— Pobres infelizes... – murmura Alexander
balançando desoladamente a cabeça.
— Fora o fato de que os cavalos dispararam
apavorados e
quando dei por mim estava do
outro lado do porto!
Sarresian encerra o relato e sua pequena escultura
em madeira: uma sereia de seios fartos. Ele joga
para Alexander e diz:
— Guarde contigo. Com a prolongada falta
de mulheres a
bordo, logo, logo, poderá ser útil...
O imediato apara a pequena obra de arte e antes que
possa
retrucar Reneger dá-lhe as costas. Uma atividade
lúdica envolvendo dados entre
seus companheiros
de bordo chamou-lhe a atenção...
Alexander vira-se para o
Pagão e esbraveja:
— E você, vá cuidar desse fuça nojenta, homem,
antes que
o capitão o veja neste estado deplorável!
Cerca de umas duas noites depois, já altas da
madrugada, o homem da vigia começa a berrar:
— AAAAAAARRRRRRGHHHHH!!!!!! Socorro!!!
Alguém me
ajude!!!! Socorro!!! AAAAAHHHH!!!!
Desnecessário dizer que acordou o navio inteiro...
Tiros ecoam na noite, vozerio, corre-corre.
Alexander vai até a cabine do capitão.
— Senhor, é melhor vir logo!
— O que aconteceu, Alexander, parece que estão
cortando a
garganta de alguém!
— É melhor que veja com seus próprios olhos, senhor!
E assim dizendo, tomaram o rumo do convés.
E o que Narval assistiu encheu sua alma de espanto: uma
ave negra com olhos de fogo esvoaçando o cesto da gávea, dando rasantes em
pleno ataque!
— Quem está lá em cima?
— Jean Paul “Cozido”, meu capitão!
— Aquele que escapou dos canibais?
— Esse mesmo!
— Pobre homem! Alguém atire nessa coisa!
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Se veio até aqui, não recue!
Se és contra, a favor ou muito pelo contrário(?!),
tanto faz...
Afinal, esta é uma tribuna livre.
E uma certeza podes ter como absoluta:
RESPOSTA TU TERÁS!!!!!!