Seria este o triste fim desta
desventurada dupla
não fosse a rápida intervenção
de outro marujo:
Olavídez de Andaluzia.
Beberrão, adúltero,
desvirginador de freiras,
blasfemo estuprador de
coroinhas,
trapaceiro e dono da melhor
pontaria
com punhal a bordo do Demônio
Maia!
Olavídez sequer pensou ou
piscou.
Sua adaga cortou a chuva
como
um navio singra o mar com
destino
a um porto certo e
seguro.
A serpenteante corda cessa de
súbito
seus movimentos ao ser
firmemente
presa ao convés pela arma
branca.
O famigerado corsário
caminha
de modo vago até a corda
e
segurando-a com força, puxa
ambos
à segurança (?).
Enquanto isso ao timão, o
Capitão Sangre
mostra porque ele;
e ninguém mais manda naquele
navio!
Segurando o leme com a firmeza
do aço
e uma vontade pétrea que
desconhece
o esmorecimento ou o
cansaço,
Sangre mantinha o navio fixo na
rota,
sem desviar uma
jarda náutica!
Com uma mão ao leme e a
outra
entornando o rum,
gargalhava dos elementos em
revolta,
debochava da tempestade
e ria da ira do mar!
— É só isso? Essas ondinhas que
sequer
emborcariam uma canoa de
pescador?
Esta brisa que mal infla minhas
velas?
Poseidon, já foste mais
poderoso que isso...
HUÁ, HUÁ, HUÁ, HÁ, HÁ, HÁ!!!!!!
Trovões rimbombam no ar,
ventos açoitam o navio
como
um gato de nove rabos
e
o próprio mar parecia disposto
a engolir
a nau inteira como se
fosse
um gigantesco monstro marinho!
Eis então, que diante dos olhos
assombrados
dos marinheiros uma visão do
outro mundo
assoma por entre as nuvens
negras:
O HOLANDÊS VOADOR!!!
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Atreva-se, diga-me o que está pensando!
Se veio até aqui, não recue!
Se és contra, a favor ou muito pelo contrário(?!),
tanto faz...
Afinal, esta é uma tribuna livre.
E uma certeza podes ter como absoluta:
RESPOSTA TU TERÁS!!!!!!