
Caiu somente após ser alvejado
por vários dardos de zarabatanas.
Os nativos ficaram abismados
com a resistência daquele
homem estranho e de aspecto altivo.
Normalmente um dardo mataria
um homem em segundos, mas ele não!
Mesmo alvejado DEZENAS de vezes
continuou lutando como um animal enfurecido
e matou incontáveis inimigos
até desabar inconsciente, porém, vivo.
Os sobreviventes e seu capitão
foram levados à aldeia.
Uma tribo de ascendência maia que adorava
uma antiga e obscura divindade
chamada por eles de KUKÚLKAN!
O líder tribal fez questão de tê-lo
como escravo pessoal,
era uma maneira a mais de
demonstrar seu poder, humilhando
um valoroso adversário.PIRATAS!!! - Cap. 112
Prometera a sua rainha cumprir
a missão que lhe fora outorgada
e assim ele o faria,
custasse o que custasse!
Tranca-se em sua cabina,
põe-se a examinar e reexaminar,
mapas, rotas, ilhas...
Onde Sangre iria para os reparos
que não correria riscos
de um novo ataque?
— Pense homem, pense!
Em que buraco do inferno
aquele demônio miserável
pode haver se enfiado?
Esbravejava
consigo mesmo!
A manhã chega
e ele ainda
não tinha uma
resposta,
o dia passa e
ele não sai
de sua
cabina, noite adentro
ele continuou
matutando,
refletindo,
calculando.
Era madrugada
quando
seu imediato
Moreia veio
trazer-lhe
uma tigela
de sopa
quente.
— Por favor, senhor,
tem de se alimentar,
coma alguma coisa!
Drake
vira-se, o olhar louco,
vidrado, de
um homem
a beira do
colapso total!
— Comer? Comer?
Que me importa comer,
beber ou viver, homem?
Que me importa tudo se
Sangre deixou-me sem nada!
E agarrando o
reles imediato
pelos
gorgomilos atira-o ao chão
e torna a
sopa íntima da parede!
Arfando como
um touro bravo
ele olha para
seu subalterno
prostrado aos
seus pés e então,
voltando os
olhos na direção
da parede
contempla
os nacos de
peixes e vegetais
da sopa escorrerem
vagarosamente
ao longo
da parede
como algas
agarradas aos
costados
de um navio.
— Como algas...
Sussurra
Drake, então algo desperta
em sua mente
perturbada:
— Sargaços! O Mar de Sargaços!
O desgraçado dará a volta,
contornando o Mar de Sargaços
pelo sul! É claro!
Em alguma daquelas ilhotas
perdidas ele deve ter
um esconderijo.
Moreia, trace rota rumo ao
Mar dos Sargaços e traga-me
três tigelas dessa gororoba
remelenta que nosso cozinheiro
tem a petulância de chamar de sopa!
Estou morto de fome!
E assim
dizendo estendeu
a mão ao
imediato,
ajudando-o a
erguer-se.
Moreia,
surpreso com a
súbita
mudança de humor
de seu
capitão,
aceita a mão
estendida.
Em pé
novamente,
comenta
sorrindo:
— Se quando trouxe uma,
estava tão ruim que o senhor
jogou a tigela e a mim longe,
imagino que se eu trouxer três,
caminharemos na prancha,
as tigelas e eu!
Uma
gargalhada como
há muito
tempo não se ouvia
ecoou pelo
alquebrado
Golden Hind.
Assinar:
Postagens (Atom)