Aislyin arregala os olhos
e fala com ares de quem
teve uma ideia brilhante:
―
Explodiram os recifes? Onde?
―
Duas ou três milhas
a sudoeste deste ponto
onde estamos. Por quê?
As duas belas piratas
se entreolham e sorriem
de
modo cúmplice.
―
Porque, meu belo capitão,
nós temos um plano
que tornará aquele
perigoso galeão
espanhol
tão inofensivo quanto
uma chalupa pesqueira...
Responde Aislyin acariciando
o cavanhaque
proeminente
de Drake.
―
Vamos aos mapas!
– convida Morgan.
Pouco depois todos estão
em volta da mesa atulhada
em papéis, cartas náuticas,
instrumentos de navegação
e garrafas de vinho vazias.
Morgan desenrola
um dos mapas em que
a ilha aparece
e descreve.
―
Não é exato como
os que deixamos em
Porto dos Cadáveres,
mas servirá a
nossos
propósitos.
Estamos mais ou menos
neste ponto,
aqui é Baía do Sangue
e esta é
passagem
que não sei como eles
conseguiram atravessar.
―
Nem me pergunte...
―
Bom, de todo modo,
eles não poderiam sair dali
a não ser por aonde vieram.
Os
recifes impedem
o acesso a mar aberto.
―
Até uma hora e meia atrás,
quando criamos a passagem.
―
Onde exatamente?
Drake aponta o local exato no mapa.
―
Aqui, onde há o desenho
desta rocha.
O rosto de Aislyin se ilumina.
―
Como pensei!
– exclama e explana:
― Caro capitão, os recifes que vês
são apenas uma parte
deles,
a maioria está sob as águas,
apenas a maré vazante os revela.
Tempos
atrás também pensamos
em usar a mesma tática
para criar uma rota de fuga
segura,
porém descobrimos que os recifes
se adensam sob as águas
naquela região.
Destruístes os que estão
acima da linha d’água,
mas abaixo...
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A bordo do Golden Hind... |
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...na cabina do capitão... |
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...entre mapas... |
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...e cartas naúticas... |
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...a verdade oculta acerca dos recifes da Ilha do Desespero vêm a tona... |
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...sob as violentas vagas... |
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...esconde-se um anél de recifes submersos!!! |