Google+ Reação e Investida – Parte3 – CAAAAARRRRRGAAAAA!!!!! | A Pirâmide de Kukúlkan

O último reduto onde os Asseclas do CONCLAVE encontram-se...

Reação e Investida – Parte3 – CAAAAARRRRRGAAAAA!!!!!

Tudo bem: prometo não pegar tão pesado dessa vez! Mas foi tu que começou!!! Você tentou romantizar Hollywood com argumentos de um psicanalista doidão.Filmes fracos com o mesmo ingrediente, destilando a cultura norte americana sucatando as telas de cinema. SEMPRE maniqueísta! Ai, ai, ai, lá vêm ele de novo! Romantizar? Romantizar o quê, cara-pálida? Minha análise foi a mais racional o possível (desde que tu não venhas detratar a cinematografia inspirada na obra de J.R.R.Tolkien). Quanto ao maniqueísmo, nada mais natural: a civilização é maniqueísta! Querias o quê? Todo mundo com mais de dois neurônios (ativos) sabe que não se pinta a vida em apenas duas cores (sejam elas quais forem!) e que mesmo quando se insiste nessa atitude intelectualmente suspeita os meio-tons entre os extremos acabam por fazer a ponte entre elas (assim é a vida, como o acordeom: do manejo das extremidades nasce a musica medial). De todo modo, em termos de narrativa fica muito mais facilmente assimilável pelo grande público quando se colocam personagens em lados opostos... Em nenhum momento falei sobre escapismo, e sim sobre a qualidade dos tais filmes. Se alguém utiliza filmes na de escapismo (como a grande maioria) tendo orgasmos ao se imaginar na pele de um Aragorn, isso é problema da pessoa. Claro que não falou, Michel, fui eu que trouxe esse enfoque á baila, haja vista que tu o (deliberadamente ou não) esqueceu. Quanto a qualidade, vale o que disse antes. Entretanto, agora tu tocaste em um ponto nevrálgico (para ti!): “se imaginar na pele do personagem”. Dificilmente alguém se coloca na posição (ainda que fantasiosa) de um personagem – seja ele qual for – sem antes ter algum grau de afinidade com ele! Exclui-se desse argumento os atores, que o fazem por dinheiro, mas aí já é da profissão deles, não vêm ao caso. O mais interessante é que isso não é uma meta específica do Cinema, mas de outra grande indústria cultural: a dos Games! Em um game a pessoa aliena-se de si mesma para personificar um personagem, e tem que ser assim até porque É dessa maneira que a coisa funciona! Mas mesmo isso não chega a ser uma a forma de alienação tão “bitolante” já que ao desligar o jogo, você volta (do assim chamado “mundo dos símbolos”) ao mundo real. Apesar da forte sensação de imersão provocada pelo gigantismo do écran, nem de longe se compara a “fissura” provocada em um gamer ao desbravar “aquela fase secreta”... Você fugiu do tema novamente ao tentar explicar inutilmente que Hollywood é uma industria capitalista (E qual não é?), e em nenhum momento me mostrou uma virtude positiva das películas de boa digestão. Apenas ESCAPISMO, que nada mais é que um momento de alienação. Oh, céus, lá vou eu ter que explicar tudo de novo! Primeiro: cada pessoa que entra em uma sala, assiste a um filme e sai de lá tendo gostado, com absoluta certeza, ela encontrou algo de bom, que tinha haver com ela naquele momento específico de sua existência, algo que ela esperava ver, ouvir ou sentir. Isso vai da cabeça (coração, mente e alma) de cada um. Tu podes assistir uma película de “boa digestão” como tu dissestes e ter uma azia ou aquilo ali pode ser o “sal de frutas” da tua vida naquele instante! Assim como nem todos gostam das mesmas coisas, os que gostam nem sempre partilham entre si a afeição por algo pelos mesmos motivos: uns gostam mais da comédia, outros do suspense, outro vai apreciar o enredo, algum deles a trilha sonora e por aí vai. O único ponto em comum a todos que entram na sala é: ESCAPISMO. Disso não dá pra escapar (Ô trocadilho infame!). Quanto a ser alienação, aí tu já estas confundindo as bolas, apesar de no