John Crow balança a cabeça
em sinal de desagrado,
aproxima-se de Alexander,
agarra-o pelos gorgomilos,
sacode-o com violência
e aplica-lhe uns tabefes!
― Recomponha-se,
homem!
Seu capitão lhe
deu uma ordem!
O que está
esperando
para obedecê-la?
Fazendo um esforço monumental
o imediato se refaz como pode
e tentando pôr-se o
mais probo possível,
ergue a cabeça e ainda que oscilando
um pouco toma o rumo do timão.
Enquanto contempla aquele trôpego
caminhar de modo incerto,
John Crow suspira pensativo:
― Se nosso
destino
está nas mãos
desse daí,
estamos muito
mal mesmo...
Ele volta-se aos marinheiros
desabados no convés e
começa a bater neles
com sua muleta.
― Levantem-se
seus inúteis!
Honrem o que
carregam
no meio das
pernas,
seus filhos de
um molusco!
E dê-lhe pancada!
Sarresian se levanta ainda meio enojado,
tentando se limpar,
fedendo mais que os fundilhos de Satanás!
John Crow olha para ele
de cima a baixo e exclama:
― Céus, de que
latrina
tu saístes,
marujo?
Limpe-se ou eu
mesmo
irei jogá-lo ao
mar!
Estavam os dois trocando
amenidades quando
subitamente o navio aderna!
Ao timão, China
recebera as ordens do
capitão Narval e corrigira o curso
de modo a evitar a ondas maiores,
pena que tal atitude
lançou uns cinco ou seis
desassisados marujos ao mar...
Nisso, El Bravio de Los Mares
também tem seus próprios problemas:
a chuva torrencial
molhara a pólvora de alguns barrotes,
que teriam de ser substituídos
pelos que se encontravam
no paiol da nau.
Tudo seria muito rápido
se o navio não oscilasse
de modo tão brusco.
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