John arregala os olhos e estes
quase caem das
órbitas quando ele vê seu parceiro engatilhar
a Magnum e
encostá-la entre as pernas da
prostituta. Subitamente, a cadeira na qual ela
estava sentada começa a pingar e o cheiro de
urina viciada infecta o ambiente.
– Eu falo, eu falo, eu falo tudo!!!!
– Boa menina. – diz
Alexander com toda a
calma do mundo, enquanto seu parceiro
suspira aliviado.
– Eu sou nova na cidade e ainda tava
conhecendo a Zona quando fui
presa da
primeira vez.
– Isso nós já sabemos. Diga, você conhece
um homem que dá
preferência por
vestir-se de preto e subir em árvores
atrás de colégios ? – interrompe John.
A garota parece não entender
muito bem a
referência, mas depois, fazendo
cara de quem se lembra de algo, diz:
– Bem, agora que você falou, um dia antes
de ser presa eu abordei
um sujeito todo
vestido de preto, ele usava um enorme
chapelão que encobria-lhe
o rosto e óculos
escuros. Ofereci meus “serviços”. Lembro
que ele olhou-me nos
olhos e falou com
um sotaque estranhíssimo que “preferia
estar só a tão
mal-acompanhado”. Não
entendi e não gostei. Não sou de perdoar
grosserias
apenas pelos lindos olhos
claros de um homem.
– E o que você fez ?
– Bati a carteira dele. – ela
fala na maior
cara-de-pau. Alexander olha para John com
um
sorriso que vai de uma orelha a outra…
– E… – interpela Alexander:
– E nada. Havia pouco dinheiro lá, umas
10 libras e muitas notas
de um país que
não sei dizer qual era.
E documentos,
inclusive um passaporte.
– E onde está essa carteira agora ?
– Na gaveta de cima da cômoda no quarto
ao lado. – ela aponta para a porta que dá
acesso ao outro cômodo.
Alexander entra no quarto e o
que ele vê
não o agrada: cômoda arrebentada, gaveta
destroçada, carteira
sumida.
– A coisa vai mal pro seu lado garota…
– Alexander caminha na direção dela, saca
sua Smith & Wesson
mod.29 (.44), engatilha…
– Espera, espera, espera, eu me lembro de
uns nomes que tinham nos
papéis…
Alexander estaca, desengatilha a
arma e vira-se
para John.
– Vamos levar esta vadia pra Central agora
mesmo, John.
Horas depois na Central da
Scotland Yard.
– Você já parou pra pensar se tivesse
errado aquele tiro ? – questiona John, ainda
assustado com as atitudes de seu novo
parceiro.
A resposta, todavia, não poderia
ser mais enfática:
– Eu nunca erro, mas admito que mirei na orelha…
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