Décadas mais tarde,
arredores de Austin, Texas.
Uma casinha beeem
suburbana
(meio casa, meio trailer).
— Esquece,
Nigell, não pense que por eu ter
só um braço que eu não ti desço o sarrafo,
guri abusado!!
— Mas
pai, o que posso fazer? Dolores é a
mulher da minha vida!
— Pois
escute bem isso, Nigell: se insistir,
ela será a mulher da sua além-vida!!!
E já foi sacando seu cinturão.
Nigell nem
pensou duas vezes, pula pela janela rumo
ao alpendre, pega o carro
do velho e se
larga deixando pra trás uma nuvem
de poeira.
— Guri
miserável, mas eu ti pego e ti esfolo!
Deixe estar!
Enquanto isso Nigell
sugava todas as forças
do velho Chevrolet 77 azulado através da
estradinha
poeirenta com country music no talo!!!
Ele para em um bar de
beira de estrada onde
encontra uns amigos latinos e saem pra farrear.
Vida boa, vida mansa.
Não vai durar…
— Ai,
Dolores, tu me enlouquece! Como
assim, “sexo só casando”?
De onde tu me tiraste
essas idéias?
A bela morena tisnada
de longos cabelos negros
cacheados (90 de busto, 110 de quadril…)
faz o
maior “jogo duro”:
— Usted
sabes: no casa, no come! – e sai toda
airosa para ir encontrar-se com sua amante
(ela tinha um caso
com a filha do Pastor da
igreja local…). Óbvio que Nigell nada sabia
acerca
disso, muito menos que estava em vias
de ser trocado por uma garota de 18 anos
fervendo de hormônios…
— Mas
e essa agora, já não tenho problemas
que me cheguem? –
lamenta-se Nigell.
Nesse momento chega o
irmão de Nigell, um
espertinho chamado Malcolm.
— E
aí, mano, traçou?
— Do
jeito que a coisa vai nem o rango lá
de casa vou traçar, que dirá essa “fazida”!!!
— Hiii,
jogo duro, é?
— Duríssimo!
Quer casar, vê se pode?
— Tá
maluca! Ela não sabe que tu nem
tem onde cair morto?
— Pior
que sabe. Quer que eu batalhe um
emprego pra juntarmos os trapos.
— Essa
não! Fala sério!
— Pior…
o que eu faço?
Malcolm cofia seu
cavanhaque ralo e
depois exclama:
— Seguinte
mano véio; acho que tenho a
solução pros teus problemas! –
os olhos
de Nigell cintilam ao
ouvir aquilo:
— Sério?
Diz aí!
— O
lance é ser taxista! Topas?
— Taxista?!
E isso lá é pergunta que se faça?
— Sei
que tu curte dirigir, mas, é coisa séria.
Encara?
— Claro!
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