Google+ PIRATAS!!! - Cap. 398 | A Pirâmide de Kukúlkan

O último reduto onde os Asseclas do CONCLAVE encontram-se...

PIRATAS!!! - Cap. 398

Longe dali e semanas depois,
em um dia particularmente
ensolarado e luminoso,
a nau Lei de Elizabeth
e o Golden Hind
adentram em triunfo
ao porto de Londres.
Recebidos com rebuliço
pelo populacho
e honras militares
pelo alto oficialato britânico.
No dia seguinte,
devidamente descansados,
recompostos e em trajes apropriados,
apresentam-se perante a própria
Rainha da Inglaterra.
Formalidades, pompa e circunstância:
tudo seguindo à risca o protocolo,
esta entidade tão cara aos britânicos.
Perante a corte e
demais autoridades presentes,
Francis Drake e Narval
fazem um breve relatório
de suas aventuras
e enfrentamentos com o inimigo,
apenas poupando a todos
dos detalhes mais sanguinolentos,
pois o banquete real
estava por ser servido.
Mais tarde, a portas cerradas
em uma audiência particular
com Sua Majestade:
Francis Drake,
Narval,
Johnny Wisblender,
Lady Cathéryn GreenStell of York
(mais conhecida como a pirata Morgan),
Aislyin e Sarresian
(presente por influência de John)
relatam em detalhes os acontecimentos,
muitos dos quais deixam a soberana
literalmente sem fôlego!
Ao final da narrativa,
Elizabeth ergue-se de
sua Poltrona Real,
caminha silenciosamente pelo salão
e voltando-se ao pequeno
grupo de corsários diz:
― Vós enfrentastes aventuras sem fim
e apesar de o tesouro espanhol
haver se perdido,
encontraram e trouxeram de volta
minha amada sobrinha.
E isso para mim tem mais valor
que todo o ouro das colônias.
Lady Cathéryn faz uma mesura,
inclinando-se perante Sua Majestade
e aproveitando o ensejo pede a palavra.
― Excelência, durante o decorrer
de nossa jornada, em que
fui tão heroicamente resgatada
por estes bravos homens;
conheci o amor...
Elizabeth arregala os olhos.
― De forma que venho a vós
pedir-lhe a benção para nossa união.
A sobrinha da rainha estende a mão
a Narval que a segura
com viril delicadeza e reitera o rogo
feito por sua amada.
― É verdade, Vossa Majestade,
nossos corações 
se encontraram no mar
e desde então sonhamos 
com este momento...  
– antes que Narval prossiga
a rainha ergue a mão e ele se cala.
Elizabeth I aproxima-se de sua protegida,
beija-a na testa e anui.
― Vossa felicidade é
minha felicidade, Cathéryn.
Se ama de fato a este homem,
permito e abençoo vosso enlace.
– e voltando-se ao capitão
aconselha-o com severidade.
― Estou lhe concedendo o tesouro
mais preciso do Império Britânico,
capitão Narval. Zele por ela
de todo coração e a proteja-a
com vossa vida.
– ao que o pirata responde
respeitosamente:
― Sempre, Majestade, sempre.
Em terra e no mar.
Nesse instante, a doce e suave nobre
revela um brilho diferente no olhar.
― Majestade, se não for abusar
dos vossos favores, gostaria
que considerasse meus préstimos
ao Estado não apenas no papel
de vossa conselheira,
mas como corsária sob
a bandeira do Império.
O pedido de Lady Cathéryn
colhe a rainha de surpresa.
Aturdida com aquela
ideia estranha ela hesita.
É quando Francis Drake
adianta-se e expõe
seu apoio à Morgan.
― Excelência, Lady Cathéryn
deu provas incontestes
de ser uma grande capitã,
perfeitamente capacitada
a comandar seu próprio navio.
E, por mais que me custe admitir isso,
se não fosse a coragem e desenvoltura
de sua sobrinha, temo que esta missão
não acabasse bem...
Impressionada com o testemunho
ofertado por seu maior 
comandante naval,
a rainha se pronuncia:
― Esta seria uma decisão inédita
no reino britânico: uma mulher
a comandar o próprio navio!
E sob bandeira corsária!
Terei de refletir um pouco
antes deliberar.
E dirigindo a palavra a Drake
intima-o a uma nova missão.
― Nossos espiões em Madrid
revelaram que Filipe II pretende
enviar toda a Invencível Armada 
contra o Reino Unido.
Esta será com certeza uma batalha
a ser registrada nos livros
e caberá a vós liderar nossa esquadra.
Diga-me, capitão Francis Drake,
estais pronto para 
ser parte da História?
Sem hesitação o Corsário da Rainha
ajoelha-se perante ela,
desembainha a sua lâmina
e segurando-a pelo cabo
afirma categórico:
― Minha espada sempre esteve
e sempre estará aos vossos serviços,
Majestade.
Em ato contínuo, os demais
repetem a mesma ação
inclusive as mulheres,
apesar de não portarem armas
(difícil mesmo foi para
John Crow e sua perna-de-pau).
― Vós vos reportareis apenas a mim 
e ao Almirante Charles Howard.
A reunião estende-se por
mais algum tempo
e ao fim todos se despedem
respeitosamente de Sua Majestade.
Porém, antes de sair da sala,
Elizabeth detém John Crow.
As portas fecham-se 
com um estrondo
e ambos ficam a sós 
no aposento.

