Morgan assoma a porta da cabine e meio
sonolenta indaga o
que está havendo,
ao que o Capitão resume
afiado como um sabre:
— Muitos ratos a bordo. Alguns de
vestido, outros com
asas... Boa noite.
Morgan não entendeu e não gostou.
Aos primeiros raios de sol da manhã,
acercam-se da ilha e vem uma sinistra
figura toda de couro negro com um
pássaro em seu ombro em pé ao lado
das cinzas
fumegantes de uma fogueira.
Um bote vai até a praia.
— Saudações, homem. Vimos seu sinal
esta noite e nosso
capitão nos incumbiu
de vosso resgate.
— E quem é essa boa alma?
— Sir Fury Of SteppenWolf and Rose
&
Canterbury.
— Tudo isso? Mas como os bons marujos
a bordo o chamam?
— Capitão Narval.
— Oh, o velho Narval! Vejo que estou em
boas mãos.
— E qual a vossa graça, senhor?
— Johnny Wisblender, um fiel servo da
Rainha Elizabeth.
– fala inclinando-se e fazendo uma longa
reverência com seu
imenso chapéu negro.
— Bom Mr. Johnny Wisblender, hoje é o
seu dia de sorte.
Venha abordo. Há mais
algum sobrevivente além do senhor?
O semblante de John Crow torna-se
pesaroso, sua resposta
é seca e amarga:
— Não. Apenas eu. Todos os demais
pereceram. Que o Senhor
os tenha
em sua Infinita Misericórdia.
— Amém. – completam
os marujos.
E repondo o chapéu John Crow indaga.
— E qual a vossa graça?
— Sarresian Mèrton. Mas meus companheiros
de lida no mar
me chamam de Reneger.
– e
estende a mãos em um gesto de confiança,
ao que John Crow retribui-lhe.
— Não são os modos rudes de um marujo,
não estou certo,
Reneger? Vejo em vossas
maneiras e palavras a nobreza de teu sangue.
Sarresian deixa transparecer
algum desconforto
com as palavras proferidas pelo desconhecido
a sua frente e
rapidamente desconversa:
— Isso é passado, que fique no passado.
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