Google+ PIRATAS!!! - Cap. 394 | A Pirâmide de Kukúlkan

O último reduto onde os Asseclas do CONCLAVE encontram-se...

PIRATAS!!! - Cap. 394

― Quando partimos?
– indaga Cervantes
ao contramestre.
― Com essa maré
e o vento que está soprando
poderíamos levantar âncoras
ainda hoje, mas Sangre
não quer arriscar outro encalhe...
Não conhecemos tão bem
os recifes deste lado da ilha,
seria arriscado.
― Então teremos de passar
mais uma noite
nesta ilha miserável?
Plunkett dá de ombros.
― E que opção nos resta amigo?
Apesar da indisposição
do Aranha-Do-Mar
para com a ínsula
(não injustificável, que se diga!)
a noite transcorre sem incidentes
e ao amanhecer todos
(menos certos preguiçoso...)
estão de pé e prontos
para embarcar.
Após uma breve azáfama
de última hora o navio
está tripulado e pronto
para partir.
Sangre vai até castillo
e de lá fala a todos
seus comandados.
― Homens, chegou o momento
de partirmos desta ilha execrável
que faz por merecer seu nome.
Mas antes de içarmos a âncora
temos exterminar uma ratazana!
Um burburinho preocupado
percorre o tombadilho.
― Temos a bordo um rato
que muito fez para ter
minha atenção.
Mentiu, traiu, enganou,
pisoteou a Lei dos Piratas
como uma putana de taverna!
Sabem a quem me refiro.
Tragam-no aqui.
Arrastado por dois
enormes brutamontes
o Onça é levado de
mãos amarradas perante
a presença do capitão.
A tripulação faz um semicírculo
em derredor dele.
Ainda zonzo de sono e ressaca,
busca apreender o que
estava acontecendo.
É quando ele olha para Sangre
lá no alto que entende
o que estava havendo:
um julgamento pirata.
O capitão prossegue.
― Sabe, devo admitir Onça,
tu soubeste me colocar
em uma situação difícil.
E bem poucos homens
conseguiram isso.
Morgan é uma vagabunda,
Narval uma víbora
e Drake meu demônio pessoal,
mas tu? Tu és um pé-no-saco!
Fizestes de meu navio
o circo de tuas palhaçadas!
Mas isso acaba hoje!
Estevãn engole em seco,
pois sabe que não adianta
clamar por misericórdia.
Aquele coração negro
desconhece tal sentimento.
― Já matei homens e mulheres
de todas as formas conhecidas ou não.
A tiro, com a espada,
machado, punhal, com as mãos,
já desmembrei, esquartejei,
decapitei, decepei, estripei,
ceguei, castrei e por aí vai...
Mas para ti pensei em algo... Especial!
Algo que nunca fiz antes!
Um verdadeiro espetáculo
que irá entreter esta
cansada tripulação que
há muito necessita
de alguns momentos de diversão.
Sinta-se honrado, Estevãn:
hoje tu serás o centro das atenções,
como sempre foi de tua vontade.
O horror toma a alma
do pobre corsário.
Mudo de tanto medo,
mal consegue balbuciar
algumas palavras desconexas:
― A prancha? Os tubarões?
― Não, não, não....
O “grande” Onça merece
uma morte mais apropriada
do que meramente
virar comida de peixe!
Foi-me sugerido
arrancar-te o couro a chibatadas
e deixar-te de molho em salmoura
ou leva-lo de volta a Espanha
pendurado pelos dedões
no alto do mastro principal,
amarrado com as tripas
de algum inglês...
Mas para tua sorte
os ingleses fugiram todos
e as tripas dos velhos
que ficaram para trás
não sustentariam
teu corpanzil até lá...
De modo que dediquei
algumas horas pensando
em como aplicar-te
o corretivo adequado.
E definitivo.
Neste momento cinco piratas
puxando grossas cordas,
arrastam até o centro do convés
o que parece ser um
imenso caixote coberto
por pano de maior tamanho ainda.
Da caixa procedem ruídos medonhos,
urros bestiais.
Os piratas soltam as cordas
e tratam de se afastarem
o mais rapidamente possível dali.
Com um sorriso macabro,
Sangre questiona o réu.
― Já ouviu falar na
Prova da Coragem, Estevãn?
Nesse momento,
Plunkett aproxima-se
da ponta do pano e o puxa
revelando o que havia por baixo:
uma jaula e dentro dela
um imenso, selvagem
e famélico gorila!

O dia mal nascia e muitos
já estavam de pé ansiosos por partir...


...animados com a proximidade de içar âncora
e lançarem-se ao mar novamente!


Todavia, antes d'El Bravio de Los Mares voltar a navegar...


...seu capitão pretende aplicar
um corretivo DEFINITIVO no Onça!


Caminharia ele pela prancha?


Talvez o gato-de-Nove-Caudas miasse...


...até arrancar-lhe o couro?


Quiçá retornasse à Espanha pendurado
pelos dedões dos pés no mastro da mezena?


Nada disso! Sangre pensou em algo
bem mais sanguinário e selvagem!

Sidinei Lander da Silva Pereira: Mestre de RPG, aprendiz de escritor, leitor voraz, quadrinista fanático, cinéfilo compulsivo, agnóstico independente, livre-pensador, fã incondicional de O Senhor dos Anéis (livro e filme), música para mim é Clássica, Jazz, Blues, Rock'n Roll e Metal! E tenho dois gatos... Quer saber mais sobre mim? Veja meu perfil no Google Plus!

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