Google+ PIRATAS!!! - Cap. 397 | A Pirâmide de Kukúlkan

O último reduto onde os Asseclas do CONCLAVE encontram-se...

PIRATAS!!! - Cap. 397

Fazendo pose de importante
o bucaneiro explica:
― Ah, tu ainda não estás sabendo?
O francês pediu a Sangre
baixa do posto,
prefere ser apenas o timoneiro.
Exercer o papel de imediato
o estava sobrecarregando
e agora que ele encontrou
a sala secreta de Salazar,
tem muito o que fazer...
Tais palavras imediatamente
aguçam a curiosidade de Estevãn:
― Opa! Que história
é essa de sala secreta?
― Está muito desinformado Onça,
mas teremos tempo para falar disso.
O capitão não espera, bem sabes...
E afasta-se rumo a toldilla.
Sangre o saúda de bom humor.
― Vejo que já tomou posse
de tua antiga posição, Ramirez.
Feliz como um cação em meio
a um cardume de sardinhas
o pirata responde demonstrando
ciência da embarcação.
― Com certeza, senhor!
Não é o Demônio Maia, mas
ainda assim é um bom navio.
― Verdade. O contramestre
acredita que atravessaremos
o Estreito de Gibraltar
até a próxima lua cheia.
O que achas disso?
Ramirez franze o cenho.
Há dúvida em seu rosto.
― A nau é veloz capitão,
mas será mesmo tanto assim
como crê ele?
Sangre apanha a luneta
e perscrutando o horizonte
fala em tom levemente reflexivo.
― Marujo; naveguei os sete mares
em tudo que a mão humana
já construiu, mas jamais
encontrei belonave deste tamanho
que fosse tão leve.
Não sei que tipo de madeira
ou artimanhas de armador
Salazar fez uso,
mas algo neste vaso de guerra
o tornou diferente.
Aquilo ia além dos
conhecimentos de Ramirez
que contrapõe com humildade.
― Se o senhor assim o diz...
Pouco entendo de engenharia naval,
meus saberes se restringem
à lida e a lide.
― Disso nunca tive dúvidas,
imediato.
Sangre recolhe a luneta
e caminha rumo à cabina do capitão.
Ramirez o acompanha.
Lá dentro o rum umedece
as gargantas sedentas.
― E falando em combate,
como está o Onça?
Já recuperado?
― E como não? Comendo igual
a um tubaronne!
― Imagino... Apesar de ter
se safado tão habilmente
da Prova da Coragem,
ele ainda deve ser punido
por suas violações a nossa Lei...
Sangre estava tramando alguma
e sua voz não disfarçava isso...
Curioso, o imediato anui e indaga:
― Certamente capitão.
A Lei deve ser respeitada por todos!
O que tem em mente?
O açoite?
Enchendo os copos
com mais rum,
o velho pirata maldito
revela em tom maquiavélico
suas ocultas intenções:
― Não. Pensei algo que irá
fazê-lo pensar duas vezes
antes de aprontar outra!
É notória a glutônice dele
por aqueles tubérculos
do Novo Mundo...
― Batatas! – completa Ramirez.
― Isso mesmo, as tais batatas.
O contramestre disse-me que
há uma carga delas a bordo.
― E? – a curiosidade estava a
mordiscar a mente do imediato.
― Estevãn terá uma tarefa
que irá ocupá-lo até
desembarcarmos em
terra firme novamente:
descascar todas
e ai dele se relar o dente
em uma única batatinha!
Vá e execute minha ordem!
Ramirez ergue-se de pronto
e com um sorriso descarado
estampado na cara
responde jovial:
― Imediatamente senhor!

Finalmente o navio
voltou a singrar os mares,
um tanto cambaleante,
é verdade, mas resoluto
em seu destino: a Espanha.
Faz uma pequena parada
próxima a Port Royal
onde desembarcam
os velhos corsários ingleses
a quem Olavídez dera guarida
na Ilha do Desespero
e dali segue direto
ao Velho Continente.
Sangre, praticamente
não pronuncia uma única palavra
a viagem inteira, a não ser quando
absolutamente necessário,
no mais passa a
maior parte do tempo
trancado em sua cabine.
Contrariando as expectativas
de Pierre, o tempo que ele
e o contramestre teriam
para se dedicar ao
laboratório de alquimia
estava sendo escasso.
Não foram os únicos
a terem as esperanças frustradas:
Onça não poderia
estar mais louco e faminto
por batatas. Cercado por elas
até o teto, descascando
uma após a outra e
vigiado feito uma virgem;
não podia nem sonhar
em degustar aqueles
deliciosos rizomas!
E choramingando entre
as batatas rezingava:
Que tortura odiosa!
Sangre não tem coração mesmo!


O capitão Sangre convoca a sua presença
o imediato Ramirez...


...no intuito de tomar ciência da sua avaliação
d'El Bravio de Los Mares.


O contramestre acredita que muito em breve
estarão no Mediterrâneo...


...e após sondar as águas com sua luneta,
capitão e o imediato dirigem-se à...


...cabina...


...onde embalado pelo sabor do rum...


...Sangre revela a punição que aplicará ...


...ao pirata pinguço: o Onça!


Alguns dias depois o galeão acerca-se de...


...Port Royal, onde desembarcam os velhos corsários
que ajudaram Olavídez a deter o Golden Hind!


Parada curta, em seguida içam âncora....


...rumo a saudosa Espanha.


Pierre por sua vez lamenta não ter tempo de...


...inteirar-se do laboratório alquímico
do finado Salazar.




Já Estevãn, amarga o cruel castigo que lhe foi destinado:
passar a viagem inteira descascando batatas
e não pode comê-las!!!

Sidinei Lander da Silva Pereira: Mestre de RPG, aprendiz de escritor, leitor voraz, quadrinista fanático, cinéfilo compulsivo, agnóstico independente, livre-pensador, fã incondicional de O Senhor dos Anéis (livro e filme), música para mim é Clássica, Jazz, Blues, Rock'n Roll e Metal! E tenho dois gatos... Quer saber mais sobre mim? Veja meu perfil no Google Plus!

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