Nisso
Olavídez levanta-se, caminha
até o oficial, olha-o de
alto abaixo e
voltando-se para o balcão berra:
— Taverneiro,
peça a uma das moças
que traga um de seus creminhos
aqui!!!
— E
para que, posso saber?
Retruca o velho atrás do balcão,
já
quase se arrependendo de perguntar:
— Mas
é claro: a donzela aqui parece haver
queimado sua delicada
tez ao sol destas
terras inóspitas, meu bom homem!
E responde simulando uma terna
massagem no próprio rosto.
O
Onça engasga de tanto rir que
desaba com cadeira e tudo!
A
custo se ergue e cambaleia
até o oficial. Apóia-se nele
e
com uma voz estranha fala:
— Eu
acho que não tô b...
E antes que completasse a frase
vomitou metade do almoço sobre
o uniforme limpinho do
oficial!!!
Em
choque, sem atinar o que fazer
naquela situação tão
bizarra, ele
empurra Estevãn para longe de si,
que tomba
sentado a seus pés.
O
nojento flibusteiro parece
meio zonzo, tenta erguer-se e
cai
novamente, desta feita de joelhos.
— Agora
ao menos está na posição correta.
Debocha o tenente. O pirata olha
para baixo e fala:
— Botas
boni...
E o resto do almoço
cobre os calçados
oficiais!
A
essa altura até o taverneiro
estava com dor de estômago.
De tanto rir!
Dois
marinheiros agarram o Onça
pelos braços, erguem-no,
levam-no para fora e o atiram ao
bebedouro dos cavalos
que, relinchando enojados, afastam
as fuças da água
recém-contaminada.
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E uma certeza podes ter como absoluta:
RESPOSTA TU TERÁS!!!!!!