Cathéryn
termina de colocar sua bota (dispensara
os vestidos e voltara a sua velha
indumentária),
caminha até a mesa dos mapas, afasta alguns,
apanha um deles e o
mostra a Narval.
—
Estávamos nesta região, quando atacamos
um navio inglês e o pusemos a pique.
Tais
palavras calam fundo na alma de Narval,
ele sabe bem a quem ela se refere,
sem
que ela mesma saiba...
— No
dia seguinte o mapa com a localização
de minha ilha sumira. De alguma forma,
Sangre conseguiu infiltrar um espião em
nosso navio, provavelmente um traidor
a
bordo da nau britânica e que viu
a oportunidade, talvez durante a
abordagem
mesmo.
—
Descobriu quem foi?
— Não!
Açoitei pessoalmente cada um dos
sobreviventes que recolhemos a bordo e
nenhum
deles falou. Acredito que o
miserável deva ter se escondido como
um rato e
abandonado o navio durante
a noite, pois mais tarde descobrimos
que um dos
escaleres desaparecera.
Narval
acha melhor não revelar quem
era o “miserável”, pois o mesmo não o
fizera
propositadamente e de qualquer
forma já pagara caro por seu erro.
—
Estávamos justamente voltando a
nossa ilha quando, bom o resto você sabe...
– a voz dela trai algum arrependimento.
—
Entendo. Então acredita que ele,
escoltado por cinco galeões, carregado
com
toneladas de metais preciosos,
joias e especiarias vai desviar de
sua rota por
alguns trocados?
Morgan
fica fula com o comentário,
morde o lábio inferior de raiva, mas
contém-se: é o
momento de ser
diplomática e não emocional.
Fazendo um enorme esforço
ela contra-argumenta:
— Não
importa o tamanho do carregamento,
Narval. Essa carga não pertence a ele.
Sangre apenas a está transportando e
com um pequeno desvio de rota poderá
embolsar
meus “trocados” como você diz.
— E os
demais capitães dos outros navios
que o acompanham?
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