dicionário estes termos até aparecerem como sinônimos, são coisas TOTALMENTE DISTINTAS! Um trabalhador de uma fábrica que não tenha consciência de seus direitos está alienado deles. Uma professora que não tem acesso a materiais de estudos melhores para dar aula; está alienada deles. Um mega-empresário que não consegue ter sentimentos humanos está alienado deles. Um favelado que não consegue emprego porque nasceu condenado a viver na m... está alienado DE TUDO! E mesmo assim TODOS eles podem estar conscientes dos problemas do mundo a sua volta: exploração, baixa qualidade de ensino, desumanidade em geral, miséria. Todos eles podem ter consciência (em maior ou menor grau) de suas parcelas de responsabilidades nesses problemas ou do fato de serem vítimas deles! Nada vai mudar isso, muito menos Harry Potter ou o Capitão J. Sparrow! E todos eles (fora o favelado, é claro) ao freqüentar um “cineminha no findi” não deixarão de ser mais conscientes ou não do mundo a sua volta! Por algumas horas eles esquecerão tudo de ruim (e bom) que há do lado de fora daquela sala e se disporão a serem envolvidos por uma história que não é a deles, mas que poderia ser – ou não! Lembre-se, meu amigo: todos nós iremos morrer, mas ninguém gosta de ficar lembrando disso e isso é escapismo. Tragicamente nossa espécie percebe o fluxo do tempo e sabe que um dia ele esgotar-se-á para todos nós. É inevitável. Não há como fugir disso. Não há escapismo, alienação ou cinema que possa impedir esse fato. Ponto. Filmes de boa digestão que entretém a massa com o mesmo roteiro travestido por outros atores. O esqueleto da trama é sempre o mesmo: O herói (AMERICANO) do bem contra o vilão (ESLAVO/ARABE/ORIENTAL/LATINO) do mal para salvar mulher/pais/planeta/cachorro. E daí? Qual é problema nisso? O E.U.A. são a bola da vez! Se fosse a Venezuela , a China ou a África do Sul, só iria mudar o cenário e o adversário (talvez apenas trocando de lado). Quanto à falta de originalidade nos roteiros isso é inegável, há uma epidemia de roteiros clonados impressionante (humm, é daria um filme...), mas como disse antes: é só procurar que tu acha coisinhas interessantes! Ora, harry potter é um fenômeno de vendas ! Atrai a criançada para a leitura assim mesmo como Paulo Coelho atrai as faxineiras com Brida, e as donas de casa são atraídas pelo O SEGREDO. Repito: e daí? Cada um com seu público-alvo! Não vais querer vender obras filosóficas a crianças recém-alfabetizadas e com um Playstation na mão? Vai? Se o cidadão espera a vida inteira para ler somente quando aparecer um Harry Potter da vida é porque há um problema. Isso é óbvio, não é Michel? Fala sério! Nós paises europeus como todas sabem a leitura é algo encravado no dia-a-dia da criançada. Seu argumento é somente valido ao se referir sobre as crianças do Brasil ao qual não tem o habito da leitura ao qual Harry Potter tem ponto positivo a incentivar a CURIOSIDADE do leitor mirim. Estás ligeiramente desinformado, meu amigo: pesquisas mais recentes apontam que antes do “efeito Harry Potter” a leitura infantil estava apresentando uma séria e preocupante curva de declínio. Pais e professores já tinham inclusive identificado os responsáveis: TV a cabo, Intenet e games on-line. Meu argumento é válido para todo e qualquer público infanto-juvenil (inclui-se aí os adolescentes) de qualquer nacionalidade. E não se esqueça: da curiosidade nasce o interesse e dele a leitura! Um simples dado comprova isso tudo: o sucesso monstro da série revela-se através dos números das vendas, simplesmente astronômicas! Isso significa que Harry é a oitava maravilha da literatura? Não. Apenas que cumpre eficientemente seu papel. Ponto. Meu querido, quando falo em alienação, me refiro com uma certa indignação aos que jovens poderiam estar lendo coisas como: A REPUBLICA, O PRINCIPE e outros (Livros