Duas semanas depois 
o Golden Hind
a belonave de Narval 
emergem em perfeita condições 
do Estaleiro Real. 
Assim como o 
novíssimo galeão 
destinado a única 
capitã corsária da 
Marinha de Sua Majestade. 
E Morgan não hesita ao batizá-lo:
Killer Dagger II.
Nem é preciso dizer
as sérias ressalvas que Narval
fez a esta denominação...
Mas como convencer aquela mulher?
No lançamento da belonave
um velho lobo do mar
acompanhado de seu
indefectível mascote
vem dar os parabéns
à capitã e seu noivo.
Narval o recebe jovial
e à moda bucaneira:
John Crow, sanguinário
pirata maldito! Se existe
um bastardo filho
de uma rameira com um demônio,
és tu! Merecia a forca,
ter o corpo coberto de alcatrão
e penas para ser exposto
ao desprezo da plebe!!!
Todavia, dentre todos nós,
foi quem a Sorte mais favoreceu!
Caístes nas boas graças
da Rainha, velho pirata!
John responde ao cumprimento
com igual cordialidade:
― Não foi bem nas graças, Narval....
Foi no leito real mesmo!
Sua Majestade tem um fraco
por homens broncos e rudes
fedendo a maresia e a carnificina.
A conversa animada estende-se
por mais alguns minutos,
em seguida o velho corsário
manquitola até seu novo navio,
uma pequena nau, de nome Moreia.
Baixo poder de fogo,
porém a mais veloz embarcação
sob a bandeira inglesa e
a única a bater o Golden Hind  
o em uma disputa.

Outro que se deu bem
foi Sarresian “Reneger” Mèrton,
que beneficiado
pela intervenção
de John junto à rainha,
livrou-se de um grave
problema familiar:
uma chantagem sórdida e suja
que ameaçava sua família!
Graças à influência de Elizabeth I
junto ao rei Henrique de Navarra
(Henrique IV) sua família agora
contava com o amparo da
casa dos Bourbon.
Continuou sob
o comando de Narval
e alçou posto de contramestre
no recém-reformado Lei de Elizabeth.
Ficou famoso em cada taberna
de Londres por seus feitos
na Ilha do Desespero
(onde dizem que chegara
a fazer oito ataques por turno
seja lá o que isso signifique...)
e que salvara Morgan
das garras nefandas
do próprio Sangre!!!

