― Esqueça! Não precisa
mais
responder! Lembre-me de
ter
sempre algo nos bolsos
para dar a essa
criatura!
Fala Sarresian estupefato diante
da voracidade da ave.
A dupla logo
se vê na presença
de uns doze
espanhóis
sedentos de
sangue,
brandindo
suas espadas
e sacando
suas pistolas.
E sob uma
chuva que
não dava
trégua...
― Agora seria uma boa
hora para...
Sarresian não completa a frase,
pois John Crow arranca uma cabaça
das que levava pendurada na roupa,
acende um minúsculo pavio
em seu cachimbo e a atira
sobre os espanhóis que sequer
compreendem o que está acontecendo.
O velho pirata maldito,
cobre o rosto com sobretudo preto.
O porongo cai entre os bucaneiros
que a olham com curiosidade.
Bisbilhotice que dura só até
a cabaça explodir com violência
lançando pedaços de carne espanhola
por todo o tombadilho.
― Espanhóis nojentos!
Sarresian
fica coberto de tripas,
pulmões e sangue.
― Seu louco! Quer nos
matar?
De onde tirou essa ideia
profana?
― Como eu disse: noites
insones...
Nesse momento o corvo pousa
sobre a cabeça de Sarresian e
bica um olho espanhol que
ficara por ali,
dá um grasnido,
defeca e
alça voo atrás de mais comida!
Sarresian passa a mão
sobre a cabeça e fulo da vida
esbraveja:
― Essa ave estúpida
defecou em mim!!!
― Acostume-se, ela
gostou de ti...
Reneger tenta se conformar:
― Ao menos a chuva
lava...
Os piratas espanhóis tem
um grande apreço pela própria pele
(e por seus olhos também!),
razão pela qual tratam
de se esconder em uma
das cobertas
(a de ré, pois a de proa
estava ocupada por Morgan...)
e armam uma tocaia esperando
o
“velho louco de preto”.
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