Na manhã do dia
seguinte, sentado a beira
do leito, Narval questiona a racionalidade
de seu ato
e sequer pode pôr a culpa no rum
(“essa bebida vil que transforma homens
dignos em patifes”, como certa vez disse
alguém), pois proibira seu
consumo a bordo.
Enquanto remoía
tais pensamentos sentiu os
braços nus da doce pirata a envolvê-lo e
buscarem o contato da pele de seu peito
másculo. A distinta Lady Cathéryn
aproxima-se voluptuosamente
de seu
captor e sussurra-lhe coisas nos ouvido
que fariam corar uma cortesã
francesa!
Definitivamente: o prazer desconhece o
compromisso diário com os
horários!
Ao longo do dia
Narval abre seu coração
à beldade e inquire sua opinião
acerca de Sangre.
— Aquele miserável
só quer uma coisa
desta existência: ouro! E se quiser encontrá-lo
digo-te
exatamente onde ele haverá de estar!
O capitão inglês
arregala os olhos e a pergunta
brota de seus lábios sem que ele sequer
pensasse
nela:
— Onde?
— Ele vai até minha
ilha! Atrás do meu tesouro!
MEU TESOURO!!!!
A resposta deixa
Narval perplexo!
Como assim, aquela garota tinha uma ilha?
E um tesouro?
— Não
me olhe assim, Narval.
Eu e meus marujos trabalhamos
bastante até você me
capturar...
- a voz dela assume um tom extremamente
sensual na última
palavra...
Ainda
que desconcertado Narval, assente
e inquire:
— Mas por
que crês que ele está indo para lá?
E por que justo agora? Ou isso seria mais um
plano ardiloso da pirata Morgan para
escapar a seu captor?
- o tom de voz do capitão oscila entre o
desconfiado e insinuante. Segura o pulso
esquerdo da pirata com força e ela
responde com um ato de volúpia:
lambendo-lhe as falanges
que a prendiam.
Ele a
derruba sobre a cama
e a beija com ardor, porém
o interlúdio amoroso é
insensivelmente interrompido
por batidas à porta.
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