Enquanto
oficiais discutiam
assunto de primaz
monta,
os marinheiros do Demônio
Maia
aproveitavam
seu tempo em terra
do
modo mais divertido possível:
bebendo,
jogando, trepando,
conversando
aos berros,
fazendo
mutretas, brigando e
tirando
o sossego dos cristãos!
Na Taberna
do Tubarão Banguela,
o
mais hospitaleiro boteco a oeste
de Isla
Tortuga, onde um pirata
cansado
do mar poderia encontrar
um
rum decente para molhar a goela;
os
marujos do Demônio Maia
desfrutavam
de um raro momento
de
descanso em terra.
Sem a
preocupação de serem caçados
por
soldados ingleses com
suas
cordas ensaboadas!
Olavídez
de Andaluzia distribuía cartas
em
uma mesa afastada do balcão, no canto
esquerdo
de quem entrava à Taberna.
Ramirez
Saragoça De Compostella
bebia
seu rum quieto,
na
ponta extrema do balcão, à direita.
Cervantes
“Aranha do Mar”, sentado
em
uma mesa perto da escadaria
que
levava aos quartos,
se
engraçava com duas belas prostitutas,
cada
qual sentada em um de seus joelhos,
elas
riam alto e acariciavam sua barba
semicerrada
e mal feita.
Cervantes
servia-se ora de rum,
ora
dos peitos, fartos e expostos
à
degustação.
Douglas
"Chuk-Chuk" MacGregor
tentava
vender a uns pobres infelizes
um
mapa do tesouro tão verdadeiro
quanto
uma nota de três libras...
E
o pior deles: Estevãn “Onça” Bertolluci,
estava
rodeado de comida em uma mesa
no
canto à direita da taberna,
devorando
tudo o que podia do modo
mais
glutão e suíno possível!
Detalhe:
o Onça não era um homem gordo,
ao
contrário: jovem, cheio de vigor,
de
corpo proporcional e
extremamente
habilidoso!
Porém,
com um incurável gosto por confusão
e
um apetite insaciável!
Em
especial por batatas, uma iguaria das
novas
colônias que caíram no seu gosto
de
modo impossível de definir!
O
Onça era simplesmente maníaco por batatas,
já
tendo feito inclusive algumas loucuras
por
conta disso (como roubar um navio inteiro
apenas
porque este transportava
uma
carga desses suculentos tubérculos a bordo!!!).
Sangre
já prometera o couro dele
ao
gato de nove-caudas se aprontasse
mais
uma envolvendo aquelas
"malditas
raízes profanas"!
Isso,
é claro, não intimidou Estevãn.
Apenas
o tornou mais sorrateiro.
Mas
não muito...
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