― Nosso inimigo terminou
vítima da própria
covardia,
marujos! Chegou o
momento
de acertarmos as contas
com Sangre!
Ou pretendem deixar uma
mulher
fazer o trabalho de
vocês?
Uma gritaria a bordo do Lei de Elisabeth
mostra claramente
o desagravo dos piratas!
Lépidos e ágeis tomaram suas posições,
reabasteceram canhões,
apagaram fogos,
corrigiram as velas
e afiaram as espadas!
O Demônio Maia estava
vivenciando seu pior dia!
Fustigado pela procela,
desprovido de seu leme,
cercado por Drake à estibordo,
Morgan pela popa
e logo Narval a boreste,
abordado por inimigos
de todas as direções,
em chamas
e com seu capitão
encurralado como um rato!
Mas ainda não será dessa vez
que a Rainha Elisabeth
terá o prazer de assistir de seu camarote
ao enforcamento de Sangre.
Mas não vai mesmo!!!
Os
verdadeiros diamantes
são forjados
no mais alto calor
e sob a mais
violenta pressão.
E Sangre se considera
indestrutível como um
diamante!
Podem
golpeá-lo,
podem até
derrotá-lo,
mas se alguém
sabe como
arrancar a
vitória dos
tenazes
braços da ruína,
esse alguém é
Sangre...
Estava Drake
próximo
à coberta da escotilha
quando surge
Moréia, seu imediato.
Sangrando
feito um porco,
cai aos pés
do oficial comandante.
― O que houve com você,
marujo?
Ele se abaixa e segura na mão do imediato
contempla a vida esvair-se de seus olhos.
― Senhor... cof... O
navio foi tomado...
cof... precisamos da sua
líder...
cof... ança, senhor...
somos tão poucos...
cof... só o senhor...
cof... cof...
pode nos salv...
cofffffff.....
Os olhos embaçam, a voz desaparece,
a respiração entrecortada cessa.
Mais uma alma que se vai.
Drake passa suavemente a mão
sobre seus olhos e os cerra
enquanto murmura uma prece:
― Recebei este valoroso
marinheiro
em vosso reino Poseidon,
pois ele lutou como um bravo...
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