Pouco depois Sangre
sobe a
bordo
d’El Bravio de
Los Mares
e é recebido por Olavídez
que lhe repassa o comando da nau.
―
Não é o Demônio
Maia,
mas terá de servir.
Então, pelo que me adiantou
seu
contramestre,
ainda não livramo-nos
do maldito Drake, Olavídez?
―
Lamento dizer,
mas não senhor.
Grudou em nós,
igual marisco,
mas metade dos
canhões
mirava em terra,
creio que na intenção
de atingir a aldeia,
contudo,
por alguma razão
que desconhecemos,
mudou de rota
e foi para o outro lado da
ilha.
Preocupa-me o que ele
possa estar tramando.
―
E tem razão em se preocupar.
Se há algo que aprendi acerca
daquele demônio
inglês é que
ele é mais astuto e insidioso
que a serpente que seduziu Eva
no
Jardim do Éden!
Mas, me diga como conseguiu
atravessar aquela terrível passagem
que conduz até aqui?
E com um sorriso sinistro no rosto
ele indaga seu comandado:
― Também arrumou uns poderes, é?
Olavídez se arrepia ao lembrar
a que ele faz
referência...
―
Longe de mim semelhante
coisa, capitão! Todavia,
consegui algo tão bom quanto!
―
E o que seria esse prodígio?
Subindo até a toldilla,
ele aponta para o rapazote ao leme.
―
Apresento-lhe, Pierre,
nosso timoneiro e navegador.
Ele serviu a bordo do La Libertad ,
com Juan Fernandez!
Sangre examina de alto abaixo
aquele frangote de
vinte e poucos anos.
Sua mente divaga buscando
uma lembrança, por fim comenta:
―
Conheci Juan. Sujeitinho forte:
enxugava um barril de rum
e continuava firme
como uma rocha!
Sentindo-se à vontade,
diante do temido pirata,
Pierre solta a língua
com seu exacerbado sotaque:
―
Oui, monsieur.
E um parieur,
como capitaine Olavídez!
―
Francês? – Sangre abre
um sorrisinho de soslaio.
―
Nunca soube que o timoneiro
do Libertad
era um franco...
Pierre hesita, mas por fim,
ainda que aparentando
certo
constrangimento, responde:
―
Era aprendiz dele, monsieur.
Eu seria
seu sucessor ao leme
se não fossem certas...
Complicações...
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El Bravio de Los Mares, recebe a bordo... |
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...o capitão Sangre! |
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E enfim, o imediato e timoneiro Pierre, conhece o famigerado pirata! |
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