Google+ Método do CONCLAVE para solução de problemas | A Pirâmide de Kukúlkan

O último reduto onde os Asseclas do CONCLAVE encontram-se...

Método do CONCLAVE para solução de problemas

Certo dia em uma Pirâmide Maia veio a falecer o Guardião dos Sagrados Portões.
Fazia-se necessário encontrar um substituto.
O Sumo Sacerdote convocou, então, todos os Asseclas a reunirem-se no Salão de Cerimonial afim de que um novo sentinela fosse designado dentre eles. Os Asseclas reunidos, sentados no chão, na posição do lótus, trajando seus longos mantos negros, formaram um imenso círculo.
Silêncio.
No ar uma leve expectativa: o Mestre jamais perdia uma oportunidade de extrair uma (normalmente dura) lição de cada momento da vida de seus pupilos. Ele chegou silenciosamente (dizem que ninguém nunca ouviu seus passos...), caminhou até o centro do círculo e seua voz grave e serena reverberou pelas paredes da Pirâmide:
- Assumirá o posto do Guardião dos Sagrados Portões aquele que antes de todos os demais elucidar a questão que ora vos proponho.
Sua voz silenciou-se paulatinamente a medida que o eco morria nos vetustos corredores, ele então dirigiu-se de modo plácido até o altar e de trás dele o Mestre, com muita tranquilidade, removeu um objeto: uma mesinha, magníficamente entalhada em um único bloco de madeira, ornada de filigranas douradas e coberta por imagens de embates épicos do CONCLAVE.
Todos abismaram-se com a beleza da peça.
Voltou o Mestre até o altar e de lá trouxe um pequeno baú de madeira negra, lacrado, abriu-o e de dentro deste removeu um vaso da mais fina porcelana maia (do Período Clássico), lindamente adornado com a imagem do Semi-Deus venerado pelo CONCLAVE e pôs a peça sobre a mesa.
Os olhos arregalaram-se! Aquela peça foi dada como perdida por mais de 400 anos!!! Em seguida o Sumo Sacerdote trouxe um jarro de cristal e dele verteu a mais límpida e pura água das nascentes do Yúcatan, um leve arco-íris formou-se à medida que a luz atravessava as gotículas que fluiam através do ar em direção à boca do vaso. A medida que as últimas gotas atravessavam o espaço rumo à porcelana um murmúrio principiou a correr entre os Asseclas, estupefactos com a atitude do Sumo Sacerdote. Então, ele retorna até o altar uma última vez e de lá traz com todo o cuidado uma Rosa Negra!
A lendária flor que viceja tão somente na última e mais profunda câmara da Pirâmide de Kukúlkan. Para os Discípulos do CONCLAVE seu valor é simplesmente inestimável!!! Sua extraordinária beleza somente pode ser contemplada uma vez por milênio!!! A cena é de uma beleza tão assustadoramente épica que alguns dos Asseclas ficam momentaneamente cegos!!!!
Após imergir a rosa no vaso, o Mestre dá um passo para trás e lacônico expõe:
- Eis o problema.
Alguns discípulos não se contém e suas vozes exaltam-se: como pode algo assim ser um teste? Outros se questionam: o que representaria?! O que fazer?! Que inescrutável enigma era aquele?!
Os rosto do Sumo-Sacerdote era impassível e em nada dava pistas acerca do que queria ele dizer...
Nesse instante, um dos Asseclas, ergueu-se de súbito, afastou-se do círculo e caminhando a passos decididos até o centro do Salão Cerimonial, olhou para o Mestre (distante como uma estátua de gêlo), contemplou seus confusos companheiros em volta, sacou sua Espada e ZÂÂN!!!!
A tudo destruiu com um único e seco golpe.
Os Asseclas, aturdidos com aquela atitude tão repentina, ficaram sem reação.
O Discípulo secou a espada em seu manto negro, reembainhou a espada e calmamente retornou ao seu lugar.
Tão logo o discípulo voltou a posição de lótus, o Mestre asseverou com sua voz soturna e ponderada:
- Sois vós o nosso Guardião dos Sagrados Portões. Pois, sabeis que não importa qual seja problema; quão enigmático ou facinante seja ele; nem que seja algo lindíssimo: se for um problema, deve ser eliminado.
Um problema é um problema.
Mesmo que se trate de uma mulher perfeita, um tesouro inestimável ou uma relíquia sagrada. Por mais valioso que seja ou, tenha sido, se não mais houver sentido para ele ou se veio a tornar-se um obstáculo, deve ser suprimido.
"Para você possa beber vinho em uma taça repleta de chá é necessário primeiro entornar o chá, para só então, beber o vinho."
(provérbio oriental)
Sidinei Lander da Silva Pereira: Mestre de RPG, aprendiz de escritor, leitor voraz, quadrinista fanático, cinéfilo compulsivo, agnóstico independente, livre-pensador, fã incondicional de O Senhor dos Anéis (livro e filme), música para mim é Clássica, Jazz, Blues, Rock'n Roll e Metal! E tenho dois gatos... Quer saber mais sobre mim? Veja meu perfil no Google Plus!

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