Um dos mais habilidosos
marinheiros a bordo,
Cervantes, era conhecido como
“Aranha-do-Mar”
por sua agilidade e facilidade
no manejo dos cabos.
Aquele definitivamente não era
o seu dia:
ficou pendurado pela amurada,
quase sendo
tragado para os abismos
marinhos.
Seu destino seria alimentar os
peixes
não fosse a providencial ajuda
de seu
companheiro de
piratarias:
Estevãn “Onça” Bertolluci.
Normalmente um covarde
assumido,
este pirata filho de um
flibusteiro espanhol
com uma nativa das colonias portuguesas
na América tinha lá seus
momentos...
E este - com certeza - era um
deles!
Amarrando à cintura uma
corda,
deixou-se levar pelo movimento
do
próprio navio até
Cervantes,
chegando até ele mais
rápido
do que esperava. Manejando a
corda
com destreza insuspeitada
laçou
o colega e o puxou a
bordo!
Lamentavelmente a pontaria do
Onça
não equivalia a sua
destreza...
Terminando por laçar o pescoço
do amigo!
Por muito pouco o salvamento
não se torna
enforcamento! A um alto custo
consegue
arrastar Cervantes a bordo,
quando um
relâmpago acerta em cheio um
canhão
a estibordo, fazendo-o em
pedaços!
Lascas metálicas voam em chamas
crepitantes
por todos os lados no
tombadilho!
Como desgraça pouca é
bobagem,
uma delas acerta a corda que
prendia o
Onça ao mastaréu! Ele mal tem
tempo
de engolir em seco quando sente
o cabo
afrouxar e com ele sua vida se
esvair!
Na outra extremidade
Cervantes
se debatia como um peixe
tentando
em vão escapar ao
sufocamento!
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