O nefando relato de John Crow ‘’O Corvo‘’
5ª parte
Eu e os últimos remanescentes
de minha
embarcação agora perdidos nesta
ilha
deserta esquecida por Deus
e por Satã,
sem suprimentos, no meio do
vasto vazio
oceânico apenas lamentamos em
murmúrios
ou gritos de ódio! Como o velho
Morfril,
um lobo do mar que acaba de se
matar
com sua adaga: cortando a
própria goela
como um frango. Ou Galleger,
bravo
jovem que nunca demonstrou
medo em
batalhas, trazendo grande moral
a nossa
tripulação, mas que agora se
encontra em
um canto abatido, macambúzio,
chorando
pelos cantos e implorando a seu
deus por
nossa salvação. Ainda há os
outros marujos
que escaparam de serem tragados
pelo mar.
Todos desolados sem forças para
erguerem
sequer seus braços. E os
enfermos..., meu
timoneiro, Jhonatan “Garganta”,
que teve
os olhos arrancados pelos
malditos espanhóis
por se negar a entregar os
mapas, sendo logo
jogado ao mar, teve a sorte (ou
seria azar?)
de ser resgatado por
Galleger,
assim como eu mesmo...
De todos, sou o único que
permaneço de pé.
Tenho de fazê-lo, é meu dever!
Mostrar que
há esperança para sair daqui.
Estes homens
confiam em mim e sabem que se
eu tombar,
comigo cairá por terra qualquer
esperança de
sairmos desta ilha maldita...
Terceiro dia
Esta ilha é amaldiçoada!!!
Ao longo de minha vasta
experiência como
homem do mar, conheci
milhares de ilhas,
sabendo diferenciar frutos
venenosos
dos bons. Sabendo onde
colher água pura
e buscar a caça. William
me ensinou isso,
melhor do que ninguém:
— Apenas
porque você vive sua vida inteira
no mar não quer dizer que nunca
precisara
saber sobre a terra firme
garoto. Aprenda
esses conselhos: um dia
salvarão
sua pele sebosa...
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E uma certeza podes ter como absoluta:
RESPOSTA TU TERÁS!!!!!!