― Mas diga-nos cá, seu tolo seresma,
por que arriscar a pele dessa maneira?
Já não te acostumastes a navegar sob
a bandeira de Sangre?
Inquire o
imediato.
― Sim, por que haverias de querer
ficar nesta ilha desolada em vez de
sair por aí pilhando, saqueando,
matando britânicos e currando
francesas?
Admira-se
Douglas.
― É verdade. Já passamos por tanta
coisa juntos, companheiros.
Muitos de nós fomos escravizados
pelos maias junto com o capitão!
Recordam? – rememora o
Casca-Grossa.
― Como esquecer? Até hoje
meus velhos ossos rangem
quando lembro o que passamos
nas mãos daqueles selvagens!
Reclama o Torto.
― Isso mesmo! E quando invadimos
o palácio daquele sultão e
tivemos de lutar com os djinns?
Traz a
memória o pirata Lagosta.
― Sacrebleu! Aquilo sim foi de lascar!
Que Deus tenha piedade da
alma venenosa do Iman Kassim Faruk!
Benze-se Forasteiro acompanhado
em seu ato
pelos demais
― É... Mas nada do que encaramos
nos preparou para...
Principia
Estevãn.
― Os vampiros de Düsseldorf?
Lembra
Olavídez.
― As sereias da Baía Amaldiçoada?
Arrepia-se o
Aranha-do-Mar.
― Os canibais da Ilha do Desespero?
A voz do
imediato Ramirez
trai o horror
em sua alma.
― Ou o Holandês Voador?
Alvitra o Louco das Argolas.
― Vocês não entendem meus amigos!
Posso não ser o mais destemido
marujo a bordo do Demônio
Maia,
mas sabem muito bem que
não posso pôr os pés de novo
no Triangle
du Diable...
Explode
indignado o “paciente”
do Doutor Pau-de-Rum.
― Ei, essa aí deve ter acontecido
antes de eu subir a bordo
desta nau endiabrada...
Interrompe-o marinheiro Cabeça-de-Bagre.
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Atreva-se, diga-me o que está pensando!
Se veio até aqui, não recue!
Se és contra, a favor ou muito pelo contrário(?!),
tanto faz...
Afinal, esta é uma tribuna livre.
E uma certeza podes ter como absoluta:
RESPOSTA TU TERÁS!!!!!!