Após
a matança Sangre retornou
desacompanhado
à nau britânica e
foi
direto falar com o líder;
que
a esta altura já reassumira
seu
papel como tal,
inclusive
dando ordens
a
seu povo na língua nativa
dos
K’ol. Sangre falou em inglês:
— Não te faça de salame, ninguém passa
tanto tempo junto a essa corja inglesa
sem aprender a mugir igual a eles!
Quero saber o que pretendem.
Voltar para a sua terra ou o quê?
Ao
que responde o líder em um
inglês
claudicante:
— Tudo o que tínhamos foi destruído
por essa gente. Nada nos restou.
Não temos um lar,
não temos terras,
não temos um futuro!
A
voz do líder torna-se embargada:
atroz
emoção lhe tolhia a alma.
O
capitão pirata cofia a barba
e
com um enigmático sorriso
a
dançar-lhe nos lábios enrugados
propõe
de modo tentador:
— E se eu lhe disser que
tu e teu povo podem ter um novo lar,
uma nova terra e talvez um futuro?
— Como? -
a dúvida e certa desconfiança
tomam
o semblante do feiticeiro.
— Espere e verá.
Neste
momento Sangre retira um
pequeno cristal verde de um
saquinho
de pano escuro e ensebado
que
traz pendurado por
uma
correntinha em torno do pescoço.
Ele afaga a pedra com ternura
e murmura
algo incompreensível.
Subitamente joga a pedra para o
alto.
Diante dos olhos arregalados de
todos
repentinamente o cristal
aumenta de tamanho e
transforma-se em um buraco
faiscante no ar, dali parte
uma névoa esverdeada
que desce até o convés e
aos poucos assumindo
o aspecto humano materializa-se.
— Espero que tenha uma boa razão
para me chamar até aqui Sangre.
0 comentários:
Postar um comentário
Atreva-se, diga-me o que está pensando!
Se veio até aqui, não recue!
Se és contra, a favor ou muito pelo contrário(?!),
tanto faz...
Afinal, esta é uma tribuna livre.
E uma certeza podes ter como absoluta:
RESPOSTA TU TERÁS!!!!!!