― Foi quando as sombras
começaram a se mexer!
E tomaram formas bizarras,
assustadoras!
Demônios engendrados nas trevas
surgiram de cada canto,
silenciosamente apertavam
nossas gargantas,
entravam por nossos olhos,
ouvidos e bocas,
dominavam nossos companheiros
transformando-os em fantoches
de seus poderes maléficos!
Globos oculares tingiam-se pretos
como azeviches!
Piratas calejados pela vida no mar
urravam pavorosamente de dor
enquanto vertiam lágrimas de sangue!
Descontrolados
atacavam a
qualquer um em volta,
tínhamos de lutar uns contra os outros
para sobreviver!
― Mas isso não era o pior!
As palavras do
Aranha-do-Mar são
prenhes de amargura.
― É verdade. Pior mesmo era assistir
companheiros de lutas que acabáramos
de matar, reerguerem-se DEFUNTOS,
de sabre em punho,
vertendo sangue negro dos ferimentos
virem em nossa direção!
Os olhos baços, sem vida,
o caminhar vagaroso!
De suas bocas escancaradas
vinha um ruído pavoroso!
― E o que era aquele som
que eles emitiam?
Um grunhido gutural?
Aquilo não podia ser humano!
Um calafrio percorre o
escocês
Chuk-Chuk quando a
memória auditiva vem à
tona!
― Não bastava matá-los de novo
e novamente! Tinham de ser
esquartejados e mesmo assim
mais de uma vez um braço decepado
rastejou arrastado pelos dedos
na nossa direção enquanto deixava
uma trilha de sangue enegrecido
no convés do navio...
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