Perdidos na tormenta,
o destino lhes é negro e incerto!
O Lei de Elisabeth
some de vista,
como que repentinamente
tragado pelo mar;
para desespero e aflição
de Morgan, que testemunhando
cena tão amarga
da amurada de seu galeão,
teme pela vida de seu amado Narval.
Ao mesmo tempo os incêndios a bordo
mostravam suas nefastas conseqüências:
enfraquecido pelas chamas
e tiros de canhão, o casco
começava a rachar e fazer água.
E ainda havia os infelizes piratas
espanhóis infiltrados a bordo,
presos entre dois fogos
(literalmente) ao se refugiarem em
decks inferiores do navio de Morgan.
Para sorte deles,
os ingleses desconheciam este fato!
No convés a temperatura subia...
Tentando manter a cabeça no lugar,
Sarresian lembra-se da ilha,
vai até a cabina da capitã,
busca a luneta e
perscruta a borrasca em derredor,
então por um instante fugidio,
o fulgor do relâmpago ilumina
um laivo de terra!
Gritando para se fazer ouvir
acima dos ventos ensurdecedores,
tenta dar a todos
um resto de esperança:
― Eu encontrei a ilha,
está além da tempestade.
Ao que Morgan responde:
― Vamos atravessar o temporal.
Eu não vou fugir!
Ela toma a luneta de
Reneger
e ajustando o foco
confirma
a visão do marujo:
― Vejam como estamos pertos!
Ao que John Crow
(pessimista como sempre) retruca:
― O navio não vai aguentar!
― Tenha fé, confie nele.
― Não tenho fé em Deus
que dirá confiança nesta banheira,
mas se milady
crê
que possa nos levar até lá,
deposito em vossas delicadas mãos
meu destino.
E completa seu galanteio
improvisado
com um salamaleque,
enquanto dá um
sorriso maroto a Sarresian.
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