O pássaro negro volteia e
pousa no ombro do velho
capitão.
― E aí? Encheu a
barriga?
O corvo
sacode a
cabeça perpendicularmente.
― Ótimo! É bom
mesmo! Acho que
os tubarões comeram todos os outros,
mas se acharmos algum
espanhol,
pode se servir à vontade!
A ave sacode as asas animadamente
enquanto grasna
como se tivesse
entendido à perfeição as palavras
do pirata maldito.
O crocitar acorda os demais.
Mèrton (que sonhava
com sua amada)
desperta mal humorado.
― Alguém lacre o
bico dessa
ave maldita com alcatrão!!!
― Bem vindo de
volta ao
mundo dos vivos, Sarresian.
– sussurra Morgan ao seu ouvido,
para em
seguida berrar:
― Agora levante
esse rabo molhado
daí e trate de ser útil ou eu mesma
termino de afogar essa
sua carcaça
de peixe podre aqui e agora!!!
Pondo-se de pé em um pulo o
infeliz marujo
balbucia:
― Sim capitã!
Imediatamente capitã,
agora mesmo capitã!
E lépido como uma lebre se põe
a levantar os demais
e “incentivá-los”:
― Ergam-se suas
lesmas do mar!!!
De pé!!! Temos muito que fazer e
não é dormindo com os peixes
que sairemos desta ilha esquecida
por Deus!!! Levantem-se, vamos!!!
Trôpegos e ainda meio zonzos
os piratas se põem de
pé.
Por fim Sarresian volta-se
para sua nova capitã
(especialmente mais bela por
seus trajes esfarrapados
mais
revelarem que ocultarem...)
e relata:
― Além de mim, da senhora,
do
velho John Crow,
do timoneiro Craca e
o Richard Knife’n Boot ali
sobreviveram oito
dos nossos.
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Se veio até aqui, não recue!
Se és contra, a favor ou muito pelo contrário(?!),
tanto faz...
Afinal, esta é uma tribuna livre.
E uma certeza podes ter como absoluta:
RESPOSTA TU TERÁS!!!!!!