Bertolluci
olha para seu curioso colega
com um misto
de raiva e desamparo,
exclamando
furioso:
― Sim, meu amigo tourist!
Foi antes de vosso embarque
com certeza!
Ramirez
começa o relato:
― De fato, o Onça tem razão.
Foram tantos os revezes e
desventuras ultimamente que
até apagamos da lembrança
esse episódio macabro.
Rumávamos às colônias quando
nos demos conta que
Sangre não pretendia contornar
o Triangle
du Diable como recomendam
todos os timoneiros de bom senso.
Seu intento era atravessá-lo!
Alguns de nós tentamos dissuadi-lo...
Céus; ainda ecoam em minha memória
os gritos dos infelizes a cada mordida
dos tubarões...
Bom, para resumir. A maioria de nós
saiu do outro lado do Triangle vivos,
porém, não ilesos!
E em grande parte devemos ao
nosso amigo aqui...
― Como é que é?
Descrê o Cabeça-de-Bagre.
― Você nunca passou por lá,
não é mesmo?
Pergunta
Douglas.
― Não, ainda não... Mas já ouvi
estórias terríveis acerca da região.
A voz do
pirata torna-se um sussurro
temeroso. O
imediato dá um sorriso
maroto e
continua:
― E todas são verdadeiras!
Uma delas aconteceu conosco:
adentramos suas águas turvas,
aos poucos o céu toldou-se,
o sol desapareceu,
o tempo passava e
o dia parecia não acabar,
a noite não chegava,
o vento cessara.
Havia uma sensação de
abafamento no ar e um
odor pútrido de carne podre...
― Aquele fedor horrível
até hoje me dá pesadelos!
Lamenta-se Olavídez de Andaluzia.
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Se veio até aqui, não recue!
Se és contra, a favor ou muito pelo contrário(?!),
tanto faz...
Afinal, esta é uma tribuna livre.
E uma certeza podes ter como absoluta:
RESPOSTA TU TERÁS!!!!!!