Ao ver aquela estranha figura
mascarada a sua frente,
brandindo duas espadas,
Sangre sente-se gratificado!
Enfim, alguém para matar!
― Ramirez, vá ajudar Cervantes
e leve aquele idiota com você.
Ordena apontando Chuk-Chuk
ainda tentando arrancar
a espada do mastro,
com os dois pés apoiados na madeira
e puxando com toda a força!
― Tenho de receber as “visitas”.
E assim dizendo arranca o sabre
do bucho de um pirata morto
e lentamente acerca-se de seu adversário.
Morgan nada fala, todavia
com uma velocidade insuspeitada
aproxima-se, golpeando-o
simultaneamente com ambas as armas
e uma habilidade que espanta
o próprio Sangre!
Mas o velho corsário
não ia deixar barato:
dois a derrubá-lo no mesmo dia?
Era inadmissível!
Sendo de estatura maior que Morgan,
vale-se da força e golpe após golpe
vai empurrando o inimigo
contra a amurada de bombordo.
Lá embaixo, entre as ondas revoltas,
tiburónes aguardam
ansiosos suas refeições.
Mas a sorte não abandonava Morgan:
um relâmpago atinge a vela da gávea
e o velame desaba sobre Sangre,
que é colhido de surpresa.
Agarrando a adriça do vela que descia,
ela se alça até a verga do mastro principal.
Morgan saca sua pistola
e mira seu inimigo.
No que Sangre desvencilha-se da vela
ouve um tiro e sente
seu pavilhão auricular esquerdo
arder como ferro em brasa!
Quando vê sobre o pano a seus pés
os pedaços da própria orelha
rapidamente atina
o que aconteceu,
vira-se para cima,
saca sua segunda pistola,
atira guiado pelo instinto.
E acerta!
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