— Já tentamos senhor, mas ela é
rápida demais para nossas
garruchas!
– fala
Alexander mostrando-lhe a arma.
— Dê-me isso, homem!
Narval carrega a arma, faz mira por alguns longos
segundos e atira. O tempo parece congelar;
a ave não emite qualquer ruído, mas
subitamente
pára no ar e inicia uma trajetória descendente
rumo ao convés. Ela
cai aos pés de Narval,
que mexe nela com o pé.
Imóvel.
— Está morta. E você aí em cima, marujo?
— Ainda vivo meu capitão.
— Bom; muito bom! Desçam aquele infeliz
e o entreguem ao
Açougueiro para que
cuide dele. Quanto a esta coisa – dizia enquanto
cutucava-a com o pé - quero-a ao Curry no almoço.
Como que entendendo o que ele dizia a ave
levantou-se
bateu asas e esvoaçou em torno
de Narval. Encarando-o bem nos olhos,
com suas
pupilas feitas de brasas ardentes.
Ela rumou em direção ao mar, os homens a
seguem até a amurada e é quando vêm
uma tênue chama bruxuleante no horizonte.
— Vejam aquilo! Será o demônio vindo
buscar nossas almas
malditas?
– indaga
apavorado um marinheiro.
— Não sua sardinha! Aquilo é uma fogueira!
Pode ser um
navio incendiado
ou algo que o valha.
Capitão, o senhor teria vossa luneta consigo?
- indaga Sarresian.
Ao que Narval apenas estende a mão e
Alexander
alcança-lhe o óculo de ver a distância.
Narval acerta o foco e vê com clareza.
— É uma ilha e por certo algum pobre naufrago
deve estar
fazendo sinais para ser resgatado.
Vamos até ele.
Narval recolhe a luneta, entrega-a a Alexander
e retorna
a sua cabine.
— Vamos lá seus macacos do mar, vamos pescar
mais um
infeliz para esta banheira! Andem logo
suas lesmas do mar, não temos a noite toda!
– berra o
imediato colocando toda
a tripulação em movimento.
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