— Certifique-se que cada uma
dessas
ostras cumpriu suas tarefas senão...
Sangre sequer completa a frase.
Apenas
desvia o olhar na direção do
cordame
onde um homem seminu encontra-se
amarrado pelas mãos e pés,
exposto ao sol
sem uma ver uma gota d’água há dois
dias!
— Sí, mi Capitán! – responde convicto
o imediato (mas sentindo um
calafrio
percorrer lhe a espinha).
No que Ramirez se afasta, Douglas
retorna.
— Eis o vosso rum, Capitão.
Ele entrega uma botija de cinco
litros
a Sangre que entorna a metade de um
gole só!
O sinistro pirata devolve o garrafón ao
escocês,
limpa a boca com a manga do
sobretudo
e arremata:
— Pra começar o dia tá bom!
Guarde isso marujo e com cuidado!
Sangre dá um olhar para o infeliz
marujo
que o faz repensar toda sua vida.
— Com certeza, Capitão.
Sangre sabe esta talvez seja a última
dificuldade
a ser enfrentada antes de encher os
porões
de seu navio com toneladas de ouro
espanhol,
razão pela qual deveria manter o
pulso
mais firme que o habitual, pois
o
menor deslize poria em risco todo
seu bem urdido planejamento.
Conforme previra a tempestade
veio.
E não era uma tormenta qualquer!
Não! Mais parecia a mãe de todas as
borrascas!
Ventos ciclônicos arremessavam
marujos
ao mar como se fossem gravetos,
peixes enormes eram jogados dentro do
navio
que rangia inteiro como se fosse
partir-se ao meio!!!
Raios atingiam o convés
eletrocutando
mortalmente quem estivesse em seu
alcance
e chuvas torrenciais a ponto dos
marujos
não mais saberem distinguir céu e mar!
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Atreva-se, diga-me o que está pensando!
Se veio até aqui, não recue!
Se és contra, a favor ou muito pelo contrário(?!),
tanto faz...
Afinal, esta é uma tribuna livre.
E uma certeza podes ter como absoluta:
RESPOSTA TU TERÁS!!!!!!