Aislyin por sua vez,
permaneceu ao lado de Morgan,
como sua Segunda em Comando
e secreta amante
(Narval fazia-se de cego
para tais “preferências” dela).
Mas um incidente estranho
acontecera na viagem
de retorno à Inglaterra.
Ainda no navio de Drake,
na noite anterior ao encontro
com a nau de Doder de Graeff
e o galeão de Narval.
Estava ela dormindo
em sua cabina (uma das poucas
a bordo ainda inteira),
quando recebeu uma estranha visita
que a chamando-a por
seu nome de batismo a despertou.
Soerguendo-se na cama,
ainda sonada, ela tentava entender
o que acontecia. Alguém chamá-la
por seu nome original era
deveras improvável, haja vista
as circunstâncias de sua vida.
Com a luz às costas do vulto,
ela não conseguia divisar o rosto,
que apenas repetia seu nome
de modo sinistro.
Foi quando Aislyin percebeu
alguma coisa gotejando
de sua mão direita:
uma espada diferente 
de qualquer outra 
que ela já vira antes.
No chão uma poça de sangue. 
E oscilando macabramente
à mão esquerda... algo!
Súbito ele atira aquilo
na direção dela.
Simultaneamente impactam-se
sobre seus pés e colo
duas cabeças recém-decepadas!
Todavia, não se tratavam
de desconhecidos:
a seus pés ainda oscilando
de modo indeciso,
a face desprovida de vida
do único homem que ela amou
com plenitude em toda sua existência
e olhando para ela com órbitas vazias,
ali, aninhado em seu colo
o rosto de seu amado, violento
e incompreensivo pai.
A figura na porta ri com escárnio,
levanta a espada à altura dos lábios
e parece lamber o sangue
gotejante da lâmina,
dá um passo para frente
e mostra a face zombeteira à luz.
A pele amarela,
os olhos finos: oriental!
Um rosto gravado em brasa
na carne-viva de sua memória
de modo indelével.
Ainda gargalhando,
dá dois passos lentamente
para trás e a porta
que estivera aberta
atrás dele todo o tempo,
fecha-se!
Um brilho verde foi a última coisa
que ela percebeu antes de desmaiar.
Ao acordar não mais viu as cabeças
em lugar algum, mas sangue
por todo lado: chão, paredes,
cama, móveis, teto, porta,
roupas, tudo, tudo, TUDO!!!!
Sai correndo gritando
seminua pelo navio.
Dos olhos vertiam-lhe
lágrimas de sangue!
Após o rebuliço Drake
promove uma busca pente-fino
por toda nau.
Nada encontra:
cabeças, sangue, corpos
ou o tal oriental.
Os anos se passarão,
porém Aislyin jamais esquecerá
aquele rosto, muito embora
nunca tenha voltado a vê-lo
ou entendido o que acontecera!
Até hoje...


Após uma longa viagem os piratas ingleses
aportam em Londres...


...onde são efusivamente recebidos pelo povo...


...e pela própria Rainha da Inglaterra...


...Elizabeth I.


Na corte Drake e Narval relatam suas aventuras...






...até que o pequeno grupo de corsários é recebido
por Sua Majestade em uma audiência privada...


...na qual detalhes escabrosos antes
não revelados são narrados à rainha...


...assim como a relação de Morgan e Narval!


Recuperada dos sustos e surpresas, Elizabeth I
comunica Drake e os demais da nova missão que os aguarda....


...o inexorável avanço da Invencível Armada!


Francis Drake e os demais empenham
suas vidas e honras na defesa do Império Britânico.


Nos estaleiros as naus recebem os reparos necessários...


...e finalmente Morgan toma posse de seu novo vaso de guerra...


...que ela batiza de Adaga Assassina II
(contra a vontade de Narval, diga-se de passagem)!


Narval e John Crow tem uma amável conversa....


...na qual o velho pirata revela certas
"preferências" de Sua Majestade...


...que ele soube atender perfeitamente,
tanto que rendeu-lhe um novo galeão!


Sarresian também foi favorecido por Elizabeth,
graças a intervenção favorável de John!


Aislyin continuou como Segunda em Comando
na embarcação de Morgan...


...e sua amante (não muito) secreta!


Mas nem tudo são rosas na vida da Louca.
Na viagem de retorno a Inglaterra sua cabina foi invadida...


...por alguém portando uma espada diferente
de qualquer outra que ela já vira antes...


...e que a presenteou com dois macabros souvenires... 


...revelando-se pouco antes de desaparecer por completo...


....em um brilho verde que refulgiu por um fugidio instante...

...deixando em seus olhos lágrimas de sangue!


Sidinei Lander da Silva Pereira: Mestre de RPG, aprendiz de escritor, leitor voraz, quadrinista fanático, cinéfilo compulsivo, agnóstico independente, livre-pensador, fã incondicional de O Senhor dos Anéis (livro e filme), música para mim é Clássica, Jazz, Blues, Rock'n Roll e Metal! E tenho dois gatos... Quer saber mais sobre mim? Veja meu perfil no Google Plus!

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