Fundeiam ao
largo da costa,
descem os
escaleres, braços fortes
remam
silenciosamente,
nada se
escuta além do
marulhar das
ondas.
Botes tocam
areia da praia,
os piratas
desembarcam rapidamente
e carregam
suas pequenas embarcações
até a mata
próxima onde as ocultam
de eventuais
olhares curiosos.
Adentram a
mata, sorrateiros como
tubarões em
águas escuras.
Lépidos
vencem a distância até o porto.
Dentre as sombras
das árvores
dezenas de
olhos espreitam
os
adormecidos insulares.
Protegidos
pelas trevas avançam,
saltam
paliçadas mal vigiadas
por
dorminhocas sentinelas que
rapidamente
são dominadas e
migram do
mundo dos sonhos
para o Outro
Mundo!
Punhais
sequiosos saciam sua sede
em
surpreendidas carótidas
e jugulares
desprevenidas!
Subitamente o estertor de uma
das sentinelas dilacera
o silêncio noturno,
pondo todo o acampamento
em polvorosa!
Todavia, nada mais podia ser feito,
todas as posições defensáveis haviam
sido tomadas e o despertar revelou
aos sobreviventes uma dura realidade:
dormiram homens livres e
acordaram como prisioneiros!
Mas entre eles NÃO estava Estevãn!
Após uma homérica bebedeira
saiu cambaleando a esmo,
indo “tirar uma água do joelho” na mata,
escorregou,
rolou barranco abaixo e
terminou a noite roncando
no fundo de um valo,
todo mijado e
fedendo a rum vagabundo...
Pela manhã Drake faz o rescaldo:
doze prisioneiros, sete feridos.
A sorte bafejava em suas velas:
não perdera nenhum de seus homens
e tomara o lugar com dano mínimo.
Entretanto chegara tarde demais:
Sangre partira.
― Como pode ter tanta certeza
que ele esteve aqui, senhor?
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