O animal corcoveia
enlouquecido,
seu sangue começa a tingir a água,
o que desperta ainda mais
a
gula dos demais tubarões.
Ao sentir uma dentada
em seu corpo fusiforme,
entra
em pânico e trata de nadar
para o mais longe possível
de seus “irmãos”.
O
bucaneiro não solta as adagas
e é arrastado pelo peixe
em meio às gigantescas
ondas.
Já exausto, a visão falhando
e com quase mais água que ar
dentro dos
pulmões,
ele entrevê um navio,
quase uma miragem,
ora encoberta pelas ondas,
ora visível.
Ele força o tiburón naquela direção.
A força das
águas insiste
em querer arrastá-lo
para as profundezas.
Era como se sereias invisíveis
o chamassem!
Cerra os olhos,
agarra-se o mais firme que pode
ao peixe e murmura
cuspindo
água salgada:
― Não, Poseidon...
Ainda não será desta vez...
Que tuas servas...
Me
levarão para junto de ti!
Segundos que pareciam décadas
transformam-se em minutos
que se assemelham a séculos.
Por fim, o costado do
navio
está ao seu alcance.
Ele remove as adagas
e nada na direção da
embarcação.
Ao ver-se livre do incômodo peso
o tubarão volta-se para a presa,
porém, antes que possa levar
a termo sua caçada,
seus iguais o alcançam e
o
estraçalham em um
sangrento banquete!
Olavídez alcança o galeão
e para sua
sorte
um dos cabos das velas
estava pendendo ao longo
do costado até a linha
d’água.
Reunindo suas últimas forças
segura a corda e inicia
a dura subida por
ela.
Ao alcançar a amurada
dá uma última olhada para baixo
e vê os cardumes de
seláquios
digladiando-se por um naco de carne.
― Bom, vamos ver a bordo
de que banheira eu embarquei...
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Olavídez nunca joga pra perder, mas apostar contra um tubarão é um pouco demais! |
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Sua refrega com o peixe encheu a água de sangue... |
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...o que atraiu ainda mais tubarões! |
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Em meio ao mar revolto... |
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...ele viu algo que pensava ser uma miragem: um navio! |
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No fundo de sua mente já ouvia a canção das sereias chamando seu nome... |
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Abusando ainda mais da sorte ele "cavalga" o tubarão até este levá-lo... |
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...próximo do navio! |
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No costado do qual pendia o cabo do mastreamento de uma das velas... |
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...com hercúleo esforço subiu por ela... |
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...até o tombadilho do navio! |
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Atreva-se, diga-me o que está pensando!
Se veio até aqui, não recue!
Se és contra, a favor ou muito pelo contrário(?!),
tanto faz...
Afinal, esta é uma tribuna livre.
E uma certeza podes ter como absoluta:
RESPOSTA TU TERÁS!!!!!!