— Pois contenha-se meu capitão,
porque não está! – e assim dizendo põe-se
de pé e encara-o nos olhos
(na verdade como a donzela tem 1,78m
e Narval 2,10m, ela o encara
de baixo para cima) e entre
atrevida e sedutora murmura
com uma voz melíflua:
— Sou sua… prisioneira! O que
pretende fazer comigo agora,
meu viril captor?
Estou totalmente indefesa e a vossa mercê.
Narval aproxima-se com firmeza dela e
cingindo-lhe a cintura com o braço máscula
arranca-lhe dentre os dedos o punhal que a
pirata surrupiara de sobre sua escrivaninha
segundos antes e escondera atrás de si.
Ela sorri desconcertada.
— Indefesa é? Sei... Tanto quanto um tubarão
dentro de um barril!
— Isso são modos de tratar uma dama?
— Não! São os modos de tratar uma pirata!
E a empurra de volta a poltrona e antes que
ela possa abrir a boca para protestar
o punhal cruza o ar até enterrar-se na poltrona
na altura da diminuta orelha esquerda de Morgan.
Narval dá dois rápidos passos até ela,
apoia-se nos braços da poltrona e vocifera
a poucos centímetros do rosto da pirata.
— Preste bastante atenção mocinha, porque
não irei repetir: sua estadia neste navio
dependerá exclusivamente de seu comportamento,
perdi muitos bons marujos naquele desgraçado
combate e minha paciência com a senhorita está
pelo fio desta lâmina ao lado da sua cabeça.
Da primeira vez, golpeei-te a bombordo,
agora estibordo, mais uma gracinha dessas
e teu talhamar terá uma figura de proa definitiva!
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Atreva-se, diga-me o que está pensando!
Se veio até aqui, não recue!
Se és contra, a favor ou muito pelo contrário(?!),
tanto faz...
Afinal, esta é uma tribuna livre.
E uma certeza podes ter como absoluta:
RESPOSTA TU TERÁS!!!!!!