obrigatórios nas escolas de paises como NORUEGA E ALEMANHA), principalmente A REPUBLICA (AO QUAL INFELIZMENTE FUI CONHECER E LER SOMENTE ANO PASSADO) que fala sobre a filosofia, virtudes, sobre a influência da arte na educação do homem. “Tudo sob o sol tem seu tempo: há tempo para plantar, tempo para colher, tempo para viver, tempo para morrer, tempo para leituras iniciantes e tempo para leitura de Iniciados”. Está no Eclesiastes (bem, menos a última parte, liberdade poética, sabe como é...) Tais livros citados por ti são excelentes, mas – tragicamente – para a maioria da população abaixo de 50 anos, o tempo desses livros já passou. Ou tu por acaso não ti perguntou POR QUE ELES SÃO OBRIGATÓRIOS? Daqui a 100 anos (se a raça humana ainda estiver viva, algo que duvido) as bibliotecárias (se houver bibliotecas em semelhante futuro) colocarão obras que hoje talvez não demos a devida importância (assim como não foi dado o valor certo a certas obras na Antigüidade e hoje babamos em cima delas) na prateleira de “clássicos”, “cults” ou “obras de referência”. Nós sabemos o valor das velhas obras Michel, provavelmente até mesmo uma grande parcela dos não-leitores sabe também, mas isso terem conhecimento acerca disso jamais irá leva-los a apreciar tais obras. Da mesma forma que tu não apreciarias um filme em preto-e-branco da década de 30, mesmo ele sendo infinitamente superior a uma versão remasterizada e entupida de efeitos especiais que aparecesse hoje no cinema! Em qual sala tu irias: uma pequena, universitária, do círculo alternativo, com som ruim e cadeiras desconfortáveis, para ver um filme cult legendado em espanhol e com uma projeção sofrível? Ou uma sala stadium, com tela gigante, projeção cristalina, som dolby e um balde de pipoca (filado)? Sinceridade consigo mesmo faz tanto bem ao homem quanto a leitura dos clássicos, meu amigo. Ora, seria totalmente desconexo eu afirmar que o cinema europeu é inferior ao americano . Não, não é. Eles ganham de 10 a zero de Hollywood em uma matéria: CONTEUDO. Filmes europeus não estão atrelados nas garras dos chefões dos estúdios de Hollywood ao qual só visam filmes extremamente comerciais matando o cerne artístico. Por mais bonita que seja uma embalagem, normalmente a gente adquire um produto tendo em vista seu conteúdo e não o contenido. Mas não te ti atire de cabeça ou podes perde-la. Já te falei: o cinema europeu também produz suas abobrinhas. Só não escrevo uma lista agora porque esse post já passou da conta! Quanto a máfia hollywoodiana, isso é algo sem conserto, mas como disse antes: é igual em todo o lugar, ou tu acha que Cannes também não tem suas manipulações “shadowlórdicas” de fundo de quintal? E cinema comercial existe em todo o lugar ou como tu acha que aquelas atrizes européias deslumbrantes pagam seus famosíssimos costureiros internacionais? Com boquetes é que não é!!! E no que diz respeito ao cerne artístico, releia meu post anterior. Até.
Sidinei Lander da Silva Pereira: Mestre de RPG, aprendiz de escritor, leitor voraz, quadrinista fanático, cinéfilo compulsivo, agnóstico independente, livre-pensador, fã incondicional de O Senhor dos Anéis (livro e filme), música para mim é Clássica, Jazz, Blues, Rock'n Roll e Metal! E tenho dois gatos... Quer saber mais sobre mim? Veja meu perfil no Google Plus!

1 comentários:

Anônimo

Lander estou louco para responder, mas estou na correria da loja e o curso de inglês.
Final de semana comento.

Adorei a parte do Aristóteles. Não tenho como lhe questionar.

O Diego em seu comentário foi brilhante. Praticamente é igual ao que penso.

Postar um comentário

Atreva-se, diga-me o que está pensando!
Se veio até aqui, não recue!
Se és contra, a favor ou muito pelo contrário(?!),
tanto faz...
Afinal, esta é uma tribuna livre.
E uma certeza podes ter como absoluta:

RESPOSTA TU TERÁS!!!!!!