Contudo,
Cervantes sempre teve mais sorte
que
juízo e em meio a um dos movimentos
bruscos
eles rolam pelo feno desabando
por
um alçapão! O Aranha-do-Mar
por
pouco não parte o p...,
porém
pior sorte teve a escrava:
empalada
por um forcado,
ficou
com um dos olhos pendurados
em
um dos dentes da ferramenta!
Cervantes
ergue-se meio tonto,
procura
a parceira e toma um susto
ao
presenciar a cena
que
o faz cair sentado! Pensa logo:
—Vou
me mandar! Depois daquela arruaça
toda
na taverna o que menos preciso agora
é
de um feitor querendo compensação
por
uma escrava morta!
Sangre
seria capaz de me fazer
de
“escravinha” da tripulação inteira
até
voltarmos à Espanha...
E
assim pensando, assim o fez.
Enquanto
isso Sangre estava
no gabinete do Capitão de
Porto,
Ruan Montego Del Yáñez Pinzón.
Cálices
de vinho do Porto (uma iguaria
portuguesa
mui apreciada por Sangre)
são
degustados e uma rara conversa
amistosa
desenvolve-se:
— Conheci
seu avô, o explorador
Vicente
que navegou com Colombo.
Pinzón
franze o cenho, observa atentamente
o
rosto marcado e envelhecido do veterano
pirata.
Assenta o cálice sobre a toalha
ricamente
adornada de rendas e sorrindo
com
ceticismo fala pausadamente:
— Caríssimo
Capitão Sangre, não ouso
duvidar
de vossa palavra, todavia,
hás
de concordar comigo que vossa
pessoa
não demonstra a idade
necessária
a corroborar
vossa afirmação.
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RESPOSTA TU TERÁS!!!!!!