PIRATAS!!! - Cap. 118

Sua capacidade de orientação,
agora amplificada, o permitia
guiar-se pelas sutis energias
das Linhas de Ley que uniam
cada tribo maia em uma
emaranhada teia que apenas Jack
sabia exatamente a que propósito serviria.
Ao chegar à entrada da tribo
começou a entoar um cântico de desafio
e enquanto circundava a pé a aldeia
os guerreiros da tribo juntaram-se
em frente a tenda do chefe,
cada qual com o aspecto mais
furibundo que o outro.
Sangre encerra o canto ao concluir
a volta entorno, regressando à entrada.
Um silêncio mortal paira no ar,
então subitamente um dos guerreiros
ergue sua borduna e com um
berro enlouquecido parte como
um touro bravo para o ataque.
Seus companheiros maias o acompanham.
Uma autêntica avalanche de guerreiros
sedentos de sangue avança
inexoravelmente contra Sangre que
- imóvel - os aguarda, descalço
(pois o solado de suas botas
desgastou-se na dura caminhada
até ali) e desarmado!
Foi uma luta como nunca se viu
(ou se verá!) nesta terra:
desigual, impiedosa, cruel,
sanguinária e implacável!
Ninguém que presenciou e
sobreviveu para narrar tais fatos
conta como, todavia,
ao final do embate apenas
Sangre restava de pé.
Os olhos fixos como
os de um louco, banhado em sangue
da cabeça aos pés!
Na mão esquerda segurava
pelos cabelos a cabeça arrancada
de um oponente e na mão direita
um coração humano, recém-mordido!

Reza a história que ele liquidou
com as mãos nuas cada guerreiro
armado e devorou seus
corações ainda pulsantes!!!

Dias depois os marujos concluíram
os reparos no (agora rebatizado)
Demônio Maia e Sangre retornou a Europa,
agora imbuído de uma secreta missão
outorgada pelo próprio
Sumo-Sacerdote do Conclave,
Jack.