Evidentemente
quando
seus
companheiros de bordo
souberam de
sua dispensa médica
vieram ter
com ele.
Ninguém
engolia aquela história.
Afinal, já
cansaram de pegá-lo
invadindo a
despensa do navio,
flagrando-o
com um pernil em uma mão
e uma garrafa
de rum na outra!
Deparam-se
com o sacripanta
sentado a
sombra de um coqueiro,
ao lado de
uma pilha de cocos,
sorvendo
calmamente um deles
como se
estivesse de férias,
bem longe do
trabalho...
― Mal de Angola, é seu salafrário?
Chega
berrando Ramirez, o imediato.
― É tô prejudicado...
Responde
fazendo voz fraca de doente.
― Prejudicado tu vai ficar se eu
entregar
essa tua falcatrua pro capitão!!!
Exclama aplicando-lhe
um tapa na cabeça do
pseudo-doente.
Estevãn arregala os olhos.
― Pense um pouco: o que tu achas que
Sangre dirá dessa brincadeira?
Questiona-o o
Aranha-do-Mar.
― Vai se admirar de minha inteligência?
Tenta
remediar com humor sua
insustentável
situação...
― Acho mais provável que ele
ti amarre a um cabo, te jogue ao mar e
faça com que tu arrastes
o Demônio Maia daqui até Cádiz!!!!
Opina
Cervantes.
― Não creio, penso que o atará à âncora
e o usará de isca afim de fisgar
cachalotes...
Arrisca
Chuk-Chuk.
― Duvido! Em minha opinião vai costurar
teu corpo ao cordame das velas e...
Ia sugerindo
Olavídez quando o “enfermo”
o interrompe
sutilmente apavorado:
― Será que algum de vocês poderia
pensar em uma alternativa que
não implique em me amarrar ou
prender-me a alguma coisa horrível?
― Não. – foi a resposta em uníssono.
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E uma certeza podes ter como absoluta:
RESPOSTA TU TERÁS!!!!!!