Questiona o imediato Moréia.
O capitão empurra com o
salto de sua bota direita
um pedaço retorcido de metal.
Ao quedar-se na areia amarelada
revela-se como sendo um canhão.
Ou o que restara de um,
pois se encontrava violentamente
dilacerado, porém ainda visível
a marca do armador:
um fabricante espanhol de Cádiz!
Porém, pondera o marujo:
― Mas senhor, Sangre não é o único
pirata a
navegar sob a bandeira
espanhola e
portar armas com a
chancela de
Filipe II...
Antes que terminasse a frase
uma bala de canhão rola do interior
da arma destruída vindo a repousar
na areia aos pés do imediato
que arregala os olhos ao contemplar
a insígnia “G.H.” estampada
na superfície do projétil!
― Madre Santíssima! Essa bala foi
disparada por um de nossos canhões!!!
Isso somente seria possível se...
Moréia cai em
si e sai de cabeça baixa.
― Esses garotos...
Ele chama
outro marinheiro:
― Garrucha;
venha cá!
― Sim, senhor.
― Quero tudo o que for
aproveitável embarcado.
― Os prisioneiros também, senhor?
― E crês que temos ração suficiente
para alimentá-los? Raciocine, homem!
Eles que fiquem aqui mesmo e
virem-se!!!
Temos problemas maiores a resolver!
Cada hora que passamos aqui
são milhas a mais que Sangre
interpõe entre nós e ele!
Nossa prioridade é o velame!
Deve haver algum aqui para reposição,
do contrário, pelo Sagrado Império
Britânico,
juro que pessoalmente arrancarei
os andrajos que cobrem os corpos
de cada marinheiro nesta ilha e
farei velas de seus trapos!!!!
O que está esperando, homem?
Ao trabalho!
Desnecessário dizer que os ditos panos
a serem usados nos mastros
apareceram do
nada...
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Atreva-se, diga-me o que está pensando!
Se veio até aqui, não recue!
Se és contra, a favor ou muito pelo contrário(?!),
tanto faz...
Afinal, esta é uma tribuna livre.
E uma certeza podes ter como absoluta:
RESPOSTA TU TERÁS!!!!!!