Pasmo diante do que ouvia
o Senhor dos Mares
contrapõe incrédulo:
― Perdestes por completo
vossas faculdades, homem?
Vós estais me cobrando
reparações? A mim?
Um DEUS?
Sem hesitar, o bucaneiro
dá um passo à frente
e num gesto rápido
sua mão direita agarra
a divindade pelos gorgomilos!
Poseidon arregala os olhos,
tão grande é sua surpresa
quando sente
a garganta constrita!
― Deus? Vós não sois sequer
a sombra de um deus!
Sei bem o que vossa laia seja
e como vós o Conclave
já destruiu a muitos.
Para vossa divina sorte
estou disposto a ser complacente
e devolver-vos a liberdade
se atenderdes a uma
pequena exigência...
Sangre afrouxa o garrão.
O Lorde dos Oceanos
leva a mão ao pescoço,
como que querendo atestar
o que se sucedera
e indaga ainda arfando:
― Que seria?
― Coisa pouca...
A Caixa de Pandora.
Poseidon descrê
no que ouve.
― Só podes estar louco!
O que faria com semelhante coisa?
― Isso não é da vossa divina conta!
― De mais a mais não
a tenho comigo.
― Isso pouco me importa.
Não sois um deus?
Dês um jeito!
― Como esperas que faça isso
se me aprisionastes a esta casca?
― Não me creias um estulto,
rei dos mares. Vosso avatar
pode de fato ser meu prisioneiro,
mas aqueles que vos servem não.
Poseidon pondera suas alternativas.
Ele poderia esperar até
a morte física daquele mortal
e a própria adaga
ser corroída pelos elementos.
Afinal, sendo um deus
a eternidade estava do seu lado.
Porém, se deixasse o reino
por tempo demasiado,
aproveitadores poderiam
usar tal oportunidade
para usurpá-lo...
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Poseidon reage às exigências... |
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...de Sangre, mas este o tem nas mãos... |
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...e seu preço é a lendária Caixa (Jarro) de Pandora! |
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O deus dos mares sabe que sua hesitação pode custar-lhe muito caro! |
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Atreva-se, diga-me o que está pensando!
Se veio até aqui, não recue!
Se és contra, a favor ou muito pelo contrário(?!),
tanto faz...
Afinal, esta é uma tribuna livre.
E uma certeza podes ter como absoluta:
RESPOSTA TU TERÁS!!!!!!